Os argumentos do governo Bolsonaro para defender a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, aprovada pela Câmara dos Deputados 1º turno, traduzem uma questão de fundo, uma dicotomia entre o “ajuste fiscal” e as urgências do povo. O argumento é de que a chamada PEC Emergencial permite o pagamento do auxílio emergencial em 2021 com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos e impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.
domingo, 14 de março de 2021
PEC Emergencial acelera desmonte do Estado
Editorial do site Vermelho:
Os argumentos do governo Bolsonaro para defender a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, aprovada pela Câmara dos Deputados 1º turno, traduzem uma questão de fundo, uma dicotomia entre o “ajuste fiscal” e as urgências do povo. O argumento é de que a chamada PEC Emergencial permite o pagamento do auxílio emergencial em 2021 com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos e impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.
Os argumentos do governo Bolsonaro para defender a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, aprovada pela Câmara dos Deputados 1º turno, traduzem uma questão de fundo, uma dicotomia entre o “ajuste fiscal” e as urgências do povo. O argumento é de que a chamada PEC Emergencial permite o pagamento do auxílio emergencial em 2021 com R$ 44 bilhões por fora do teto de gastos e impõe mais rigidez na aplicação de medidas de contenção fiscal, controle de despesas com pessoal e redução de incentivos tributários.
A reeleição de Bolsonaro
Por Frei Betto, em seu site:
Sei que o título parece um pesadelo, mas há que encarar a possibilidade com realismo. A direita, incluindo os barões do mercado financeiro, sabe quão difícil é ter um candidato capaz de chegar ao segundo turno. O que interessa a ela é engordar os seus cofres. Pouco se importa com as diatribes de Bolsonaro, as milícias, o genocídio pandêmico, a explosão do desemprego e da miséria. Interessam apenas os índices da Bolsa e do câmbio.
Sei que o título parece um pesadelo, mas há que encarar a possibilidade com realismo. A direita, incluindo os barões do mercado financeiro, sabe quão difícil é ter um candidato capaz de chegar ao segundo turno. O que interessa a ela é engordar os seus cofres. Pouco se importa com as diatribes de Bolsonaro, as milícias, o genocídio pandêmico, a explosão do desemprego e da miséria. Interessam apenas os índices da Bolsa e do câmbio.
A operação Ciro-Mandetta
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:
O retorno de Lula ao centro do palco reafirmou algumas certezas: ele é o único estadista em atividade no Brasil, e um dos mais importantes do Mundo; para a esquerda e o bloco democrático, faz toda a diferença serem comandados por um líder dessa grandeza, no duro embate para remover o bolsonarismo do poder.
Mas a volta triunfal de Lula, com um dos mais consistentes discursos de sua longa carreira, no último dia 10 de março no ABC, trouxe também dúvidas:
- por que o JN e as Organizações Globo (Globo News, G1, CBN) deram tanto espaço para Lula no ABC?
- por que, nos dois dias anteriores, a Globo abriu espaço também para a humilhante derrocada de Moro no STF, preparando assim a volta de Lula na figura de líder injustiçado?
Roberto Marinho tinha frase célebre: “o importante não é o que eu mostro nos noticiários, mas o que eu deixo de mostrar”.
O retorno de Lula ao centro do palco reafirmou algumas certezas: ele é o único estadista em atividade no Brasil, e um dos mais importantes do Mundo; para a esquerda e o bloco democrático, faz toda a diferença serem comandados por um líder dessa grandeza, no duro embate para remover o bolsonarismo do poder.
Mas a volta triunfal de Lula, com um dos mais consistentes discursos de sua longa carreira, no último dia 10 de março no ABC, trouxe também dúvidas:
- por que o JN e as Organizações Globo (Globo News, G1, CBN) deram tanto espaço para Lula no ABC?
- por que, nos dois dias anteriores, a Globo abriu espaço também para a humilhante derrocada de Moro no STF, preparando assim a volta de Lula na figura de líder injustiçado?
Roberto Marinho tinha frase célebre: “o importante não é o que eu mostro nos noticiários, mas o que eu deixo de mostrar”.
sábado, 13 de março de 2021
Golpista da Bolívia é presa por terrorismo
Por Altamiro Borges
A golpista, racista e assassina Jeanine Áñez, que usurpou a presidência da Bolívia após a derrubada ilegal de Evo Morales em novembro de 2019, foi detida neste sábado (13) e transferida a um presídio em La Paz. Ela é acusada de “conspiração, sedição e terrorismo”. Será que um dia o Brasil fará o mesmo com seus golpistas?
No momento da prisão, a covarde ex-ditadora – que autorizou várias atrocidades contra seus opositores – escondeu-se em uma cama box. Segundo a Agência Boliviana de Informação, quando soube que os policiais estavam em sua casa, ela se abrigou dentro da cama. Os agentes chegaram a pensar que ela teria fugido para o Brasil, mas conseguiram achar a fujona.
A golpista, racista e assassina Jeanine Áñez, que usurpou a presidência da Bolívia após a derrubada ilegal de Evo Morales em novembro de 2019, foi detida neste sábado (13) e transferida a um presídio em La Paz. Ela é acusada de “conspiração, sedição e terrorismo”. Será que um dia o Brasil fará o mesmo com seus golpistas?
No momento da prisão, a covarde ex-ditadora – que autorizou várias atrocidades contra seus opositores – escondeu-se em uma cama box. Segundo a Agência Boliviana de Informação, quando soube que os policiais estavam em sua casa, ela se abrigou dentro da cama. Os agentes chegaram a pensar que ela teria fugido para o Brasil, mas conseguiram achar a fujona.
Unidade e bandeiras para enfrentar a crise
Por João Paulo Rodrigues
Com a chegada à presidência da República de Jair Bolsonaro, expressão de uma corrente neofascista que se insurge contra a democracia e os direitos conquistados na Constituição de 1988, abriu o debate no campo progressista em relação à tática mais adequada para enfrentar os retrocessos em curso no país.
A eleição de uma figura que faz apologia ao golpe de 1964 e defende o regime militar que vigorou até 1985 acendeu na memória de muitos a campanha pelas Diretas Já, especialmente depois que a pandemia de coronavírus chegou ao Brasil e foram realizados atos autoritários contra as instituições.
A unidade de um conjunto de organizações políticas, do movimento sindical, estudantil e popular, das igrejas progressistas, entidades da sociedade civil e formadores de opinião, como artistas, jornalistas e intelectuais, pela democracia nos anos 80 se transformou num paradigma.
Com a chegada à presidência da República de Jair Bolsonaro, expressão de uma corrente neofascista que se insurge contra a democracia e os direitos conquistados na Constituição de 1988, abriu o debate no campo progressista em relação à tática mais adequada para enfrentar os retrocessos em curso no país.
A eleição de uma figura que faz apologia ao golpe de 1964 e defende o regime militar que vigorou até 1985 acendeu na memória de muitos a campanha pelas Diretas Já, especialmente depois que a pandemia de coronavírus chegou ao Brasil e foram realizados atos autoritários contra as instituições.
A unidade de um conjunto de organizações políticas, do movimento sindical, estudantil e popular, das igrejas progressistas, entidades da sociedade civil e formadores de opinião, como artistas, jornalistas e intelectuais, pela democracia nos anos 80 se transformou num paradigma.
As Américas falam do retorno de Lula
Foto: Amanda Perobelli |
As Américas todas noticiaram e muitos, pode-se dizer, comemoraram a anulação dos processos de Moro contra Lula e sua histórica coletiva: um forte sopro de esperança para o sonho latino-americano de integração, a Pátria Grande.
Lula relembrou o incentivo ao Mercosul, a formação da Unasul e, ainda mais importante, deixou claro que não cabe na América Latina um país rico rodeado de pobreza: “nós construímos e fortalecemos o Mercosul. Nós construímos a Unasul, porque a gente queria criar um grande bloco econômico latino americano, um bloco de 400 milhões de habitantes, de um PIB razoavelmente grande, para negociar em condições de igualdade com a Europa”.
sexta-feira, 12 de março de 2021
O militar não faz sua parte
Por Manuel Domingos Neto
Todos ligados na incompetência do militar na pandemia. E quanto à defesa armada do Brasil?
O país precisa, pode e deve dispor de instituições militares com missões definidas, apropriadamente equipadas e obedientes ao princípio de que todo o poder emana do povo e só em seu nome pode ser exercido.
Nunca dispusemos de corporações assim. A disjunção entre o Estado e a sociedade não permitiu. O Estado nasceu obediente a um príncipe português e não superou sua índole vassala. Foi capturado por oligarquias e estamentos que promoveram o desenvolvimento socialmente excludente.
Descolado dos anseios da maioria, o Estado se expôs aos instrumentos de força que criou para se proteger. O militar empenhou-se em ditar-lhe os rumos. O Exército, deslumbrado com a própria força, imaginou-se até fundador da nação, também chamada de pátria, que deriva de “terra dos pais”.
Todos ligados na incompetência do militar na pandemia. E quanto à defesa armada do Brasil?
O país precisa, pode e deve dispor de instituições militares com missões definidas, apropriadamente equipadas e obedientes ao princípio de que todo o poder emana do povo e só em seu nome pode ser exercido.
Nunca dispusemos de corporações assim. A disjunção entre o Estado e a sociedade não permitiu. O Estado nasceu obediente a um príncipe português e não superou sua índole vassala. Foi capturado por oligarquias e estamentos que promoveram o desenvolvimento socialmente excludente.
Descolado dos anseios da maioria, o Estado se expôs aos instrumentos de força que criou para se proteger. O militar empenhou-se em ditar-lhe os rumos. O Exército, deslumbrado com a própria força, imaginou-se até fundador da nação, também chamada de pátria, que deriva de “terra dos pais”.
O povo não pode pagar com a própria vida!
Da Comissão Arns
Nós, entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil, sob o peso da dor e com sentido de máxima urgência, voltamos a nos dirigir à sociedade brasileira, diante do agravamento da pandemia e das suas consequências. Nossa primeira palavra é de solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos.
Não há tempo a perder, negacionismo mata. O vírus circula de norte a sul do Brasil, replicando cepas, afetando diferentes grupos etários, castigando os mais vulneráveis. Doentes morrem agonizando por falta de recursos hospitalares. O Sistema Único de Saúde – SUS continua salvando vidas. No entanto, os profissionais da saúde, após um ano na linha de frente, estão à beira da exaustão. A eles, nosso reconhecimento.
Nós, entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil, sob o peso da dor e com sentido de máxima urgência, voltamos a nos dirigir à sociedade brasileira, diante do agravamento da pandemia e das suas consequências. Nossa primeira palavra é de solidariedade às famílias que perderam seus entes queridos.
Não há tempo a perder, negacionismo mata. O vírus circula de norte a sul do Brasil, replicando cepas, afetando diferentes grupos etários, castigando os mais vulneráveis. Doentes morrem agonizando por falta de recursos hospitalares. O Sistema Único de Saúde – SUS continua salvando vidas. No entanto, os profissionais da saúde, após um ano na linha de frente, estão à beira da exaustão. A eles, nosso reconhecimento.
Assinar:
Postagens (Atom)