sexta-feira, 27 de março de 2020
quinta-feira, 26 de março de 2020
Petardo: Governadores peitam Bolsonaro
Por Altamiro Borges
Manchetes dos jornalões nesta quinta-feira (26). Folha: "Bolsonaro é ignorado pelos governadores e se isola mais"; O Globo: "Governadores e cientistas rechaçam Bolsonaro; população fica em casa". Valor: "Estados confrontam Bolsonaro". Só o Estadão, entre os maiores, aliviou a barra do “capetão” insano!
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Após relinchar em pronunciamento na TV que o coronavírus "é uma gripezinha", o genocida Bolsonaro volta a atacar os governadores. Seus alvos principais agora são dois ex-aliados de peso – Wilson Witzel (RJ) e João Doria (SP) –, que promoveriam "demagogia barata”. O maluco pirou de vez!
***
Em teleconferência na quarta-feira (25) com governadores do Sudeste, Bolsonaro babou contra João Doria, acusando-o de oportunista. Disse que o tucano paulista pegou carona para se eleger governador, lembrando o “BolsoDoria”. Já o governador paulista cobrou responsabilidade do presidente no combate ao coronavírus.
Manchetes dos jornalões nesta quinta-feira (26). Folha: "Bolsonaro é ignorado pelos governadores e se isola mais"; O Globo: "Governadores e cientistas rechaçam Bolsonaro; população fica em casa". Valor: "Estados confrontam Bolsonaro". Só o Estadão, entre os maiores, aliviou a barra do “capetão” insano!
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Após relinchar em pronunciamento na TV que o coronavírus "é uma gripezinha", o genocida Bolsonaro volta a atacar os governadores. Seus alvos principais agora são dois ex-aliados de peso – Wilson Witzel (RJ) e João Doria (SP) –, que promoveriam "demagogia barata”. O maluco pirou de vez!
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Em teleconferência na quarta-feira (25) com governadores do Sudeste, Bolsonaro babou contra João Doria, acusando-o de oportunista. Disse que o tucano paulista pegou carona para se eleger governador, lembrando o “BolsoDoria”. Já o governador paulista cobrou responsabilidade do presidente no combate ao coronavírus.
Os governadores e o presidente sem rumo
Por Alexandre Guerra, no site da Fundação Perseu Abramo:
A semana foi marcada pela disputa entre governadores e o presidente da República em torno da conduta para combater o coronavírus. Nesta quarta, 25, os governadores reunidos no Consórcio Nordeste divulgaram carta oficial (em que rebatem a postura bolsonarista que, numa sequência de episódios, evidenciou o presidente em atos de desespero para tentar salvar a economia e a imagem de sua gestão, que se afunda cada vez mais ao criticar as iniciativas de isolamento social realizadas pelos governos estaduais para conter a pandemia e salvar vidas.
A semana foi marcada pela disputa entre governadores e o presidente da República em torno da conduta para combater o coronavírus. Nesta quarta, 25, os governadores reunidos no Consórcio Nordeste divulgaram carta oficial (em que rebatem a postura bolsonarista que, numa sequência de episódios, evidenciou o presidente em atos de desespero para tentar salvar a economia e a imagem de sua gestão, que se afunda cada vez mais ao criticar as iniciativas de isolamento social realizadas pelos governos estaduais para conter a pandemia e salvar vidas.
Sairemos da caverna num dia de sol
A gruta azul de Capri, 1835/Heinrich Jakob Fried |
Uma das hipóteses para a gênese do coronavírus é que ele tenha se originado no fundo de uma caverna na China. Ali, em dado instante, talvez propiciado pela presença devastadora do homem no seu ataque à natureza, o inimigo invisível que ameaça o planeta saltou do morcego para a humanidade.
É uma cena repetida ao longo da História, sempre com a criatura humana atraída pelo desconhecido. Foi assim com o HIV, originalmente presente em chimpanzés; com o sarampo, possível legado da era inicial da pecuária bovina; e com o ebola, novamente oriundo dos morcegos.
Nas mais de mil espécies de morcegos, o coronavírus sobrevive sem destruir seu hospedeiro, dotado de vigoroso sistema imunológico. Porém, ao deixar a caverna e trocar de anfitrião, diante de uma barreira imunológica bem mais frágil, causa estragos enormes e, eventualmente, fatais. É o que está acontecendo no Brasil em 2020, com consequências ainda em suspenso, mas com expectativas péssimas.
O impeachment e a luta do povo
Arte @aladdinsane.art/Mídia Ninja |
Concordo em boa medida com o artigo de Vladimir Safatle, intitulado “A única saída é o impeachment”, veiculado no último dia 20 na edição brasileira do jornal El País. Sim, ele tem razão: devemos colocar na ordem do dia o impeachment de Jair Bolsonaro. Sim, o impeachment teria um valor civilizatório, sinalizando importante ganho de qualidade no processo de maturação da consciência política do povo brasileiro. Sim, a questão central do impeachment não é tanto “quem assume”, mas o fato de que Bolsonaro não apresenta condições mínimas para exercer a chefia do Estado brasileiro. E sim, quem quer que venha a assumir não conseguirá evadir-se do fato de que seu mandato estará indelevelmente marcado não por um “vício”, mas por uma “virtude de origem”: ser fruto de um ascenso democrático e de uma vitória do povo — situação que, aliás, já condicionou governos da chamada Nova República.
Periferia e Pandemia: Plano de Emergência já!
Por Sonia Fleury e Paulo M. Buss, no site Outras Palavras:
A pandemia do Covid-19 chegou às favelas. Embora o vírus não discrimine por classe social ou raça, as condições socio-sanitárias serão determinantes para dizer quais estarão em melhores condições de sobreviver e quais estarão destinados a morrer.
Favelas e periferias enfrentarão a pandemia em condições mais adversas, decorrentes do descaso dos governos em prover condições adequadas de abastecimento de água, saneamento básico, coleta de lixo, habitação e urbanização, transporte público, atenção à saúde. Não se trata mais de falar na ausência de políticas públicas para esses territórios, mas de uma necropolítica, que condena ao extermínio pobres, negros e mestiços nas favelas.
Favelas e periferias enfrentarão a pandemia em condições mais adversas, decorrentes do descaso dos governos em prover condições adequadas de abastecimento de água, saneamento básico, coleta de lixo, habitação e urbanização, transporte público, atenção à saúde. Não se trata mais de falar na ausência de políticas públicas para esses territórios, mas de uma necropolítica, que condena ao extermínio pobres, negros e mestiços nas favelas.
Atletas de verdade desmentem Bolsonaro
Por Fernando Gavini, na Rede Brasil Atual:
Jair Bolsonaro fez um discurso polêmico na noite de terça-feira (24) ao criticar o confinamento em massa, contrariando todas as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto ao combate à pandemia do coronavírus.
Para completar, o presidente da República afirmou que por seu “histórico como atleta” não precisaria se preocupar, pois a doença não passaria de uma gripezinha ou um resfriadinho. Mas os atletas profissionais contaminados mundo afora pelo coronavírus desmentem o discurso de Bolsonaro.
Alguns astros do esporte no planeta ficaram bastante debilitados com a doença. Os casos nos esportistas vão de febre alta, dificuldade de respiração, fortes dores pelo corpo e até internação. E olha que são atletas profissionais, coisa que Jair Bolsonaro não é e nunca foi.
Jair Bolsonaro fez um discurso polêmico na noite de terça-feira (24) ao criticar o confinamento em massa, contrariando todas as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto ao combate à pandemia do coronavírus.
Para completar, o presidente da República afirmou que por seu “histórico como atleta” não precisaria se preocupar, pois a doença não passaria de uma gripezinha ou um resfriadinho. Mas os atletas profissionais contaminados mundo afora pelo coronavírus desmentem o discurso de Bolsonaro.
Alguns astros do esporte no planeta ficaram bastante debilitados com a doença. Os casos nos esportistas vão de febre alta, dificuldade de respiração, fortes dores pelo corpo e até internação. E olha que são atletas profissionais, coisa que Jair Bolsonaro não é e nunca foi.
CNN Brasil e o jornalismo dócil ao Planalto
Imagem captada do Youtube |
No último dia 15 de março, já em meio ao avanço do novo coronavírus no Brasil, a CNN estreou suas transmissões no País, mostrando todo o seu arsenal de apresentadores e repórteres. Depois das primeiras horas no ar, exclusivamente dedicadas a uma autocelebração da sua chegada aos lares brasileiros, a CNN embarcou no principal tema que tem pautado os meios de comunicação por aqui, explorando na primeira edição de todos os seus programas a pandemia do coronavírus).
A irresponsabilidade de Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
O presidente da República, Jair Bolsonaro, falou, em pronunciamento oficial, como o maior irresponsável entre os irresponsáveis, conforme disse sobre ele, recentemente, o jornalista e colunista do jornal Folha de S. Paulo, Jânio de Freitas. O assunto foi a gravíssima pandemia da Covid-19, que chegou ao Brasil com força.
O presidente defendeu, nada mais, nada menos, do que o fim do isolamento social, o uso de medicamento sem testagem – conforme atestou a médica e deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) – e a volta de jovens e crianças à escola. Para ele, a imprensa é a responsável pelo que reiterou ser “histeria” e se disse um exemplo, por ter sido atleta, de que a maioria da população é imune à contaminação.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, falou, em pronunciamento oficial, como o maior irresponsável entre os irresponsáveis, conforme disse sobre ele, recentemente, o jornalista e colunista do jornal Folha de S. Paulo, Jânio de Freitas. O assunto foi a gravíssima pandemia da Covid-19, que chegou ao Brasil com força.
O presidente defendeu, nada mais, nada menos, do que o fim do isolamento social, o uso de medicamento sem testagem – conforme atestou a médica e deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) – e a volta de jovens e crianças à escola. Para ele, a imprensa é a responsável pelo que reiterou ser “histeria” e se disse um exemplo, por ter sido atleta, de que a maioria da população é imune à contaminação.
Profissionais de saúde em tempos de Covid-19
Por Maria Helena Machado, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:
O Brasil tem dois patrimônios no âmbito da saúde: o SUS e os mais de 3 milhões e meio de profissionais de Saúde que nele atuam.
Fruto de um processo histórico de três décadas, o SUS assegura, pela Constituição Federal, saúde à toda a população brasileira. Á época de sua criação, na década de 1980, o país contava com pouco mais de 18 mil estabelecimentos de saúde, 570 mil empregos de saúde e uma equipe bipolarizada entre médicos e atendentes de enfermagem (nível elementar de escolaridade). Trinta anos depois, o SUS é, hoje, o maior patrimônio público, com mais de 200 mil estabelecimentos de Saúde - hospitalares e ambulatoriais, 3 milhões e 500 mil trabalhadores empregados, sendo boa parte de nível superior. A equipe de Saúde passa a ser multiprofissional, constituída de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, além de técnicos e auxiliares de Saúde (enfermagem e demais áreas) (CNES, 2017).
O Brasil tem dois patrimônios no âmbito da saúde: o SUS e os mais de 3 milhões e meio de profissionais de Saúde que nele atuam.
Fruto de um processo histórico de três décadas, o SUS assegura, pela Constituição Federal, saúde à toda a população brasileira. Á época de sua criação, na década de 1980, o país contava com pouco mais de 18 mil estabelecimentos de saúde, 570 mil empregos de saúde e uma equipe bipolarizada entre médicos e atendentes de enfermagem (nível elementar de escolaridade). Trinta anos depois, o SUS é, hoje, o maior patrimônio público, com mais de 200 mil estabelecimentos de Saúde - hospitalares e ambulatoriais, 3 milhões e 500 mil trabalhadores empregados, sendo boa parte de nível superior. A equipe de Saúde passa a ser multiprofissional, constituída de médicos, enfermeiros, farmacêuticos, odontólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, além de técnicos e auxiliares de Saúde (enfermagem e demais áreas) (CNES, 2017).
O pronunciamento infame de Bolsonaro
Por Dilma Rousseff, em seu site:
O pronunciamento infame e irresponsável de Bolsonaro em cadeia nacional revela o seu desprezo pela ciência, pela saúde e pela vida da população. Bolsonaro faz uma aposta no escuro. Aposta em manter o apoio das camadas sociais que o elegeram, e não apenas sua milícia. Por isso, sua fala não contempla a sociedade, só os seus. Para ele, não tem a menor importância se a mídia que lhe deu suporte na eleição já não acredita nele, nem que integrantes do mercado já não o queiram com tanta intensidade como antes, ou até já lhe abandonem, sequer que os governadores que apoiou já estejam contra ele. As manifestações de Maia e Alcolumbre tampouco lhe pesam.
Frente ampla contra Bolsonaro
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Sintoma inequívoco do largo isolamento de Bolsonaro foi o rompimento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, seu aliado, rejeitando o caminho desatinado proposto por ele no desastroso pronunciamento de ontem e optando pela manutenção das medidas restritivas para mitigar os danos e perdas de vidas que nos serão impostos pelo coronavírus.
É preciso deter Bolsonaro, que se tornou um perigo para o Brasil, dizem todos, pública ou reservadamente. Mas para isso, é imperativo que se crise uma frente ampla com este objetivo, reunindo as mais diferentes forças da racionalidade, de centro, esquerda e direita.
Serão os líderes políticos capazes disso?
Sintoma inequívoco do largo isolamento de Bolsonaro foi o rompimento do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, seu aliado, rejeitando o caminho desatinado proposto por ele no desastroso pronunciamento de ontem e optando pela manutenção das medidas restritivas para mitigar os danos e perdas de vidas que nos serão impostos pelo coronavírus.
É preciso deter Bolsonaro, que se tornou um perigo para o Brasil, dizem todos, pública ou reservadamente. Mas para isso, é imperativo que se crise uma frente ampla com este objetivo, reunindo as mais diferentes forças da racionalidade, de centro, esquerda e direita.
Serão os líderes políticos capazes disso?
Quem paga conta do combate ao Coronavírus?
Foto : Pixabay/Frantisek Krejci/Sputnik |
Nos últimos tempos, os banqueiros e os especuladores financeiros foram os que mais lucraram em nosso país. Mesmo após a enorme crise econômica gerada pelo golpe de 2016 e aprofundada pelo governo monstruoso de Bolsonaro, os bancos e os especuladores financeiros continuaram obtendo lucros estratosféricos à custa do sofrimento de quase toda a nação.
Agora que a pandemia do Coronavírus está levando o Brasil e o mundo a uma paralisia econômica sem precedentes, quem deve arcar com os gigantescos custos que a crise está causando, e ainda vai causar?
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