quarta-feira, 18 de março de 2020

Rejeição a Bolsonaro é bem mais expressiva

Em tempos de quarentena, as janelas gritam!
Arte: @pedroviniciusmb/Mídia Ninja
Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Nem todo mundo sabe, mas hoje o antibolsonarismo é maior do que o antipetismo. Na verdade, bem maior. Inversamente, a proporção daqueles que têm uma posição favorável em relação ao PT, a Lula e às lideranças e bandeiras do partido ultrapassa, em muito, àquela dos que pensam positivamente a respeito de Bolsonaro, suas ideias e governo.

Há tempos o mito do “crescimento da rejeição ao PT” (e tudo que dele decorre) faz parte de nosso senso comum. Tanto que muitos passaram a considerá-lo um dado de natureza, que dispensa comprovação. Repetido como mantra desde ao menos 2013, tornou-se uma daquelas verdades que, embora falsas, parecem evidentes. Ainda mais depois do resultado da eleição de 2018, que a maioria dos entendidos explicou como se fosse a expressão do “maciço” (e, ao que parece, em sua opinião, “natural”) antipetismo na sociedade.

Algo perverso na comunicação presidencial

Por Fernanda R. Rosa, no site Outras Palavras:

“Olá prezados integrantes de grupos de WhatsApp e Telegram de todo o Brasil. Jair Bolsonaro. Eu quero cumprimentá-los pela maneira como vocês fazem política. Pela consciência patriótica que vocês têm de que o futuro está em nossas mãos. E a verdade para nós acima de tudo, tá ok? Estamos juntos pessoal. Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.” - (Jair Bolsonaro em campanha para presidente, 23 de agosto de 2018).

Em meio a uma pandemia mundial causada pelo novo coronavírus, que levou a Organização Mundial da Saúde a recomendar distanciamento social à população a fim de mitigar a propagação da doença via aglomerações, o presidente Jair Bolsonaro chamou a população às ruas para uma manifestação em seu apoio dia 15 de março de 2020. Apesar do número limitado de pessoas, jornais sugerem que idosos, o grupo de risco considerado mais vulnerável à doença, atenderam ao chamado em sua maior parte. A convocação foi feita via redes sociais, e incluiu um vídeo [1] compartilhado via a conta de WhatsApp de Bolsonaro identificada pelo brasão da República, a correligionários, com ataques ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, conforme noticiado quase como furo jornalístico. 

Bolsonaro corre sério risco de impeachment

Da Rede Brasil Atual:

Ao participar das manifestações contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, no último domingo (15), o presidente Jair Bolsonaro cometeu mais um crime de responsabilidade. Segundo o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, é uma série de ações que podem levar ao impeachment. “Se a sociedade brasileira entender, e os seus representantes também, ele corre sério risco de perder o mandato”, afirmou à repórter Dayane Ponte, para o Seu Jornal, da TVT.

Bolsonaro e o vírus; e vice-versa

A importância do SUS diante do coronavírus

terça-feira, 17 de março de 2020

CNBB, OAB e ABI se unem. Bolsonaro se isola!

Petardo: A estranha morte de Bebianno

Fotos: Instagram/Gustavo Bebianno
Por Altamiro Borges

A morte súbita do ex-bolsonarista Gustavo Bebianno – que sofreu um infarto no sábado (14) em seu sítio em Teresópolis – causou estranhamento. Ele presidiu o PSL, coordenou a campanha do "capetão", virou ministro no laranjal, mas não durou muito tempo no cargo. Foi defenestrado e virou alvo do ódio do clã Bolsonaro.

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Para o empresário Paulo Marinho, outro ex-bolsonarista, a morte de Bebianno decorreu das tensões políticas com o clã Bolsonaro. Recentemente, os dois inclusive deixaram o PSL e ingressaram no PSDB. "Eu perdi um irmão. Gustavo morreu de tristeza por tudo que ele passou", garante Marinho.

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No mesmo rumo, o senador Major Olímpio (PSL-SP) acha que o infarto tem relação com a tensão política dos últimos meses. "Bebianno teve um papel decisivo e foi fundamental para a eleição de 2018. Foi injustiçado e emotivo como era, ele agonizava a cada dia com a tristeza da execração pública não merecida".

Bolsonaro cairá por desequilíbrio emocional?

Pacote de Guedes não protege empregos

Coronavírus e a falta de liderança

Histérico está você, Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Nesta terça-feira em que morreu o primeiro brasileiro contagiado pelo novo Coronavírus, o presidente da República voltou a discordar das medidas de combate ao vírus, acusando os governadores de provocarem uma retração da economia, que a seu ver “estava indo bem”, embora os sinais de crise e desconfiança precedam a chegada do vírus ao pais. Na entrevista de hoje à Radio Tupi, referiu-se mais uma vez a uma “histeria” que a seu ver será danosa ao país.

Uma mensagem para Bolsonaro e Guedes

Por Paulo Gil Souza e Amir Khair, no site da Fundação Perseu Abramo:

Colocar a responsabilidade no Congresso e no STF foi a forma encontrada por Bolsonaro para explicar o fracasso do seu governo. No divulgar e participar das manifestações do domingo, o presidente passou por cima das recomendações de infectologistas e do próprio Ministério da Saúde. Bolsonaro colocou seus interesses políticos acima da saúde pública.

Na semana retrasada, frente a uma grave crise econômica e de saúde pública, Paulo Guedes apresentou a parlamentares uma agenda de reformas no mesmo sentido das já implementadas, no ajuste das contas públicas via o corte indiscriminado de despesas.

Direita politiza o vírus e mostra estupidez

Por Igor Carvalho, no jornal Brasil de Fato:

Enquanto o coronavírus se alastra pelo mundo, na boca do presidente brasileiro o tema é tratado com chacota e desprezo. “Eu faço 65 anos daqui a quatro dias. Vai ter uma festinha tradicional aqui. Até porque eu faço aniversário dia 21 e minha esposa dia 22. São dois dias de festa aqui”, afirmou Jair Bolsonaro, fazendo troça com a epidemia que assusta o mundo.

No último domingo (15), o presidente já havia contrariado as orientações médicas, inclusive de seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e participou das manifestações contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro deveria evitar o contato com a população, de acordo com especialistas, por carregar a suspeita de que esteja contaminado pelo coronavírus. Um novo exame foi feito nesta terça-feira (17) para confirmar, ou descartar, a possibilidade.

A embromação de Paulo Guedes

Por José Luis Oreiro, no site A terra é redonda:

Na noite do dia 16 de março, sua majestade o czar da economia brasileira anunciou seu plano de enfrentamento da crise do coronavírus. Sua apresentação de incríveis seis, isso mesmo, seis slides (onde o primeiro é a capa) já mostra o grau de despreparo do maior enrolador da história da República. No primeiro slide vemos “medidas estruturantes” onde se inclui “pacto federativo”, “PL da Eletrobrás” e “Plano Mansueto”, seja lá o que isso signifique.

Janaína Paschoal e seu ‘bebê de Rosemary’

Por Fernando Brito, em seu blog:

A ex-quase-vice de Jair Bolsonaro, Janaína Paschoal, foi à tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo pedir o afastamento do dito cujo da Presidência, como se vê no vídeo [aqui].

Disse que se arrependeu de seu voto, mas não disse – e nem acha – que se arrependeu de seu golpe, lá onde tudo isso nasceu. Onde se concebeu o Bebê de Rosemary que está na Presidência da República.

Pois Jair não foi, afinal, a encarnação do mal que se gerou pela epidemia do moronavírus que contaminou o Brasil?

Ao contrário do coronavírus, aquele atacou as funções cerebrais de boa parte dos brasileiros – aparentemente as dela também, colocando em curto-circuito as sinapses nervosas – e os levou à mais colérica selvageria.

Bolsonaro aumentou ameaça ditatorial

Por Jeferson Miola, em seu blog:                   

A ameaça de avanço ditatorial no Brasil está no ar; é bem palpável. É preciso atentar para essa realidade urgentemente.

Bolsonaro repete com êxito a estratégia de Mussolini e de Hitler de esgarçar a ordem vigente até o limite máximo de elasticidade do sistema. Quando finalmente atingir o ponto de ruptura, consuma o golpe institucional e instala uma ditadura. Tudo feito, naturalmente, dentro da chamada “normalidade institucional” [aqui].

No mesmo dia em que os presidentes da CNBB, OAB, ABI e Comissão Arns publicaram o histórico apelo Em defesa da democracia na Folha de São Paulo e afirmaram ser “urgente neutralizar e vencer as ameaças às instituições”, Jair Bolsonaro propagou em tempo real, na conta oficial da Presidência da República no twitter, os atos promovidos pela matilha bolsonarista pedindo o fechamento do Congresso e do STF.

Apesar de Bolsonaro, Brasil vencerá pandemia

Editorial do site Vermelho:

A humanidade enfrenta uma das piores pandemias da história recente. Milhares de vidas já foram ceifadas. A economia mundial, que há mais de uma década já se encontrava estruturalmente combalida pela crise do capitalismo, agora, impactada por esse fator, provavelmente irá mergulhar em nova recessão.

Diante dessa dramática circunstância, os governos pelo mundo afora buscam construir convergências entre todos os Poderes, conscientizar e mobilizar o seu povo, para enfrentar e vencer a pandemia de Covid 19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Nesse sentido, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um apelo enfático para que todos se empenhem nesta histórica empreitada.

segunda-feira, 16 de março de 2020

CNBB, OAB e ABI se unem pela democracia

Por Altamiro Borges

Com seus gestos fascistas e dementes – como participar neste domingo (15) de um ato em frente ao Palácio do Planalto pelo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) em plena pandemia do coronavírus –, o “capetão” Jair Bolsonaro vai despertando forças mais amplas de oposição. Aos poucos, após certa letargia, vários setores se articulam para deter a cavalgada autoritária no país. Na semana passada, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Comissão Arns divulgaram um manifesto “em defesa da democracia”.

Regina Duarte está com medo de Bolsonaro?

Quem matou Gustavo Bebianno?