Reproduzo artigo de Luiz Carlos Azenha, publicado no blog Viomundo:
Nenhuma novidade no front. Os políticos assumem o poder pensando em… permanecer no poder.
A novidade, que nem é novidade assim, é que Geraldo Alckmin esnucou José Serra: mandou auditar os contratos da gestão anterior, indicou três secretários próximos a Gabriel Chalita (PSB) e deu alguns passos rumo ao centro político, que é afinal onde as coisas acontecem.
Previsível: é por aí que Aécio Neves, se for, vai tentar caminhar, atraindo o centro político que, perto de 2014, terá migrado para o espaço hoje ocupado pelo PSB.
Dilma Rousseff, por sua vez, repetiu a fórmula de Lula. Trouxe para dentro do governo as divergências presentes na sociedade sobre, por exemplo, a questão dos desaparecidos. Este Fla x Flu entre Maria do Rosário (Direitos Humanos), que quer a Comissão da Verdade, e José Elito Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional), que acha dispensável, pode ser ruim ao expor divergências internas no governo, mas politicamente tem suas vantagens: tira oxigênio da oposição.
O único componente que pode surpreender nessa história, ainda, é o comportamento da esquerda. Lula dava como certo que, na hora agá, a esquerda correria a apoiá-lo, como de fato aconteceu com a candidatura de Dilma.
Temos aí que a tal polarização não vai acabar tão cedo, que as duas forças políticas principais caminham para o centro e que o centro terá se deslocado, em breve, para as posições próximas ao PSB.
Tudo o mais vai depender do sucesso de Dilma na presidência.
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