domingo, 10 de outubro de 2021

A CPI está no fim; os escândalos, não

Por Fernando Brito, em seu blog:


A Folha dá destaque a mais uma compra escandalosa, de 40 milhões de máscaras (KN-95, inservíveis para uso médico), adquiridas pelo Ministério da Saúde e em parte pagas antecipadamente, num valor de R$ 363 milhões de reais, ao valor do dólar de ontem.


Boa parte do caso já havia sido exposta pelo jornalista Thiago Herdy, no início de agosto, mostrando inclusive as caixas com a inscrição “non-medical” daquele equipamento de proteção individual que se destinavam justamente a médicos, enfermeiros e demais profissionais de Saúde engajados, ainda no início da pandemia, na linha de frente de combate ao coronavírus.

E com um “belo” sobrepreço: R$ R$ 8,65 cada uma.

CPI da Covid: sem pizza no forno

Por Tânia Maria Saraiva de Oliveira, no site Vermelho:


É incontestável a importância das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) na estrutura do Estado Democrático de Direito. Elas têm a competência, no âmbito do Poder Legislativo, para investigar e fiscalizar, por prazo certo, fatos determinados, com limites impostos pela Constituição, pelas leis e normas regimentais das Casas Legislativas. Possuem relevância jurídico-social, como direito subjetivo das minorias parlamentares, para assegurar que o Legislativo cumpra sua função fiscalizatória sem que seja impedido ou constrangido pelos grupos parlamentares majoritários.

Os paraísos da corrupção internacional

Guedesgate: Tudo sobre remessa de divisas

Os 200 anos de Anita Garibaldi

sábado, 9 de outubro de 2021

Ruralista abandona Sérgio Reis e Zé Trovão

Mídia esconde Guedes e os paraísos fiscais

Revista Veja, Paulo Guedes e Lei de Meios

Bolsonaro baixa decreto do veneno agrotóxico

EUA X China: uma nova Guerra Fria?

A batalha pelo impeachment de Bolsonaro

O que tem feito o preço da gasolina subir

Guedes, offshore e conflito de interesses

Donos da mídia escondem contas em offshores

Charge: Daron Parton
Por Altamiro Borges

Os vazamentos do Pandora Papers não foram manchete nos jornalões e nem destaque nas TVs. A presença dos barões da mídia nessas operações talvez ajude a explicar a timidez no trato de assunto tão grave. "Da família Marinho aos donos da JP, empresários de mídia estão ligados a offshores", destaca o título da postagem no site Poder-360 nesta quinta-feira (7).

Segundo a matéria, "pelo menos 8 empresários de mídia no Brasil ou seus parentes têm relação com 8 empresas offshore em paraísos fiscais. A lista tem pessoas da família Marinho (Rede Globo), Jovem Pan, Editora Três, além dos filhos gêmeos do apresentador Carlos Massa, o Ratinho". O texto dá detalhes sobre cada um dos ricaços da mídia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2021

Doria, Aécio e bicadas nas prévias tucanas

O declínio de Bolsonaro entre os evangélicos

Por Rafael Rodrigues da Costa, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O apoio de Bolsonaro entre os evangélicos parece, enfim, estar com os dias contados. Segundo a última pesquisa Datafolha, 29% dos evangélicos consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom. É o menor índice já registrado desde o início do seu mandato.

De janeiro para cá, a aprovação do presidente derreteu nada menos que onze pontos percentuais entre os religiosos desse segmento, o que indica uma vertiginosa queda de popularidade em um de seus principais bastiões eleitorais.

O que explica o declínio de Bolsonaro entre os evangélicos? Alguns aspectos precisam ser levados em conta. Em primeiro lugar, o fator econômico: os evangélicos estão entre as religiões que mais concentram trabalhadores informais e pessoas de baixa renda, populações que mais estão sofrendo os efeitos perversos da crise econômica como o desemprego, o peso da inflação nos alimentos, habitação e transportes, além da diminuição no auxílio emergencial.

A blindagem absurda do JN a Paulo Guedes

Por Eliara Santana, em seu site:

Um monte de pautas geladas pra silenciar a pauta quente do dia. Assim pode ser resumida a edição de hoje [4] do Jornal Nacional.

Uma edição vergonhosa, que escondeu descaradamente o fato de que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem offshore num paraíso fiscal. Claro, nem de longe eu esperava ver um cano carcomido por onde escorre muito dinheiro, mas desconhecer completamente o assunto? Fingir que o escândalo não existe?

Esconder dos telespectadores a informação de que as decisões do ministro da Economia afetam seus negócios no paraíso fiscal? Esconder que o artigo 5º do Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe que funcionários do alto escalão mantenham aplicações financeiras passíveis de serem afetadas por políticas governamentais? Esconder que Paulo Guedes pode ter lucrado muito com a alta do dólar?

O apagão e a plataforma Facebook

Charge: Tjeerd Royaards
Por Sérgio Amadeu da Silveira, no site A terra é redonda:


No dia 4 de outubro, um apagão sacudiu o planeta. Mexeu em diversas relações econômicas, prejudicou prestadores de serviços e diversas empresas deixaram de vender seus produtos. Familiares preocupados ficaram sem as últimas notícias de seus filhos e parentes. O acontecimento ganhou manchete dos jornais em todos os continentes. Um erro nas configurações dos roteadores internos que ligam os data centers das empresas de Zuckerberg deixou o Facebook, o Instagram e o WhatsApp desconectados da internet durante aproximadamente 7 horas.

Os crimes de Guedes e Campos

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:


As revelações trazidas a público recentemente pelo movimento “Pandora Papers” são prá lá de muito graves. Trata-se de um vazamento articulado de informações confidenciais que foram enviadas ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), tendo por fonte as bases de dados de contas bancárias e depósitos financeiros de natureza similar mantidas junto aos chamados paraísos fiscais. As extensas listas dão a volta pelos continentes e apresentam nomes de atuais e antigos Chefes de Estados, ministros e ex ministros, milionários, empresários e demais personalidades do globalizado mundo das finanças e do poder.

"Abafa" pró-Guedes vai se desfazendo

Por Fernando Brito, em seu blog:

Paulo Guedes não pode reclamar da grande imprensa. Ela fez o que pôde para abafar ou minimizar o caso de sua offshore nas Ilhas Virgens Britânicas.

Mas, e já se previa, não deu.

É a própria crise econômica que se encarrega de levar à condição de escândalo o que escândalo é – o mais importante dirigente da economia nacional estar metido em negócios particulares no exterior.

Em meio a ela, o Ministro da Economia mostra-se completamente desorientado, acreditando numa recuperação que virá do nada, da sua inação e de sua falta de qualquer plano que não seja empurrar dívidas e vender patrimônio público.