domingo, 7 de abril de 2019
Lava-Jato e a crônica da destruição do país
Por Gustavo Noronha, no site Carta Maior:
A operação Lava Jato e suas diversas fases desvendaram grandes casos de corrupção no Brasil e se tornaram um fetiche nacional. Um dos pontos mais curiosos é que sendo ao mesmo tempo Brasil rota do tráfico internacional de drogas e grande mercado consumidor de drogas (o que também torna o país importante destino do tráfico internacional de armas), todos os desdobramentos desta operação que tem seu nome derivado da descoberta de uma grande lavanderia de dinheiro só tenha tido novas fases relacionadas apenas à corrupção política.
'Rainha da Retomada' põe as barbas de molho
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Como sabe quem acompanha suas colunas, Miriam Leitão é, desde o golpe de 2016, a “rainha da retomada da economia”, sempre achando que a fórmula que nunca deu certo daqui a algum tempo trará de volta o progresso.
Portanto, quando ela diz que os sinais de alarme se acendem na atividade econômica, sinal que a coisa é séria.
Como sabe quem acompanha suas colunas, Miriam Leitão é, desde o golpe de 2016, a “rainha da retomada da economia”, sempre achando que a fórmula que nunca deu certo daqui a algum tempo trará de volta o progresso.
Portanto, quando ela diz que os sinais de alarme se acendem na atividade econômica, sinal que a coisa é séria.
Libertação de Lula virá da política
Arte: Gladson Targa |
O segundo golpe político dado contra o PT e contra o Brasil desde 2016, o golpe da prisão do ex-presidente Lula, chega a 365 dias. Um ano inteirinho desde que, não um homem, mas um projeto político e social foi encarcerado. Lula não foi preso pela lei e pela Justiça; foi preso pela política. A Justiça fez o que a política queria. Para libertar Lula, portanto, a política terá que dar a ordem à Justiça.
Economia da direita mostra a cara da pobreza
Editorial do site Vermelho:
O relatório do Banco Mundial divulgado quinta-feira (4) mostrando que a pobreza aumentou no Brasil entre 2014 e 2017, atingindo 21% da população (43,5 milhões de pessoas), é uma espécie de atestado de que a fórmula econômica dos golpistas e da extrema direita vitoriosa nas eleições de 2018 é um atentado ao povo. É a conhecida receita neoliberal, apresentada ao mundo como milagrosa pelos governos de Margareth Thatcher (Inglaterra) e Ronald Reagan (Estados Unidos) nas décadas de 1970 e 1980, a pregação radical de que as “forças de mercado” substituiriam com sucesso a “vontade dos governos”.
O relatório do Banco Mundial divulgado quinta-feira (4) mostrando que a pobreza aumentou no Brasil entre 2014 e 2017, atingindo 21% da população (43,5 milhões de pessoas), é uma espécie de atestado de que a fórmula econômica dos golpistas e da extrema direita vitoriosa nas eleições de 2018 é um atentado ao povo. É a conhecida receita neoliberal, apresentada ao mundo como milagrosa pelos governos de Margareth Thatcher (Inglaterra) e Ronald Reagan (Estados Unidos) nas décadas de 1970 e 1980, a pregação radical de que as “forças de mercado” substituiriam com sucesso a “vontade dos governos”.
sábado, 6 de abril de 2019
Até Olavo de Carvalho já descarta Vélez
Por Altamiro Borges
A situação de Ricardo Vélez Rodríguez, o colombiano adulterado que paralisou totalmente o Ministério da Educação com suas atitudes fascistas, complicou-se de vez. Até o seu mentor intelectual, Olavo de Carvalho, decidiu defecá-lo. Após a sinalização do “capetão” Jair Bolsonaro de que vai exonerar o “sinistro” incompetente na próxima segunda-feira (8), o astrólogo de Virgínia postou em seu perfil no Facebook que não irá lamentar o melancólico fim do seu pupilo:
"Conheci o Prof. Vélez por seus livros sobre a história do pensamento brasileiro, publicados mais de vinte anos atrás. Nunca tomei conhecimento das suas obscenas tucanadas e clintonadas, que teriam me prevenido contra seu comportamento traiçoeiro... Não vou fazer nada contra ele, mas garanto que não vou lamentar se o botarem para fora do ministério".
A situação de Ricardo Vélez Rodríguez, o colombiano adulterado que paralisou totalmente o Ministério da Educação com suas atitudes fascistas, complicou-se de vez. Até o seu mentor intelectual, Olavo de Carvalho, decidiu defecá-lo. Após a sinalização do “capetão” Jair Bolsonaro de que vai exonerar o “sinistro” incompetente na próxima segunda-feira (8), o astrólogo de Virgínia postou em seu perfil no Facebook que não irá lamentar o melancólico fim do seu pupilo:
"Conheci o Prof. Vélez por seus livros sobre a história do pensamento brasileiro, publicados mais de vinte anos atrás. Nunca tomei conhecimento das suas obscenas tucanadas e clintonadas, que teriam me prevenido contra seu comportamento traiçoeiro... Não vou fazer nada contra ele, mas garanto que não vou lamentar se o botarem para fora do ministério".
Quem paga os robôs do bolsonarismo?
Na avalanche de fake news que estimulam o ódio nas redes sociais, o bolsonarismo não conta apenas com milicianos de carne e osso. Como já se suspeitava, boa parte das postagens criminosas é disparada por “robôs”. Isto acaba de ser comprovado por um estudo feito pela Universidade de Indiana (EUA). O que não se sabe ainda é quem banca esse lixo virtual. Uma averiguação mais rigorosa até poderia resultar em processos judiciais e na prisão dos financiadores desses crimes. Mas é bom não nutrir ilusões. Nas eleições do ano passado, empresários picaretas – como os donos da Riachuelo e da Havan – financiaram disparos milionários e ilegais no WhatsApp em favor do presidenciável fascista do PSL. Mas nada foi feito até hoje contra esses jagunços virtuais.
Boçalidade fez do Brasil uma republiqueta
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
“Acompanhar a política brasileira é tão legal quanto passear num lixão atômico (…) Além do empobrecimento material, a contaminação envenena a cultura. Cinema, música, literatura e artes plásticas andam entorpecidos. Silêncio e renúncia são subprodutos da ruína atômica que Brasília erige” (Mario Sergio Conti, na Folha).
Foi tudo muito rápido.
Num outro sábado, um ano atrás, Lula era carregado pela multidão em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde tudo começou.
No mesmo dia, foi levado pela Polícia Federal para a cadeia de Sergio Moro em Curitiba.
1964 foi golpe, 2016 também
Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:
Ninguém gosta de trazer a palavra “golpista” escrita na testa. É feio, não pega bem. Por isso, as experiências de ruptura políticas sempre têm sua memória disputada. Os que tomaram o poder se dizem “revolucionários”, ou “defensores da lei, da ordem e do interesse público”.
Ninguém aqui vai duvidar que “revolucionário” e “defensor da lei” soam aos ouvidos bem melhor que “golpista”. Já os que foram derrubados produzem outra memória e gritam “golpistas”, com o dedo em riste.
É necessário estabelecer um critério capaz de definir com mais rigor se uma determinada experiência de ruptura política pode mesmo ser definida como um golpe de Estado. É isso que tento fazer neste texto, em um exercício de síntese histórica.
Ninguém aqui vai duvidar que “revolucionário” e “defensor da lei” soam aos ouvidos bem melhor que “golpista”. Já os que foram derrubados produzem outra memória e gritam “golpistas”, com o dedo em riste.
É necessário estabelecer um critério capaz de definir com mais rigor se uma determinada experiência de ruptura política pode mesmo ser definida como um golpe de Estado. É isso que tento fazer neste texto, em um exercício de síntese histórica.
Moro e Guedes, o sem lei e o sem planilhas
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
As discussões sobre tigres e tchutchucas serviram apenas para Paulo Guedes encontrar o álibi para se retirar da Comissão de Constituição e Justiça.
O ponto central da sabatina é óbvio: Guedes não apresentou em nenhum momento os microdados nos quais se baseou para sua proposta de reforma da Previdência. Em nenhum regime democrático e minimamente racional, toma-se decisão de tal natureza sem abrir os números. É o mínimo que se espera. Guedes continuou chutando estatísticas sem abrir os números.
As discussões sobre tigres e tchutchucas serviram apenas para Paulo Guedes encontrar o álibi para se retirar da Comissão de Constituição e Justiça.
O ponto central da sabatina é óbvio: Guedes não apresentou em nenhum momento os microdados nos quais se baseou para sua proposta de reforma da Previdência. Em nenhum regime democrático e minimamente racional, toma-se decisão de tal natureza sem abrir os números. É o mínimo que se espera. Guedes continuou chutando estatísticas sem abrir os números.
Trump, Bolsonaro e os perigos da atualidade
Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:
A visita de Bolsonaro a Trump iluminou com maior nitidez seu projeto estratégico de transformar o Brasil numa semicolônia dos Estados Unidos. Não se trata apenas de subordinar as correntes brasileiras de comércio aos interesses norte-americanos. Trata-se de abrir totalmente as portas do Brasil à ação predatória das empresas capitalistas norte-americanas, incluindo a cessão de territórios e de áreas tecnológicas estratégicas, a exemplo da base de lançamento de foguetes de Alcântara.
As políticas para gerar inclusão na cultura
Por Wagner de Alcântara Aragão, no site Brasil Debate:
Em cidades de grande e médio porte são consideráveis as atrações artísticas com entrada gratuita. Exposições em museus, rodas de conversa em bibliotecas, sessões de exibição de filme, feiras de artesanato, oficinas, shows musicais, entre outras atividades – promovidas pelo poder público ou por instituições do terceiro setor – representam possibilidade de acesso da população mais pobre a bens culturais.
Em cidades de grande e médio porte são consideráveis as atrações artísticas com entrada gratuita. Exposições em museus, rodas de conversa em bibliotecas, sessões de exibição de filme, feiras de artesanato, oficinas, shows musicais, entre outras atividades – promovidas pelo poder público ou por instituições do terceiro setor – representam possibilidade de acesso da população mais pobre a bens culturais.
Chilenos se revoltam contra capitalização
Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:
Em dia 31 de março, os chilenos foram mais uma vez às ruas de diversas cidades protestar contra o sistema de aposentadorias implantado no país pelo ditador Augusto Pinochet e que vem deixando os idosos em situação de penúria.
Por conta do sistema de capitalização imposto a mão de ferro em 1981, cada trabalhador chileno é obrigado a depositar de 10% a 15% de seu salário em uma conta particular que fica sob gestão de um dos cinco fundos privados de previdência (chamados lá de Administradoras de Fondos de Pensiones - AFP).
Em dia 31 de março, os chilenos foram mais uma vez às ruas de diversas cidades protestar contra o sistema de aposentadorias implantado no país pelo ditador Augusto Pinochet e que vem deixando os idosos em situação de penúria.
Por conta do sistema de capitalização imposto a mão de ferro em 1981, cada trabalhador chileno é obrigado a depositar de 10% a 15% de seu salário em uma conta particular que fica sob gestão de um dos cinco fundos privados de previdência (chamados lá de Administradoras de Fondos de Pensiones - AFP).
O infame complexo de vira-lata
Como você, leitor(a), acompanho horrorizado o que acontece no nosso país nos meses recentes. (Dou de barato que não há nenhum bolsominion extraviado nesta página.) Não se pode falar em surpresa, claro. O candidato vitorioso nas eleições não escondeu as suas inclinações. Aqui mesmo na CartaCapital, antes do primeiro turno, escrevi que o eleitor brasileiro se defrontaria no segundo turno com a escolha entre civilização e barbárie. Mas uma coisa é proclamar a disjuntiva (sem realmente acreditar que a barbárie venceria), outra completamente diferente é ver a barbárie em ação.
sexta-feira, 5 de abril de 2019
Lava-Jato é acusada de formação de quadrilha
Da Rede Brasil Atual:
Ao lembrar que no próximo domingo (7) se completa um ano da prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e começa a Jornada Lula Livre, a deputada federal Gleisi Hoffmann(PT-PR) fez um duro discurso na tribuna da Câmara no final da manhã de hoje (4). Ela acusou os membros da Operação Lava Jato de incorrer em quatro crimes: corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e organização criminosa.
O Evangelho segundo Bolsonaro
Por Clarisse Meireles, no site Carta Maior:
Cinco meses após o segundo turno das eleições presidenciais que garantiram a vitória de Jair Bolsonaro, boa parte do país e muitos observadores estrangeiros permanecem em estado de espanto diante da escolha de 57,7 milhões de brasileiros.
Entre os muitos fatores que explicam a eleição de Bolsonaro, talvez um dos menos explorados ainda seja o papel do eleitor evangélico que, segundo o diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, acabou decidindo as eleições – especialmente as mulheres evangélicas.
Cinco meses após o segundo turno das eleições presidenciais que garantiram a vitória de Jair Bolsonaro, boa parte do país e muitos observadores estrangeiros permanecem em estado de espanto diante da escolha de 57,7 milhões de brasileiros.
Entre os muitos fatores que explicam a eleição de Bolsonaro, talvez um dos menos explorados ainda seja o papel do eleitor evangélico que, segundo o diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, acabou decidindo as eleições – especialmente as mulheres evangélicas.
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