terça-feira, 29 de setembro de 2020
Volta às aulas em Manaus é macabra
Por Altamiro Borges
Eleito na onda bolsonarista, o governador do Amazonas, o "outsider" Wilson Lima (PSC), insiste em cometer insanidades – o que quase causou o seu impeachment. Agora, em pleno aumento das mortes provocadas pelo coronavírus, o aloprado decidiu impor a volta às aulas para 217 mil alunos da rede pública em Manaus.
A revista Época registra: “O aumento dos casos de Covid-19, após período de aparente estabilidade, resultou em nova determinação de fechamento de bares, restaurantes e balneários em Manaus. No entanto, decreto publicado pelo governador manteve a volta às aulas em mais de 100 escolas públicas da capital”.
Eleito na onda bolsonarista, o governador do Amazonas, o "outsider" Wilson Lima (PSC), insiste em cometer insanidades – o que quase causou o seu impeachment. Agora, em pleno aumento das mortes provocadas pelo coronavírus, o aloprado decidiu impor a volta às aulas para 217 mil alunos da rede pública em Manaus.
A revista Época registra: “O aumento dos casos de Covid-19, após período de aparente estabilidade, resultou em nova determinação de fechamento de bares, restaurantes e balneários em Manaus. No entanto, decreto publicado pelo governador manteve a volta às aulas em mais de 100 escolas públicas da capital”.
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
Trump sonega milhões em impostos
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não se sabe, ainda, se terá sido um golpe mortal em sua campanha pela reeleição, porque lá nos Estados Unidos, como por aqui, racionalidade anda em falta. Mas a revelação do The New Yor Times de que Donald Trump pagou, em 2016 e 2017 – já na presidência dos EUA – a irrisória quantia de US$ 750 dólares (R$ 4.125) de imposto de renda anuais, não pagou nada durante 10 dos 15 anos analisados e ainda recebeu uma restituição de impostos de US $ 72,9 milhões (R$ 400 milhões) que é objeto de uma auditoria da Receita Federal norte-americana.
Salles quer passar mega boiada no Conama
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:
Com aval de Jair Bolsonaro, o ministro Ricardo Salles pretende passar uma mega boiada nesta segunda-feira (28), durante reunião do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O objetivo é acelerar ainda mais o ritmo da destruição ambiental no país em novo agrado ao agronegócio e ao setor imobiliário.
Para isso, Salles colocou em pauta uma minuta de resolução que revoga três resoluções do Conama. Trata-se da Resolução nº 284, de 30 agosto de 2001, que estabelece regras para o licenciamento de empreendimentos de irrigação; da Resolução nº 302, de 20 de fevereiro de 2002, sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. E a de nº 303, de 13 de maio de 2002, que cria parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. A Advocacia-Geral da União deu parecer favorável à proposta.
Para isso, Salles colocou em pauta uma minuta de resolução que revoga três resoluções do Conama. Trata-se da Resolução nº 284, de 30 agosto de 2001, que estabelece regras para o licenciamento de empreendimentos de irrigação; da Resolução nº 302, de 20 de fevereiro de 2002, sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente de reservatórios artificiais e o regime de uso do entorno. E a de nº 303, de 13 de maio de 2002, que cria parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. A Advocacia-Geral da União deu parecer favorável à proposta.
Uberização, trabalho digital e Indústria 4.0
Do site da Boitempo Editorial:
Organizada por Ricardo Antunes, professor da Unicamp e sociólogo do trabalho, a obra é uma coletânea de artigos que desbrava os temas do trabalho digital, da uberização e plataformização do trabalho e do fenômeno da Indústria 4.0 e suas consequências para o universo laborativo e para a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. O livro traz dezenove artigos de importantes pesquisadores e pesquisadoras, brasileiros e estrangeiros, que investigam, em diferentes setores, os impactos sociais decorrentes da expansão do universo maquínico-informacional-digital.
Organizada por Ricardo Antunes, professor da Unicamp e sociólogo do trabalho, a obra é uma coletânea de artigos que desbrava os temas do trabalho digital, da uberização e plataformização do trabalho e do fenômeno da Indústria 4.0 e suas consequências para o universo laborativo e para a vida dos trabalhadores e trabalhadoras. O livro traz dezenove artigos de importantes pesquisadores e pesquisadoras, brasileiros e estrangeiros, que investigam, em diferentes setores, os impactos sociais decorrentes da expansão do universo maquínico-informacional-digital.
A ameaça golpista de Trump
Charge: Luc Descheemaeker |
Se Bolsonaro arrefeceu sua pregação contra as instituições democráticas, agora é seu grande mestre, Donald Trump, que em desvantagem nas pesquisas eleitorais, afirma que pode não reconhecer o resultado das urnas. É claro, caso ele não seja o vencedor.
Razoavelmente desgastado pelo fracasso de seu governo no combate à pandemia e no momento atrás do candidato do Partido Democrata na corrida à Presidência da República, Trump põe em dúvida a lisura do voto pelos correios. Expediente antigo e tido como seguro pelas instituições estadunidenses.
Razoavelmente desgastado pelo fracasso de seu governo no combate à pandemia e no momento atrás do candidato do Partido Democrata na corrida à Presidência da República, Trump põe em dúvida a lisura do voto pelos correios. Expediente antigo e tido como seguro pelas instituições estadunidenses.
Os desafios da esquerda em Porto Alegre
Manuela D'Ávila e Miguel Rossetto |
Na noite desta quinta-feira (24), a entrevistada do quadro "Barão Entrevista" foi a pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila, que respondeu perguntas de jornalistas e comunicadores participantes do evento, transmitido ao vivo pelo canal do Barão no Youtube.
Com mais de 15 anos de vida pública em cargos parlamentares, a gaúcha já foi vítima de mais de uma onda de disseminação de fakenews. A mais conhecida foi durante a eleição de 2018, quando foi vice na chapa presidencial com Fernando Haddad (PT) e teve que conviver com ameaças e agressões por parte de grupos bolsonaristas, especialmente nas redes.
domingo, 27 de setembro de 2020
Muita autocritica é pior que nenhuma
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
Em dezembro de 2017, a nove meses da eleição do ano seguinte, o Instituto Vox Populi realizou uma pesquisa nacional, por solicitação da CUT.
É educativo voltar a seus resultados, que ajudam a entender o que nos levou ao desastre de ter um Bolsonaro à frente do governo.
O Brasil estava mal, do ponto de vista da população.
A insatisfação predominava, ainda que em proporção menor que no final de 2016: 52% diziam-se “insatisfeitos”, um número abaixo do registrado no ano anterior, quando eram 60% (para comparar: hoje, a insatisfação está em 64%).
Em dezembro de 2017, a nove meses da eleição do ano seguinte, o Instituto Vox Populi realizou uma pesquisa nacional, por solicitação da CUT.
É educativo voltar a seus resultados, que ajudam a entender o que nos levou ao desastre de ter um Bolsonaro à frente do governo.
O Brasil estava mal, do ponto de vista da população.
A insatisfação predominava, ainda que em proporção menor que no final de 2016: 52% diziam-se “insatisfeitos”, um número abaixo do registrado no ano anterior, quando eram 60% (para comparar: hoje, a insatisfação está em 64%).
A retórica da equivalência na imprensa
Por João Feres Junior e Eduardo Barbabela, no site Manchetômetro:
No jornal da noite do dia 23 de setembro, no Jornal das 10 da GloboNews, a jornalista Eliane Cantanhede, ao comentar as declarações do General Heleno de que as críticas de nações estrangeiras sobre o desmatamento na Amazônia visam prejudicar o Brasil e derrubar o governo Bolsonaro, disse que os bolsonaristas são iguais aos petistas, pois não aceitam críticas: atribuem a elas a exclusiva função de desmerecer o seu líder.
Não foi a primeira vez que utilizou de tal comparação, no último dia 11 de julho, no mesmo Jornal das 10 da mesma GloboNews, Cantanhede disse que as ameaças de Jair Bolsonaro à imprensa são equivalentes ao tratamento diferenciado que Lula dava aos “blogueiros sujos”.
No jornal da noite do dia 23 de setembro, no Jornal das 10 da GloboNews, a jornalista Eliane Cantanhede, ao comentar as declarações do General Heleno de que as críticas de nações estrangeiras sobre o desmatamento na Amazônia visam prejudicar o Brasil e derrubar o governo Bolsonaro, disse que os bolsonaristas são iguais aos petistas, pois não aceitam críticas: atribuem a elas a exclusiva função de desmerecer o seu líder.
Não foi a primeira vez que utilizou de tal comparação, no último dia 11 de julho, no mesmo Jornal das 10 da mesma GloboNews, Cantanhede disse que as ameaças de Jair Bolsonaro à imprensa são equivalentes ao tratamento diferenciado que Lula dava aos “blogueiros sujos”.
Educação sofre com ministro homofóbico
As recentes declarações do ministro da Educação, Milton Ribeiro, atacando os homossexuais e seus familiares e fugindo às responsabilidades da Pasta em relação aos desafios do ensino no país foram duramente criticas por especialistas em educação, parlamentares e organizações de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e intersexuais (LGBTI). Para a coordenadora-geral em exercício da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino - Contee, Madalena Guasco Peixoto, Ribeiro “não está preparado nem para ser ministro de um estado de direito e laico e nem para ser administrador público de gestão”.
A democracia é um retrato na parede
Por Marcelo Zero
No Brasil de hoje, há gente que não tem nada a propor.
O governo Bolsonaro, por exemplo, não consegue apresentar nada de positivo a um país que sofre com morte, epidemia, desemprego e fome.
Trata-se de um governo que só destrói o que os outros construíram.
A agenda de Bolsonaro é a agenda da destruição; não a agenda da construção.
É a agenda do ódio; não a agenda da esperança.
Destruição dos direitos dos aposentados. Destruição dos direitos dos trabalhadores. Destruição dos empregos. Destruição dos salários dignos. Destruição da saúde pública. Destruição da educação pública. Destruição da segurança alimentar. Destruição dos sonhos.
No Brasil de hoje, há gente que não tem nada a propor.
O governo Bolsonaro, por exemplo, não consegue apresentar nada de positivo a um país que sofre com morte, epidemia, desemprego e fome.
Trata-se de um governo que só destrói o que os outros construíram.
A agenda de Bolsonaro é a agenda da destruição; não a agenda da construção.
É a agenda do ódio; não a agenda da esperança.
Destruição dos direitos dos aposentados. Destruição dos direitos dos trabalhadores. Destruição dos empregos. Destruição dos salários dignos. Destruição da saúde pública. Destruição da educação pública. Destruição da segurança alimentar. Destruição dos sonhos.
Celso de Mello: Sempre a luta de classes
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Seria mesmo um otimismo exagerado achar que o judiciário seria capaz de decidir pela suspeição de Moro.
Mas fazer o que?
A luta por justiça e mudanças profundas na sociedade precisa de esperança para manter-se viva, apesar de ser do conhecimento geral o déficit de estofo jurídico, moral e de compromisso com a cidadania do sistema de justiça do Brasil, o mais caro do planeta.
Confesso que também embarquei nessa.
De tão explícita e escandalosa, a perseguição a Lula por parte do então juiz Moro, conforme amplamente provada pela Vaza Jato, levaram-me a acreditar que Têmis, a deusa da Justiça da mitologia grega, acabaria por conquistar corações e mentes da maioria dos ministros da segunda turma do STF.
Seria mesmo um otimismo exagerado achar que o judiciário seria capaz de decidir pela suspeição de Moro.
Mas fazer o que?
A luta por justiça e mudanças profundas na sociedade precisa de esperança para manter-se viva, apesar de ser do conhecimento geral o déficit de estofo jurídico, moral e de compromisso com a cidadania do sistema de justiça do Brasil, o mais caro do planeta.
Confesso que também embarquei nessa.
De tão explícita e escandalosa, a perseguição a Lula por parte do então juiz Moro, conforme amplamente provada pela Vaza Jato, levaram-me a acreditar que Têmis, a deusa da Justiça da mitologia grega, acabaria por conquistar corações e mentes da maioria dos ministros da segunda turma do STF.
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