quarta-feira, 2 de outubro de 2019
O STF na produção da crise política
Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:
A atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e o impacto de suas decisões (ou ausência delas) no processo político brasileiro, durante os últimos seis anos (2012 - 2018), são analisados por Andrei Koerner, professor de Ciência Política da Unicamp, nos últimos dois Cadernos Cedec, publicação do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea.
Pesquisador na área de direito e política, com livros e artigos sobre o sistema Judiciário brasileiro e norte-americano, Koerner reúne desde artigos publicados em veículos de mídia, portanto, focados na conjuntura e destinados ao público mais amplo, quanto artigos acadêmicos e de maior fôlego sobre o tribunal.
A atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e o impacto de suas decisões (ou ausência delas) no processo político brasileiro, durante os últimos seis anos (2012 - 2018), são analisados por Andrei Koerner, professor de Ciência Política da Unicamp, nos últimos dois Cadernos Cedec, publicação do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea.
Pesquisador na área de direito e política, com livros e artigos sobre o sistema Judiciário brasileiro e norte-americano, Koerner reúne desde artigos publicados em veículos de mídia, portanto, focados na conjuntura e destinados ao público mais amplo, quanto artigos acadêmicos e de maior fôlego sobre o tribunal.
Estado de Direito e a 'farmacinha' do Janot
Por Jeferson Miola, em seu blog:
No livro que em que comete haraquiri político e moral e se expõe ao risco de perda da privilegiada aposentadoria, Rodrigo Janot faz muita menção a bebidas alcoólicas, porém não faz absolutamente nenhuma menção ao Estado de Direito ou ao devido processo legal.
Nas quase 250 páginas de texto, o substantivo “democracia” fica quase desapercebido. Aparece apenas 2 vezes, o equivalente a 1 menção a cada 120 páginas do livro.
Numa delas, Janot a emprega numa frase para dissertar que “Ditaduras também tendem a ser mais corruptas do que as democracias” [pág. 166] e noutra passagem, num registro hilariante, Janot filosofa que “Vivemos numa democracia …” [sic] [pág.38].
No livro que em que comete haraquiri político e moral e se expõe ao risco de perda da privilegiada aposentadoria, Rodrigo Janot faz muita menção a bebidas alcoólicas, porém não faz absolutamente nenhuma menção ao Estado de Direito ou ao devido processo legal.
Nas quase 250 páginas de texto, o substantivo “democracia” fica quase desapercebido. Aparece apenas 2 vezes, o equivalente a 1 menção a cada 120 páginas do livro.
Numa delas, Janot a emprega numa frase para dissertar que “Ditaduras também tendem a ser mais corruptas do que as democracias” [pág. 166] e noutra passagem, num registro hilariante, Janot filosofa que “Vivemos numa democracia …” [sic] [pág.38].
Preso ou em liberdade, Lula segue liderando
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Lula não é para amadores, que o digam seus carcereiros lavajatistas de Curitiba.
Toda a discussão desencadeada esta semana sobre a libertação ou não de Lula serve para provar um fato incontestável, goste-se dele ou não: em qualquer condição, a vida política do país continua girando em torno do ex-presidente.
Está fazendo agora 30 anos, desde a sua primeira campanha presidencial, em que não passa um dia sequer sem que a imprensa fale dele e especule sobre o que Lula fez ou deixou de fazer, e o que está pensando sobre os próximos passos, o mundo e a vida.
Quem tiver dúvidas, vá ao doutor Google.
Toda a discussão desencadeada esta semana sobre a libertação ou não de Lula serve para provar um fato incontestável, goste-se dele ou não: em qualquer condição, a vida política do país continua girando em torno do ex-presidente.
Está fazendo agora 30 anos, desde a sua primeira campanha presidencial, em que não passa um dia sequer sem que a imprensa fale dele e especule sobre o que Lula fez ou deixou de fazer, e o que está pensando sobre os próximos passos, o mundo e a vida.
Quem tiver dúvidas, vá ao doutor Google.
Os uberizados brasileiros voltam à luta
Por Felipe Moda, no site Outras Palavras:
Na última terça feira (24/9), mais de 500 motoristas por aplicativos encheram o Auditório Franco Montoro, da Assembleia Legislativa de São Paulo, para a audiência pública #MotoristasPelaVida, que tinha como foco principal debater a segurança dos/as trabalhadores/as. De forma a dar continuidade às análises iniciadas na manifestação global da categoria, realizada em maio deste ano, acompanhamos toda a construção da audiência, realizando mais uma incursão etnográfica com intuito de mapear as formas de articulação destes trabalhadores em sua luta contra as chamadas empresas-aplicativos.
Na última terça feira (24/9), mais de 500 motoristas por aplicativos encheram o Auditório Franco Montoro, da Assembleia Legislativa de São Paulo, para a audiência pública #MotoristasPelaVida, que tinha como foco principal debater a segurança dos/as trabalhadores/as. De forma a dar continuidade às análises iniciadas na manifestação global da categoria, realizada em maio deste ano, acompanhamos toda a construção da audiência, realizando mais uma incursão etnográfica com intuito de mapear as formas de articulação destes trabalhadores em sua luta contra as chamadas empresas-aplicativos.
Lula livre e punição a membros da Lava-Jato
Da esq. para a dir.: Mello Filho, Inês Nassif, Ramos Filho e Juca Kfouri no Barão de Itararé |
“Continuaremos trabalhando por um entendimento da nossa época. E continuaremos trabalhando pelo único caminho para a democracia, que tem uma variante: é Lula livre, com reconhecimento de inocência, e Moro e companhia na cadeia, porque não existe crime maior do que o que eles cometeram nesses anos todos.” Com essa avaliação, a jornalista Maria Inês Nassif resumiu o que pensa para o Brasil para superar o pior momento de sua história desde a ditadura.
Governo transforma indústria em sucata
Editorial do site Vermelho:
O descaso com a industrialização do país é uma das mais irresponsáveis atitudes do governo Bolsonaro. Informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam crescimento do pessimismo do empresariado sobre o assunto. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado mensalmente, revela que a esperança de um esforço do governo para o desenvolvimento de uma política industrial está em decréscimo.
O descaso com a industrialização do país é uma das mais irresponsáveis atitudes do governo Bolsonaro. Informações da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam crescimento do pessimismo do empresariado sobre o assunto. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), divulgado mensalmente, revela que a esperança de um esforço do governo para o desenvolvimento de uma política industrial está em decréscimo.
terça-feira, 1 de outubro de 2019
Lula entorta Dallagnol e a mídia lavajatista
Por Altamiro Borges
A decisão do ex-presidente Lula de recusar o regime semiaberto definido pelos carrascos da Lava-Jato – “não troco minha dignidade pela minha liberdade”, explicou em carta aberta – segue gerando polêmicas entre os que lutam por sua libertação. Todos gostariam de ver o líder popular, preso injustamente há 540 dias numa cela isolada de Curitiba, novamente junto aos seus familiares e amigos e debatendo política pelo país afora. Mas Lula foi taxativo: “Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade”.
A decisão do ex-presidente Lula de recusar o regime semiaberto definido pelos carrascos da Lava-Jato – “não troco minha dignidade pela minha liberdade”, explicou em carta aberta – segue gerando polêmicas entre os que lutam por sua libertação. Todos gostariam de ver o líder popular, preso injustamente há 540 dias numa cela isolada de Curitiba, novamente junto aos seus familiares e amigos e debatendo política pelo país afora. Mas Lula foi taxativo: “Quero que saibam que não aceito barganhar meus direitos e minha liberdade”.
Utopia, distopia e realismo em Bacurau
Por Guilherme Mello, no site Brasil Debate:
Algumas críticas ao filme Bacurau o acusam de ser simplista, maniqueísta e previsível, fruto de uma visão distorcida da realidade presente em parte da esquerda. Longe de mim querer me arvorar a qualidade de crítico de arte, mas esse artigo é uma tentativa de apresentar uma visão alternativa à crítica descrita, trazendo elementos que apontam para a complexidade e realismo do filme.
Algumas críticas ao filme Bacurau o acusam de ser simplista, maniqueísta e previsível, fruto de uma visão distorcida da realidade presente em parte da esquerda. Longe de mim querer me arvorar a qualidade de crítico de arte, mas esse artigo é uma tentativa de apresentar uma visão alternativa à crítica descrita, trazendo elementos que apontam para a complexidade e realismo do filme.
Salles, o ministro lobo em cargo de cordeiro
Por Ronnie Aldrin Silva, no site da Fundação Perseu Abramo:
Mesmo no cargo de ministro do Meio Ambiente, as ações, e por vezes, inações, de Ricardo Salles estão apresentando danos cada vez maiores aos biomas brasileiros e a seus povos autóctones. Nesta lista incluem-se a desestruturação de setores do ministério como os de serviços florestais, recursos hídricos e mudanças climáticas, a flexibilização das multas por crimes ambientais, o aumento do desmatamento, a retirada da Força Nacional da proteção que fazia aos fiscais do meio ambiente em campo, a suspensão do Fundo Amazônia, ente outras. Mas parece que vem mais por aí.
Mesmo no cargo de ministro do Meio Ambiente, as ações, e por vezes, inações, de Ricardo Salles estão apresentando danos cada vez maiores aos biomas brasileiros e a seus povos autóctones. Nesta lista incluem-se a desestruturação de setores do ministério como os de serviços florestais, recursos hídricos e mudanças climáticas, a flexibilização das multas por crimes ambientais, o aumento do desmatamento, a retirada da Força Nacional da proteção que fazia aos fiscais do meio ambiente em campo, a suspensão do Fundo Amazônia, ente outras. Mas parece que vem mais por aí.
STF, redima-se: não capitule, não module
Por Tereza Cruvinel
Nesta quarta-feira os ministros do STF vão escolher entre ficar bem com os raivosos das ruas e das redes ou dar o primeiro passo em busca da remissão de seus pecados omissões que ajudaram a afundar o Brasil no pântano. Começarão a se redimir fazendo valer a Constituição, ainda que se tornem alvos daqueles que xingaram o falecido ministro Teori de “cabrita do Lulla” e foram à porta de sua casa ameaçar os parentes.
Nesta quarta-feira os ministros do STF vão escolher entre ficar bem com os raivosos das ruas e das redes ou dar o primeiro passo em busca da remissão de seus pecados omissões que ajudaram a afundar o Brasil no pântano. Começarão a se redimir fazendo valer a Constituição, ainda que se tornem alvos daqueles que xingaram o falecido ministro Teori de “cabrita do Lulla” e foram à porta de sua casa ameaçar os parentes.
As baratas estão tontas. E furiosas
Por Fernando Brito, em seu blog:
Há um método sem falhas para que se identifique o lado do Direito e da Justiça neste aparente impasse em torno da “soltura à força” de Lula.
Basta que você veja o óbvio: os que estão “exigindo” que ele vá para o regime semiaberto são os mesmos que fizeram e tudo para enjaulá-lo, recorreram e aumentaram sua pena na segunda instância, tentaram – e faz pouco – mandá-lo para um presídio comum, com todos os riscos de segurança que isso traria e se opuseram, até mesmo, a que ele pudesse ir, dignamente, ao sepultamento do irmão mais velho e do pequeno neto de sete anos.
Há um método sem falhas para que se identifique o lado do Direito e da Justiça neste aparente impasse em torno da “soltura à força” de Lula.
Basta que você veja o óbvio: os que estão “exigindo” que ele vá para o regime semiaberto são os mesmos que fizeram e tudo para enjaulá-lo, recorreram e aumentaram sua pena na segunda instância, tentaram – e faz pouco – mandá-lo para um presídio comum, com todos os riscos de segurança que isso traria e se opuseram, até mesmo, a que ele pudesse ir, dignamente, ao sepultamento do irmão mais velho e do pequeno neto de sete anos.
Brasil tem a maior explosão da desigualdade
Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:
O Brasil assiste a explosão da desigualdade de renda, jamais identificada desde o ano de 1960, quando o IBGE passou a captar informações acerca do rendimento da população nos censos demográficos. O novo padrão de concentração da renda que emerge dos governos da segunda metade da década de 2010 transcorre de forma inédita, pois combina o decréscimo econômico com a desestruturação do mundo do trabalho e a elevação acelerada da pobreza.
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