O absurdo encontro de Bolsonaro com dezenas de representantes diplomáticos estrangeiros consolidou no mundo inteiro a certeza a respeito da conspiração em marcha e do plano de ruptura institucional preparado pelos militares.
No ambiente doméstico, o evento serviu para diminuir relativamente o estado de negação da realidade acerca do protagonismo central dos militares na conjuntura.
Bolsonaro perpetrou novos atentados à legalidade e à constitucionalidade, adicionando mais crimes à sua extensa ficha criminal que o levará, após o fim do mandato, aos bancos de réus de tribunais nacionais e internacionais.
Em democracias minimamente funcionais, ele teria sido afastado da presidência, processado, condenado e preso. Mas isso, contudo, nem em sonho acontecerá no Brasil sob um Estado de Exceção, com uma democracia cambaleante e instituições fascistizadas.