Por Glauco Faria, na Rede Brasil Atual:
Quando Bernie Sanders se lançou na corrida pela candidatura do Partido Democrata à presidência dos EUA, em 2016, poucos levaram a sério. No entanto, já na primeira das disputas daquele ano, em Iowa, o senador de Vermont se mostrou competitivo, ficando pouco atrás de Hillary Clinton.
Ali, a luz amarela acendeu para a cúpula da legenda. Se antes ele era visto apenas com menosprezo ou relativa antipatia pelos altos dirigentes, o quadro agora era outro. E o Comitê Nacional, que deveria ser neutro na competição, não hesitou em interferir no jogo.
Nas últimas semanas das prévias, o site WikiLeaks divulgou o que muitos já sabiam: Sanders era sabotado pela cúpula da legenda. A ex-comentarista da CNN, vice e posteriormente presidenta do Comitê, Donna Brazile, havia informado a campanha de Hillary a respeito de uma pergunta que seria feita a ela em um evento da emissora em março.