terça-feira, 5 de outubro de 2010

Aborto, casamento gay e outras baixarias

Reproduzo artigo de Renato Rovai, publicado em seu blog no sítio da Revista Fórum:

Hoje pela manhã Nice, a pessoa que duas vezes por semana organiza a casa deste jornalista-blogueiro, me disse que muita gente do bairro dela havia mudado o voto porque nos bares, nas igrejas, em vários lugares públicos havia sido pregado um cartaz dizendo que Dilma defendia o aborto, o casamento gay e a maconha e outras coisas.

Disse que sabia que isso tinha acontecido e fui embora tocar a vida na redação da Fórum. Na verdade não sabia que isso havia acontecido. Vejam o cartaz abaixo e depois continuem a ler este post.



Agora há pouco o Alê Porto, que tem um blogue bem legal e está sempre atento nos dados das pesquisas, deu uma tuitada com essa imagem aí de cima. Segundo ele, este panfleto foi colocado em caixas de correio e distribuido de porta em porta em alguns bairros.

O Rodrigo Vianna foi o primeiro blogueiro a alertar para essa campanha que vinha se disseminando pela internet. Aliás, há quem ache que foi isso que o tal indiano esquisito que deu consultoria pro Serra veio fazer aqui. Ele organizou um bom banco de dados pra disseminar boatos virais. Faz todo sentido. Acho que a consultoria que ele veio dar começa a ser entendida.

O site do tucano virou apenas um lugar onde as pessoas se cadastravam. Depois disso iniciaram-se os ataques morais. E a coisa foi ganhando volume até que a campanha ganhasse panfletos como este de cima.

Enquanto isso, a campanha de Dilma na internet ficava tentando organizar onda vermelha no tuiter e postando informações do que acontecia nos comícios. Não quero transformar a campanha de Dilma na net em responsável por essa ida ao segundo turno, mas é importante ressaltar que ela desprezou completamente a blogosfera progressista. Não conheço ninguém que tenha sido procurado para conversar sobre qualquer coisa relativa à campanha da petista. E havia muita gente que poderia colaborar.

Se tivessem, por exemplo, conversado com o Rodrigo Viaana, pudessem ter pensado em algo para segurar essa onda viral que depois chegou nos grotões a partir do boca-a-boca e de panfletos como o daí de cima.

Neste segundo turno o jogo talvez seja ainda mais baixo. Por isso é importante se organizar, mas ao tempo tentar ouvir e envolver o maior número de pessoas para buscar as melhores estratégias em todas as áreas da campanha.

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