terça-feira, 23 de junho de 2020

Witzel conseguirá escapar do impeachment?

Por Victor Calcagno, na revista CartaCapital:

Nenhum outro político no Brasil, nem mesmo Jair Bolsonaro, representou de forma tão perfeita quanto Wilson Witzel o fenômeno mal descrito como “nova política”. A uma semana do primeiro turno das eleições de 2018, o ex-juiz era um ilustre desconhecido, candidato de um partido inexpressivo, confinado a um irrelevante quarto lugar nas pesquisas de opinião para o governo do Rio de Janeiro. Os cariocas mal sabiam pronunciar seu sobrenome. A ascensão meteórica até a vitória nas urnas, após colar a imagem à campanha de Bolsonaro e à luta anticorrupção, foi o corolário da aversão do eleitorado ao “mais do mesmo”, estimulada pela manipulação das redes sociais.

O silêncio criminoso do presidente Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

O país ultrapassou a triste e trágica marca de 50 mil mortes pela Covid-19, bem como a de mais de um milhão de infectados. Diante desses números, que encerram tanta tristeza, luto e dor, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não se dignou a sequer emitir uma nota de consolo, de pesar, às famílias enlutadas.

Não disse uma palavra sobre o que o seu governo fez ou pretende fazer para conter a pandemia que, segundo as autoridades sanitárias, ainda está num estágio elevado de disseminação e letalidade.

É hora de um novo 1º de Maio

Por João Guilherme Vargas Netto

A principal tarefa dos brasileiros é a de enfrentar a doença aterradora com todas as suas consequências trágicas e garantir o isolamento social pelo tempo que for necessário irrigando a sociedade, os municípios e os estados, com auxílios emergenciais e créditos garantidos pelo governo federal.

Nesta luta configuram-se três campos principais.

Os inimigos da doença, os quarentenados, o Jornal Nacional e outros veículos de comunicação, a comunidade da saúde e do SUS e os brasileiros de bom senso.

Os cúmplices da doença, Bolsonaro e os bolsonaristas, comerciantes ávidos e o pessoal que quer “passar a boiada”, Guedes, Salles e os apaniguados.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Queiroz teme ser descartado e assassinado

Por Altamiro Borges

A revista Época postou neste final de semana uma notinha que instiga a cizânia no laranjal de Jair Bolsonaro: "Fabrício Queiroz teme ser assassinado desde o começo da investigação da rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, medo que aumentou depois da execução de Adriano da Nóbrega sob circunstâncias até agora não totalmente claras".

Segundo a matéria, "ainda em dezembro de 2018, nas primeiras semanas em que o seu nome passou a fazer parte do noticiário nacional, Queiroz desabafou sobre o temor a uma pessoa de sua confiança... Disse não se preocupar com queima de arquivo", mas que temia os "opositores de Bolsonaro". Baita paranoia!

Generais vão deixar laranjal de Bolsonaro?

Regina Duarte faz apologia da ditadura

Senado vota a pior lei de internet do mundo

Da Coalizão Direitos na Rede:

Está na pauta do Senado Federal para esta semana o Projeto de Lei 2.630/2020, de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Apresentado como “Lei da Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet” e proposto como uma forma de combater as chamadas “fake news”, o projeto ganhou relatório do senador Ângelo Coronel (PSD-BA) indo num caminho totalmente inverso: promovendo a vigilância massiva, abrindo espaço para criminalizar usuários de Internet e podendo se transformar, se aprovado, na pior lei sobre discursos na Internet do mundo. Saiba por que:

Encurralado, bolsonarismo vive de bravatas

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Depois que o STF decidiu colocar freios no projeto bolsonarista de destruição da democracia, o golpismo do Planalto, que já vinha numa escalada, chegou ao degrau mais alto.

Na manhã da última terça-feira, 16 de junho, o ministro Alexandre de Moraes determinou o cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão e a quebra de sigilo bancário de 10 deputados e um senador bolsonaristas.

À noite, Bolsonaro escreveu nas redes sociais um comunicado cifrado, repleto de mentiras delirantes, mas que deixa claro que a opção do golpe de estado está sobre a sua mesa.

No texto, cria-se um cenário em que o conservadorismo, representado pelo bolsonarismo, está sendo brutalmente perseguido pelas forças do sistema, que foi dominado por muitos anos por governos socialistas.

Bolsonaro está perto da degradação máxima

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Só um presidente sem respeito pelo decoro exigido no exercício do cargo (lei 1079, conhecida como lei do impeachment) poderia permitir uma operação vergonhosa como viagem do ex-ministro da Educação Abraham Weintraub para Miami.

Alegando que temia ir para a prisão, ("cadeião", em suas palavras), na 6a. feira, 19, Weintraub embarcou às pressas para os Estados Unidos, onde espera sentar-se numa cadeira de diretor do Banco Mundial (salário equivalente a R$ 115 000 mensais).

O problema é que Weintraub não queria submeter-se a quarentena de 14 dias para atravessar a fronteira norte-americana, exigência cobrada de todo estrangeiro que visita o país, havendo exceção apenas para autoridades estrangeiras.

O insuportável peso das estátuas

Estátua derrubada por manifestantes em St. Paul, Minnesota (EUA)
Por Flávio Aguiar, no site Carta Maior:

Essa questão das estátuas, memoriais e monumentos é demais de complicada.

É tão perigoso erguê-los como destruí-los, pois este último gesto pode significar também uma tentativa de apagar o passado.

Além disto, a gente começa derrubando estátuas de escravistas e pode terminar destruindo Budas milenares, como fizeram os Talibãs e os adeptos da Revolução Cultural na China e no Tibete, décadas atrás.

Até a sua não realização pode ser problemática. Por exemplo: a cidade de São Paulo não tem um logradouro importante com o nome de Getúlio Vargas.

Uma homenagem calada à democracia? Nada disso.

Queiroz, Sara e Weintraub: aquele abraço!

A fuga de Weintraub e a sinuca de Bolsonaro

A ocupação militar do Ministério da Saúde

As narrativas contra o bolsonarismo

Democracia, política e partidos

Prisão de Queiroz fragiliza Bolsonaro

domingo, 21 de junho de 2020

Após humilhação, Regina Duarte é processada

Por Altamiro Borges

A "namoradinha do fascista", que foi humilhada e defenestrada por Jair Bolsonaro da Secretaria Especial da Cultura – mas que será encaixada em breve em outro carguinho com um bom provento –, agora é alvo de uma nova ação na Justiça. Segundo a revista CartaCapital, "Regina Duarte é processada por apologia à ditadura militar".

O processo foi aberto por Lygia Jobim, filha do ex-embaixador José Jobim, morto durante o regime militar. O documento tem 25 páginas e traz vários trechos da entrevista de Regina Duarte à CNN-Brasil em maio. Na ocasião, a ex-atriz global vomitou que "sempre houve tortura, não quero arrastar um cemitério".


Centrão já ameaça abandonar Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Não são apenas os generais que sentiram o baque com a prisão de Fabrício Queiroz, o operador da famiglia Bolsonaro. Mônica Bergamo destaca na Folha: "Defender Bolsonaro ficou mais difícil após advogado abrigar Queiroz, avaliam líderes do Centrão”. Ou seja: os profissionais do fisiologismo também estão incomodados!

Segundo a notinha, "os líderes do Centrão ficaram assustados com o que consideram irresponsabilidade de se abrigar Fabrício Queiroz na casa de Frederick Wassef, advogado da família de Jair Bolsonaro". O nível de imbecilidade de Bolsonaro, dos seus filhotes e dos seus milicianos assusta os políticos da direita tradicional.

Bolsonaristas atacam acordos pró-Bolsonaro

Por Fernando Brito, em seu blog:

As falanges bolsonaristas estão em polvorosa com as supostas tentativa de acordo político entre o presidente e o Supremo, algo, de resto, improvável a esta altura.

Nas redes sociais, hoje, fizeram “subir” a hashtag #ForaMendonca, pedindo a demissão do Ministro da Justiça e a do secretário-geral da Presidência, Jorge Oliveira, um antigo servidor dos Bolsonaro.

Os dois são exibidos em montagens depreciativas, como a que reproduzo acima.

O motivo, claro, é ambos se pretenderem emissários presidenciais para um acordo com o Tribunal que, há duas semanas, tinha seu fechamento pedido em manifestação com o próprio Bolsonaro.

O que a mídia finge não ver no caso Queiroz

Por Bepe Damasco, em seu blog:

1) O verdadeiro amigo do peito de Queiroz não é o senador Flávio Bolsonaro, mas sim o presidente Jair. Foi o pai quem apresentou Queiroz ao filho. Além de ocupar, junto com sua mãe, cargo comissionado no gabinete do então deputado na Alerj, a filha de Queiroz também foi nomeada por Bolsonaro para função de confiança na Câmara dos Deputados. O cheque depositado por Queiroz na conta da primeira-dama Michele diz muito sobre o grau de intimidade entre o miliciano e o presidente.