Flagrado num dos vídeos da Polícia Federal embolsando grana ilícita, o governador José Roberto Arruda alegou que usaria na compra de panetones para as festas do final do ano. Em outro vídeo, o proprietário do jornal Tribuna de Brasília, Alcyr Collaço, enfia maços de dinheiro nas cuecas. As cenas são chocantes. E como se comporta o principal jornal do Distrito Federal, o centenário Correio Braziliense? É como se nada de podre ocorresse no reino (ou inferno) dos demos.
O professor Venício de Lima, atento observador da mídia, monitorou suas manchetes e concluiu: “O leitor dos jornais locais está enfrentando uma situação, no mínimo, curiosa: se quiser obter informações sobre o envolvimento do governador José Roberto Arruda e de seu vice, Paulo Octávio, no escândalo de corrupção revelado pela Polícia Federal nos últimos dias, terá que recorrer a jornais publicados em cidades localizadas a milhares de quilômetros de Brasília”.
“Arruda virou sujeito oculto”
O jornalista Chico Sant’Anna também fez ásperas críticas ao jornal. “Na cobertura do recente escândalo de corrupção no governo do Distrito Federal, apelidado pela imprensa de ‘mensalão do DEM’, pelo qual o governador e pessoas bem próximas a ele são suspeitos de desviar R$ 60 milhões, o Correio Braziliense, principal diário da capital federal – com tiragem estimada em mais de 200 mil exemplares – parece ter preferido seguir as normas das escolas fundamentais do que as rotinas jornalísticas. No escândalo da Caixa de Pandora, Arruda virou sujeito oculto”.
“É bastante curiosa esta técnica de cobertura do Correio Braziliense que subtrai o sujeito da ação, deixando-o oculto, e torna difuso o envolvimento dos suspeitos. Que paradigmas jornalísticos devem nortear tal técnica profissional, quando sabemos que o CB tem por hábito fazer denúncias bem explicitas contra o governo federal e o Congresso Nacional? A forte presença publicitária do GDF nas páginas do Correio teria algum efeito anestesiante?”, ironiza. Ele cita ainda os boatos da “rádio corredor” de que haveria um acordo entre a direção do jornal e o governador corrupto.
Compra de 7.562 assinaturas do CB
Os boatos, que confirmariam a doação de “panetones” para os donos do Correio Braziliense, não são infundados. Em junho passado, o próprio jornal noticiou um contrato com demo Arruda para a aquisição de 7.562 exemplares do CB, “que serão distribuídos todos os dias, até o fim de 2009, a professores e alunos de 199 escolas urbanas e rurais da rede pública do Distrito Federal”. Na ocasião, o Sindicato dos Professores criticou duramente o “acordo”, feito sem licitação pública, lembrando que o jornal é um inimigo declarado dos movimentos sociais da região.
“Como podemos confiar na opinião do mesmo jornal que, no dia 8 de março deste ano, publicou como visão do Correio o mini-editorial com o indignante título de ‘crime de lesa-futuro’. Crime esse que nós, professores, cometeríamos se tomássemos a atitude ‘descabida’ (sic) de entrar em greve para fazer valer nossos direitos”. A suspeita de maracutaias, que confirmariam a relação promíscua entre o jornal e o demo antes mesmo do escândalo dos panetones, já era evidente. O sindicato alertou: “Ainda não conseguimos ter acesso ao valor total do convênio, mas somente do Fundeb serão gastos mais de R$ 2,9 milhões para pagar ao CB”.
Urgência da CPI da mídia
Será que haveria outro vídeo em mãos da Polícia Federal mostrando algum executivo do Correio Braziliense enfiando dinheiro na cueca ou nas meias? Ele também poderia alegar que o dinheiro seria usado na compra de panetones para o final do ano. Com ou sem vídeo, a omissão do CB no caso do “mensalão do DEM” e o recente contrato de aquisição de assinaturas do jornal mostram que o “mensalão” da mídia é bem pior do que se imagina no país. Estes e outros episódios de promiscuidade justificariam, sem dúvida, a convocação urgente de uma CPI da mídia no Brasil.
Rosalba Ciarlini Rosado
ResponderExcluirNão pode ser governadora
O José Roberto Arruda
Pego com a mão na massa
Seria o vice de Serra,
Que é uma outra desgraça
Se a coisa continuar
Vai faltar DEMO na praça.
Arruda para quem não lembra
É aquele que foi flagrado
Com o canalha ACM
No episódio lembrado
Por todos como a fraude
Do tal "painel do senado".
Não esqueça Yeda Crusius,
A raposa lá do Sul
Protegida pela mídia
Que enxerga tudo azul
Enquanto o Rio Grande afunda
Num asqueroso Paul.
Roberto Freire, Zé Serra
Heráclito e Agripino
Kassab e outras moléstias
Terão o mesmo destino
E o Brasil ficará livre
Desse grupo tão ferino.
E não pode esquecer
Rosalba a candidata
Amiga de Agripino
Com a mesma Bravata
Quer ser a governadora
Mas é persona non grata.
O Rio Grande do Norte
Vai saber em quem votar
Do DEMO é a Rosalba
E não vamos acobertar
Queremos governo sério
Que não queira nos açoitar.
Eleita Governadora
Ela não governará
Carlos Augusto Rosado
Seu marido mandará
E seremos um estado
Entregue ao Deus dará
A família Rosado
Como em sua cidade
Que governam a cinquenta
Anos, e sem piedade
Querem todos o estado
Pra sua posteridade.
Fazerem mais riquezas
Esquecendo a população.
Nem Político algum
Com eles, a vez terão
Se no governo entrarem
Vão os Rosados mandarem
Aí, adeus, cidadão!!!