quinta-feira, 17 de novembro de 2022

É preciso desmilitarizar a República

Charge: Céllus
Por Roberto Amaral, em seu blog:


"Por ora, a cor do Governo é puramente militar, e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só, porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada." - Aristides Lobo (Diário Popular, 18/11/1889)

Implantada por um golpe militar, a República brasileira sucede um Império anacrônico, sem pretender romper com sua ordem econômico-social, fundada no escravismo e na lavoura. Com ela sobrevive a sociedade patrimonialista, excludente, profundamente desigual e conservadora que hoje nos espanta. Despida de republicanismo (doutrina que jamais chegou ao povo e era desconhecida pelas tropas que desfilaram pelas ruas do Rio de Janeiro em 1889), a república nascente conservaria as duas características básicas da monarquia, a cuja natureza reacionária seus líderes não se opunham de fato: a ausência de povo e de representação, fragilidade que a perseguirá por quase um sesquicentenário, o tempo de sua vida até aqui. A reforma, na realidade, jamais foi objetivo dos oficiais golpistas; pretendendo derrubar um gabinete malquisto por eles, terminaram destronando o imperador longevo – pelo qual, aliás, o país nutria reconhecida empatia.

Moraes vai no bolso dos bolsonaristas

Charge: Nando Motta
Por Fernando Brito, em seu blog:

A decisão de Alexandre de Moraes de mandar bloquear as contas bancárias de 43 pessoas e empresas que levaram 234 caminhões pesados para se postarem, como um regimento de tanques, à frente do QG do Exército, em Brasília, acerta o “bolsonazismo” onde lhe dói mais: o bolso.

Eu e você temos muito mais direito a ver nosso voto ser respeitado do que eles a terem o poder de movimentar seus milhões (ou até bilhões) para invalidá-los.

Está na lei – e numa lei sancionada por Jair Bolsonaro, no ano passado – que inclui no Código Penal o artigo 359-L:

Art. 359-L. Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.

O discurso de Lula na COP-27 no Egito

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Barão promove bota-fora de fim de ano

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Após dois anos sem realizar sua tradicional festa de fim de ano, por conta da pandemia, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé anuncia a volta do convescote etílico para reunir todos os batalhadores e batalhadoras das mídias alternativas, periféricas e populares! A festança, marcada para 10 de dezembro, a partir das 14h, não é só uma oportunidade para conhecer a nova casa do Barão, situada à Rua Araújo, 124, em São Paulo. Também será o bota-fora de um desgoverno que impôs quatro anos de autoritarismo, retrocesso e trevas para o Brasil e para o movimento de luta pela democratização da comunicação e pela liberdade de expressão!

Ação contra golpistas é exemplo para o país

Charge: Toni
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Neste Brasil onde o retrocesso político é uma ameaça permanente ao longo da história, uma decisão corajosa da juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, da Primeira Vara Cível da Seção Judiciária do Amazonas, determina uma providência há vários dias aguardada em grande parte das capitais do país.

A juíza determinou que o Estado e a cidade de Manaus tomem providências para dispersar a ocupação feita por aliados de Jair Bolsonaro na área localizada em frente ao Comando Militar da Amazonia.

Assiste-se, ali, a uma demonstração inaceitável de vontade golpista, agressão às instituições e desrespeito a vontade popular manifestada com clareza - em dois turnos - na eleição presidencial de outubro.

É imprescindível renovar as Forças Armadas

Charge: Miguel Paiva
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Se até o dia 11 de novembro de 2022 o mais ingênuo dos mortais ainda tivesse alguma dúvida acerca dos propósitos conspirativos e antidemocráticos das cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, tal dúvida se dissiparia por completo depois da nota oficial publicada naquele dia pelos comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha [aqui].

Uma nota absolutamente descabida e impertinente. Nela, os três comandantes autoproclamam o poder moderador das Forças Armadas e se permitem interferir no funcionamento das instituições e dos poderes da República.

Eles também criticam decisões do judiciário e interpretam a Constituição e as Leis de modo enviesado, para assim justificarem os atos criminosos das hordas fascistas que vagueiam não só pelo Brasil, mas também em New York e mundo afora, clamando por uma ditadura militar.

O Grupo do Trabalho na transição

Por João Guilherme Vargas Netto


Não sei se serei lido por integrantes do grupo de transição, mas tenho defendido com dirigentes sindicais algumas ideias que julgo corretas.

Em primeiro lugar a tarefa definida para o grupo de transição é a de conhecer o que anda sendo feito pelo governo, o estado da arte da administração pública e dos poderes, indicando aquelas medidas que devem ser mantidas, as que devem ser alteradas e os rumos das alterações. O grupo de transição não é governo, mas indicará rumos futuros que servirão de baliza para as iniciativas a serem tomadas.

Em particular o grupo do Trabalho deve se preocupar com a situação do próprio ministério que foi extinto e recriado e precisa de um pente fino, além de recomendar medidas efetivas para esta área estratégica.

Bolsonaro segue depressivo, em quadro grave

Estão metendo a mão na Petrobras

COP27 e G20: Diálogo ou confronto mundial?

Os desafios econômicos no governo Lula

As chantagens do 'mercado' contra Lula

O Brasil e o mundo na COP-27

Lula faz discurso histórico na COP-27

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Computadores do Planalto foram formatados

Os desafios econômicos do teto de gastos

Lula deve promover “revogaço” ambiental

A serpente impune põe ovos em nossos pés!

Charge: Laerte
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O ovo da serpente inspirou mais uma analogia forçada na Lide Brazil Conference. O ministro Dias Toffoli disse em palestra em Nova York, na segunda-feira, que o inquérito das fake news esmagou a cabeça da serpente.

E a serpente sem cabeça, disse ele, não produziu o ovo. Esse teria sido o grande mérito das investigações iniciadas em março de 2019 no STF por ordem do ministro.

Como a engrenagem golpista dependia de financiadores, a investigação comandada por Alexandre de Moraes teria colocado a correr os empresários com dinheiro.

O próprio Moraes reafirmou na mesma conferência a tese de Toffoli sobre a ação preventiva do inquérito, que teria sido “decisivo para garantir a estabilidade democrática”.

Moraes disse ainda que o trabalho do STF com a Polícia Federal ofereceu ao TSE expertise para as medidas adotadas em relação às ameaças à eleição.

E citou especificamente os atos golpistas de 7 de setembro, abalados pelo corte de recursos de doadores, mas sem se referir à ação da PF que pedalou as portas de oito tios milionários do zap no final de agosto.

Várias posses antes da posse de Lula

Charge: Aroeira
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Lula venceu a eleição há apenas 11 dias, mas o meio político, a imprensa e a sociedade já têm a impressão de que um jogador de várzea (com todo o respeito aos simpáticos peladeiros) foi substituído por um craque de primeira linha.

Enquanto Bolsonaro faz pirraça e se tranca no Palácio Alvorada, Lula cria fatos políticos em série. É como se tomasse uma posse a cada dia antes da posse oficial em 1º de janeiro.

Abre parênteses: sabemos todos que Bolsonaro nunca foi chegado ao batente. Seu expediente como presidente da República era de, no máximo, quatro horas. Mas é permitido a um chefe de Estado e de governo abandonar de vez suas funções e continuar recebendo seu salário e desfrutando de todas as mordomias do cargo? Isso não seria crime de prevaricação? Com a palavra, o Ministério Público. Fecha parênteses.

A agenda dos trabalhadores e a transição

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


Em 7 de abril deste ano, o Fórum das Centrais Sindicais realizou uma nova Conferência Nacional – a Conclat – e aprovou uma pauta da classe trabalhadora apoiada em quatro pilares: defesa do emprego, dos direitos, da democracia e da vida.

Uma semana depois, no dia 14 de abril, a pauta foi entregue ao então candidato à Presidência da República, Lula, e seu companheiro de chapa Geraldo Alckmin. Na oportunidade, os dois demonstraram simpatia com as propostas apresentadas.

Com a vitória da ampla coalizão de forças que se aglutinou em torno da coligação liderada pelo presidente Lula, entramos, agora, em nova etapa. Foi constituído, inicialmente, o Gabinete de Transição Governamental, coordenado por Geraldo Alckmin.