segunda-feira, 30 de setembro de 2019
domingo, 29 de setembro de 2019
Caos climático e irresponsabilidade indecente
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:
Naturalizada pelo noticiário como um risco incremental, a crise climática emite sinais de que mudou de pista transitando agora na fronteira da emergência planetária.
O alarme soou de convergentes estudos e centros de pesquisas científica, segundo os quais a progressão do aquecimento global teria rompido a barreira tolerável dos 1,5º C até o final do século.
Pior que isso.
A dinâmica ascendente tampouco exibiria acomodação no limite superior dos 2º C.
Embarcados no comboio das protelações ditadas pelas conveniências corporativas e rentistas, estaríamos avançando às cegas para a imponderável radial de um aquecimento superior a 2,5º C, em flerte explícito com os 3º C até 2100.
Naturalizada pelo noticiário como um risco incremental, a crise climática emite sinais de que mudou de pista transitando agora na fronteira da emergência planetária.
O alarme soou de convergentes estudos e centros de pesquisas científica, segundo os quais a progressão do aquecimento global teria rompido a barreira tolerável dos 1,5º C até o final do século.
Pior que isso.
A dinâmica ascendente tampouco exibiria acomodação no limite superior dos 2º C.
Embarcados no comboio das protelações ditadas pelas conveniências corporativas e rentistas, estaríamos avançando às cegas para a imponderável radial de um aquecimento superior a 2,5º C, em flerte explícito com os 3º C até 2100.
A agenda secreta de Ricardo Salles
Por Leandro Demori, no site The Intercept-Brasil:
Ricardo “Yale” Salles não para.
Mesmo condenado por adulterar um mapa ambiental para a festa de mineradoras, Mr. Yale segue em seu cargo no Ministério do Meio Ambiente com uma agenda que, se for levada a sério, pode acabar com a necessidade da existência do próprio ministério (porque não teremos mais meio ambiente, de todo modo).
Mesmo condenado por adulterar um mapa ambiental para a festa de mineradoras, Mr. Yale segue em seu cargo no Ministério do Meio Ambiente com uma agenda que, se for levada a sério, pode acabar com a necessidade da existência do próprio ministério (porque não teremos mais meio ambiente, de todo modo).
Globo faz campanha contra o STF
Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:
A Globo está em uma campanha intensa para emparedar o Supremo Tribunal Federal e manter a Lava Jato como a última instância do Poder Judiciário, o que, em última análise, representa o poder dela própria.
Para a emissora, é mais fácil manter sob controle os jovens procuradores de Curitiba do que encabrestar todos os experientes magistrados que ocupam a corte constitucional.
Na quinta-feira, foi a edição desonesta da cobertura da sessão do STF, ontem o editorial do jornal e hoje seus colunistas se empenham na tarefa de apresentar o STF como uma ameaça ao que seria o “novo Brasil”.
Qualquer semelhança com o discurso de Bolsonaro não é mera coincidência.
Para a emissora, é mais fácil manter sob controle os jovens procuradores de Curitiba do que encabrestar todos os experientes magistrados que ocupam a corte constitucional.
Na quinta-feira, foi a edição desonesta da cobertura da sessão do STF, ontem o editorial do jornal e hoje seus colunistas se empenham na tarefa de apresentar o STF como uma ameaça ao que seria o “novo Brasil”.
Qualquer semelhança com o discurso de Bolsonaro não é mera coincidência.
Lava-Jato subestimou cacife político de Lula
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:
O ex-juiz federal e atual ministro da Justiça Sérgio Moro, o procurador Deltan Dallagnol e o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entre outros juízes e procuradores, fizeram tudo o que parecia perfeito. Aderiram a uma trama arquitetada nos Estados Unidos, que contava inclusive com apoio dos setores conservadores no Brasil, para impedir a expansão do país como potência no tabuleiro geopolítico mundial.
Bolsonaristas são poucos, mas cheios de ódio
Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:
O bolsonarismo viveu dias melhores. Não faz muito tempo, ainda se pensava que fosse algo “grande”, capaz de mobilizar grandes massas. Alguns ficavam alegres, outros tristes, mas o bolsonarismo impressionava. Hoje, passados apenas oito meses desde que Bolsonaro assumiu o poder, é possível ver que as coisas não são assim. As estimativas a respeito do tamanho do bolsonarismo convergem para números modestos. As pesquisas de opinião sugerem que, ao contrário de se consolidar, ele míngua.
Regime aberto só reforça a luta de Lula
Por Bepe Damasco, em seu blog:
A progressão de regime de Lula e a anulação de todas as sentenças fraudulentas contra ele não são coisas incompatíveis.
Pelo contrário, Lula fora da cela da PF significa um reforço decisivo na luta para que o STF faça justiça, reconheça a suspeição vergonhosa de Moro, a atuação criminosa dos procuradores de Curitiba e anule os processos contra o ex-presidente.
Este debate, na minha visão, deve levar em conta os seguintes aspectos:
1- O martírio de Lula catapultou-o definitivamente à condição de herói do povo brasileiro, o que será, com certeza, reconhecido pelos historiadores do futuro. Mas, tudo na vida tem limite. Ver um homem de sua envergadura amargar a indizível injustiça de uma prisão causa profunda dor na alma de milhões de pessoas. Saindo das masmorras de Curitiba, essa dor se reverterá em avanço na luta pelo resgate da democracia no Brasil.
A progressão de regime de Lula e a anulação de todas as sentenças fraudulentas contra ele não são coisas incompatíveis.
Pelo contrário, Lula fora da cela da PF significa um reforço decisivo na luta para que o STF faça justiça, reconheça a suspeição vergonhosa de Moro, a atuação criminosa dos procuradores de Curitiba e anule os processos contra o ex-presidente.
Este debate, na minha visão, deve levar em conta os seguintes aspectos:
1- O martírio de Lula catapultou-o definitivamente à condição de herói do povo brasileiro, o que será, com certeza, reconhecido pelos historiadores do futuro. Mas, tudo na vida tem limite. Ver um homem de sua envergadura amargar a indizível injustiça de uma prisão causa profunda dor na alma de milhões de pessoas. Saindo das masmorras de Curitiba, essa dor se reverterá em avanço na luta pelo resgate da democracia no Brasil.
Não é Janot que está louco, é o Brasil
Por Fernando Brito, em seu blog:
Ora, vamos, o surto nárciso-canalho-psicótico de que foi acometido o senhor Rodrigo Janot não é um episódio isolado na vida brasileira.
É apenas uma erupção explícita do grave processo de infecção autoritária que, há anos, passou a acometer nossa sociedade, desde que as corporações judiciárias entraram em metástase, potencializada pela mídia, e passaram a pretender ser o poder supremo entre nós.
Valeram-se, para isso, do mais primário maniqueísmo, erigindo na Justiça lugar do “homens do bem” e, na política, os “do mal”.
Ora, vamos, o surto nárciso-canalho-psicótico de que foi acometido o senhor Rodrigo Janot não é um episódio isolado na vida brasileira.
É apenas uma erupção explícita do grave processo de infecção autoritária que, há anos, passou a acometer nossa sociedade, desde que as corporações judiciárias entraram em metástase, potencializada pela mídia, e passaram a pretender ser o poder supremo entre nós.
Valeram-se, para isso, do mais primário maniqueísmo, erigindo na Justiça lugar do “homens do bem” e, na política, os “do mal”.
Bolsonaro, um presidente Pré-Sapiens
Por Marcelo Zero
“De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”, já dizia o Barão de Itararé.
Contrariando as especulações da nossa imprensa de que Bolsonaro aproveitaria a vitrine global da ONU para fazer um discurso conciliador, que ao menos tentasse melhorar um pouco a péssima imagem de seu governo no mundo, o capitão usou o palco maior da busca da paz para declarar guerra à verdade, à diplomacia, à democracia, ao meio ambiente e a tudo que é civilizado.
Falando na abertura da Assembleia Geral da ONU, repleta de chefes de Estado, como se falasse para um grupo de milicianos descerebrados, o capitão proferiu um dos mais vexaminosos discursos feitos na ONU. Possivelmente, o mais vergonhoso da História. Com certeza, o mais mentiroso.
“De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”, já dizia o Barão de Itararé.
Contrariando as especulações da nossa imprensa de que Bolsonaro aproveitaria a vitrine global da ONU para fazer um discurso conciliador, que ao menos tentasse melhorar um pouco a péssima imagem de seu governo no mundo, o capitão usou o palco maior da busca da paz para declarar guerra à verdade, à diplomacia, à democracia, ao meio ambiente e a tudo que é civilizado.
Falando na abertura da Assembleia Geral da ONU, repleta de chefes de Estado, como se falasse para um grupo de milicianos descerebrados, o capitão proferiu um dos mais vexaminosos discursos feitos na ONU. Possivelmente, o mais vergonhoso da História. Com certeza, o mais mentiroso.
sábado, 28 de setembro de 2019
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