Por Altamiro Borges
O ato “contra o golpismo midiático e em defesa da democracia”, que ocorrerá nesta quinta-feira, dia 23, às 19 horas, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, parece que incomodou o poderoso monopólio da família Marinho. O site do jornal O Globo deu manchete: “Após ataques de Lula, MST e centrais sindicais se juntam contra a imprensa”. Já o jornal impresso publicou a matéria “centrais fazem ato contra a imprensa”. Como se nota, o império global sentiu o tranco!
Diante desta reação amedrontada, é preciso prestar alguns esclarecimentos. Em primeiro lugar, o ato do dia 23 não está sendo convocado pelas centrais sindicais, MST ou partidos. Ele é organizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, entidade fundada em 14 de maio último, que reúne em seu conselho consultivo 54 jornalistas, blogueiros, acadêmicos, veículos progressistas e movimentos sociais ligados à luta pela democratização da comunicação. A entidade é ampla e plural, e tem todo o direito de questionar as baixarias da mídia golpista.
As mentiras sobre o protesto
As manchetes e a “reporcagem” do jornal O Globo tentam confundir os leitores. Insinuam que o protesto é “chapa-branca” e serve aos intentos do presidente Lula, que “acusa a imprensa de agir como partido político”. A matéria sequer menciona o Centro de Estudos Barão de Itararé e tenta transmitir a idéia de que o ato é articulado pelo PT, “siglas aliadas”, MST e centrais. A repórter Leila Suwwan, autora do texto editorializado, cometeu grave erro, que fere a ética jornalística.
Em segundo lugar, é preciso explicitar os verdadeiros objetivos do protesto. Ele não é “contra a imprensa”, como afirma O Globo, jornal conhecido por suas técnicas grosseiras de manipulação. É contra o “golpismo midiático”, contra a onda denuncista que desrespeita a Constituição – que fixa a “presunção da inocência” – e insiste na “presunção da culpa” que destrói reputações e não segue os padrões mínimos do rigor jornalístico – até quem saiu da cadeia é usado como “fonte”.
Falso defensor da liberdade de imprensa
O Globo insiste em se travestir como defensor da “liberdade de imprensa”. Mas este império não tem moral para falar em democracia. Ele clamou pelo golpe de 1964, construiu o seu monopólio com as benesses da ditadura e tem a sua história manchada pelo piores episódios da história do país – como quando escondeu a campanha das Diretas-Já, fabricou a candidatura do “caçador de marajás”, defendeu o modelo destrutivo do neoliberalismo ou criminaliza os movimentos sociais.
Quem defende a verdadeira liberdade de expressão, contrapondo-se à ditadura midiática, estará presente ao ato desta quinta-feira. Seu objetivo é dar um basta ao golpismo da mídia, defender a soberania do voto popular e a democracia. Ele não é contra a imprensa, mas contra as distorções grosseiras dos donos da mídia. Não proporá qualquer tipo de censura, mas servirá para denunciar as manipulações dos impérios midiáticos, inclusive dos que são concessionárias públicas.
Reproduzo abaixo a integra do convite do Centro de Estudos Barão de Itararé:
COMPAREÇA AO ATO EM DEFESA DA DEMOCRACIA!
CONTRA A BAIXARIA NAS ELEIÇÕES!
CONTRA O GOLPISMO MIDIÁTICO!
Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social. Incitada pela velha mídia, o que se nota é uma onda de baixarias, de denúncias sem provas, que insiste na “presunção da culpa”, numa afronta à Constituição que fixa a “presunção da inocência”.
Como num jogo combinado, as manchetes da velha mídia viram peças de campanha no programa de TV do candidato das forças conservadoras.
Essa manipulação grosseira objetiva castrar o voto popular e tem como objetivo secundário deslegitimar as instituições democráticas a duras penas construídas no Brasil.
A onda de baixarias, que visa forçar a ida de José Serra ao segundo turno, tende a crescer nos últimos dias da campanha. Os boatos que circulam nas redações e nos bastidores das campanhas são preocupantes e indicam que o jogo sujo vai ganhar ainda mais peso.
Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrada. No comando da ofensiva estão grupos de comunicação que – pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar – já mostraram seu desapreço pela democracia.
É por isso que centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e personalidades das mais variadas origens realizarão – com apoio do movimento de blogueiros progressistas - um ato em defesa da democracia.
Participe! Vamos dar um basta às baixarias da direita!
Abaixo o golpismo midiático!
Viva a Democracia!
Data: 23 de setembro, 19 horas
Local: Auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo
(Rua Rego Freitas, 530, próximo ao Metrô República, centro da capital paulista).
Presenças confirmadas de dirigentes do PT, PCdoB, PSB, PDT, de representantes da CUT, FS, CTB, CGTB, MST e UNE e de blogueiros progressistas.
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Aliás, o protesto do dia 23 deveria ser na Barão de Limeira. Com tochas, para iluminar as trevas. http://is.gd/flAIM
ResponderExcluirO blog do Josias da Folha fez o mesmo. Nesse post nojento aqui:
ResponderExcluirhttp://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
Eu vou.Sou leitora e apoiadora dos blogs sujos,já não assino (faz tempo...)Folha.Estadão,Veja,Valor Economico( o ultimo limado...)Tirei a Globo do controle remoto, nunca vi um capitulo do Passione. Só assino Mac+,Carta Capital e revista de gastronomia.Ainda vou assinar Caros Amigos que compro em banca.
ResponderExcluirE estou sofrendo de angustia pré 3 de outubro.Só respiro quando sai tracking ou pesquisa ..
A oposição perdeu os limites ...e da cabeça deles e bunda de nenen,se sabe o que sai...
Se eu pudesse acelerar o tempo....
Esta covarida de Serra e sua imprensa golpista ao referir-se a Dilma
ResponderExcluirO povo está revoltado
o PIG amalucou com o ato está em todos os portais on line; na folha:www.folha.com.br
ResponderExcluir21/09/2010 - 18h00
Presidente da OAB critica ato de entidades contra imprensa
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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, reagiu nesta terça-feira aos ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à imprensa e ao ato público contra o "golpe" que estaria sendo promovido pela mídia nas eleições deste ano.
Cavalcante disse que "não existe democracia sem liberdade de expressão", por isso Lula deveria respeitar a Constituição Federal.
"Esse é princípio constitucional que cabe a todos nós zelar, sobretudo o presidente. Ele cabe respeitar a Constituição mais do que todos os brasileiros. Eu tenho certeza que ele há de cumprir seu compromisso, seu juramento, de respeitar a Constituição. E dentre esses compromissos está o respeito à liberdade de expressão", afirmou o advogado.
Lula volta a atacar imprensa e diz que cobertura chega a 'beirar o ódio'
Entidades fazem ato contra a imprensa em São Paulo
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No último sábado, o presidente Lula fez fortes ataques à imprensa em comício em Campinas (SP) e afirmou que alguns veículos de imprensa se comportam como partidos políticos.
Entidades também preparam para esta quinta-feira um ato público contra a "baixaria nas eleições" e contra o "golpe midiático que têm como objetivo forçar a ida do candidato do PSDB [José Serra] ao segundo turno".
O convite para o evento, divulgado pelo PT, acusa a imprensa de "castrar o voto popular".
"Na reta final da eleição, a campanha presidencial no Brasil enveredou por um caminho perigoso. Não se discutem mais os reais problemas do Brasil, nem os programas dos candidatos para desenvolver o país e para garantir maior justiça social."
Vice-presidente do PSDB, a senadora Marisa Serrano (MS) disse que o ato fere a democracia brasileira.
"O presidente Lula, o seu partido e as organizações sindicais que o apoiam estão planejando fazer um ato contra a liberdade de imprensa nos próximos dias. Trata-se de uma insensatez que assombra aqueles que acreditam na democracia e que lutaram contra a ditadura neste país."
Serrano comparou as críticas de Lula à imprensa ao comportamento de chefes de Estado que vem adotando "comportamentos ditatoriais" --como Hugo Chávez, da Venezuela.
"Lembremos o que vem acontecendo na Venezuela, onde o presidente Chávez tem fechado emissoras de TV e rádio, boicotando jornais, censurando jornalistas. Lembremos o que vem ocorrendo em vários países ditatoriais onde a liberdade de imprensa não existe e todas as informações estão sob o controle do governo."
Em defesa de Lula, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) disse que as críticas do presidente não configuram atentado à liberdade de imprensa.
"Eu tenho a convicção de que foi mais esse o sentido das palavras do presidente Lula, que avaliou que alguns órgãos de imprensa, por vezes, querem tanto atacá-lo e também ao seu Governo e que vão, muitas vezes, além daquilo que efetivamente acontece."
Epa! Epa! Alto lá! Contra a Imprensa, não. Contra o PIG, contra a "podre imprensa" que defende um candidato chamado José Serra, que em troca de "assinaturas" de jornais e revistas vivia despejando MILHÕES dos cofres públicos nos bolso dos membros do PIG. Daí ele ser o queridinho dessa "imprensa" que deturpa os fatos e joga a ética na lata de lixo. É contra esse tipo de imprensa que juntos iremos às ruas. Aqueles que não vão às ruas usam a rede mundial para protestar e dizer não a Globo, Veja, Folha e Estadão. Nós somos povo, somos poder e merecemos respeito por parte de que lida com empresa de comunicação.
ResponderExcluirCapítulo V da Constituição, especialmente Art. 220 3º Inc. II, e Art 224, precisa dar o mote dessa reunião, que por questões geográficas não me será possível participar...
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