Por Marco Aurélio Weissheimer, no blog RS Urgente:
O Ministério das Comunicações disponibilizou em sua página os dados completos referentes à outorga de canais de rádio e televisão no Brasil, incluindo os nomes dos donos e a composição acionária de cada empresa. A lista traz uma relação das empresas por Estado e também a relação de sócios e diretores por entidade. O Ministério também está construindo um sistema que informará o andamento não apenas das renovações de outorgas, mas de todos os atos de pós-outorga. Os dados mostram a extensão do domínio da RBS no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
No dia 5 de outubro de 2009, o procurador da República em Canoas, Pedro Antonio Roso, solicitou ao presidente do Grupo RBS, Nelson Pacheco Sirotsky, o número de veículos de TV e rádio que a empresa possui no Rio Grande do Sul, bem como de suas afiliadas, emissoras e repetidoras. O pedido fazia parte de um procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público Federal para “apurar ocorrência de possível prática de monopólio e irregularidades nas concessões de rádio e televisão por parte do Grupo RBS no Rio Grande do Sul”. No dia 25 de novembro de 2009, o MP Federal realizou uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Canoas, quando foi divulgada a resposta da RBS ao requerimento.
O documento assinado pela advogada Fernanda Gutheil afirmou que a RBS Participações S.A. detém apenas duas concessões de serviços de radiodifusão de som e imagem (TV) – Canal 12, em Porto Alegre; e Canal 8, em Caxias do Sul. Além disso, informa que a RBS Rádios Participações S.A. tem três permissões indiretas, duas FM e uma Ondas Médias (OM).
Já o site institucional da RBS informa que a empresa possui 18 emissoras de TV aberta (12 no Rio Grande do Sul e 6 em Santa Catarina), além de 2 emissoras de “tv comunitária” e uma emissora segmentada focada no agronegócio (21 no total, portanto, nos dois Estados). A RBS apresenta-se como “a maior rede regional de TV do país com 18 emissoras distribuídas no RS e em SC, com 85% da programação da Rede Globo e 15% voltada ao público local”. Além disso, possui ainda:
25 emissoras de rádio, 8 jornais diários, 4 portais na internet, uma editora, uma gráfica, uma gravadora, uma empresa de logística, uma empresa de marketing e relacionamento com o público jovem, participação em uma empresa de móbile marketing e uma Fundação de Responsabilidade Social.
Na audiência pública realizada em Canoas questionou-se: se a RBS afirma ter apenas duas concessões de TV no Rio Grande do Sul, a quem pertencem as outras 10 emissoras de TV aberta que são mencionadas no site institucional da empresa? Emissoras como a RBS TV Passo Fundo, RBS TV Santa Maria, RBS TV Santa Rosa, entre outras. Formalmente, essas emissoras estão abrigadas sob outro CNPJ e a RBS usa esse argumento para afirmar que não está infringindo a lei que estabelece no máximo duas emissoras por titular. Argumento, aliás, repetido por outras empresas em outros Estados do Brasil. O Decreto-lei 236/67, em seu artigo 12, cabe lembrar, limita em duas concessões no máximo por proprietário dentro do mesmo Estado.
“A radiodifusão – emissora de rádio e TV – deve estar em nome de pessoa física, não de pessoa jurídica, e cada pessoa só pode ter duas por estado. Daí, o que eles fazem é colocar em nome de pessoas da família”, observou o procurador Celso Três, autor de uma ação contra a RBS em Santa Catarina por prática de monopólio. A página do Ministério das Comunicações identifica a relação completa de sócios e diretores de cada uma dessas empresas.
O Ministério das Comunicações disponibilizou em sua página os dados completos referentes à outorga de canais de rádio e televisão no Brasil, incluindo os nomes dos donos e a composição acionária de cada empresa. A lista traz uma relação das empresas por Estado e também a relação de sócios e diretores por entidade. O Ministério também está construindo um sistema que informará o andamento não apenas das renovações de outorgas, mas de todos os atos de pós-outorga. Os dados mostram a extensão do domínio da RBS no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
No dia 5 de outubro de 2009, o procurador da República em Canoas, Pedro Antonio Roso, solicitou ao presidente do Grupo RBS, Nelson Pacheco Sirotsky, o número de veículos de TV e rádio que a empresa possui no Rio Grande do Sul, bem como de suas afiliadas, emissoras e repetidoras. O pedido fazia parte de um procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público Federal para “apurar ocorrência de possível prática de monopólio e irregularidades nas concessões de rádio e televisão por parte do Grupo RBS no Rio Grande do Sul”. No dia 25 de novembro de 2009, o MP Federal realizou uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Canoas, quando foi divulgada a resposta da RBS ao requerimento.
O documento assinado pela advogada Fernanda Gutheil afirmou que a RBS Participações S.A. detém apenas duas concessões de serviços de radiodifusão de som e imagem (TV) – Canal 12, em Porto Alegre; e Canal 8, em Caxias do Sul. Além disso, informa que a RBS Rádios Participações S.A. tem três permissões indiretas, duas FM e uma Ondas Médias (OM).
Já o site institucional da RBS informa que a empresa possui 18 emissoras de TV aberta (12 no Rio Grande do Sul e 6 em Santa Catarina), além de 2 emissoras de “tv comunitária” e uma emissora segmentada focada no agronegócio (21 no total, portanto, nos dois Estados). A RBS apresenta-se como “a maior rede regional de TV do país com 18 emissoras distribuídas no RS e em SC, com 85% da programação da Rede Globo e 15% voltada ao público local”. Além disso, possui ainda:
25 emissoras de rádio, 8 jornais diários, 4 portais na internet, uma editora, uma gráfica, uma gravadora, uma empresa de logística, uma empresa de marketing e relacionamento com o público jovem, participação em uma empresa de móbile marketing e uma Fundação de Responsabilidade Social.
Na audiência pública realizada em Canoas questionou-se: se a RBS afirma ter apenas duas concessões de TV no Rio Grande do Sul, a quem pertencem as outras 10 emissoras de TV aberta que são mencionadas no site institucional da empresa? Emissoras como a RBS TV Passo Fundo, RBS TV Santa Maria, RBS TV Santa Rosa, entre outras. Formalmente, essas emissoras estão abrigadas sob outro CNPJ e a RBS usa esse argumento para afirmar que não está infringindo a lei que estabelece no máximo duas emissoras por titular. Argumento, aliás, repetido por outras empresas em outros Estados do Brasil. O Decreto-lei 236/67, em seu artigo 12, cabe lembrar, limita em duas concessões no máximo por proprietário dentro do mesmo Estado.
“A radiodifusão – emissora de rádio e TV – deve estar em nome de pessoa física, não de pessoa jurídica, e cada pessoa só pode ter duas por estado. Daí, o que eles fazem é colocar em nome de pessoas da família”, observou o procurador Celso Três, autor de uma ação contra a RBS em Santa Catarina por prática de monopólio. A página do Ministério das Comunicações identifica a relação completa de sócios e diretores de cada uma dessas empresas.
Bom dia, Miro
ResponderExcluirTo pesquisando o tema pro meu trabalho de conclusão de curso.
Segundo dados do Ministério das Comunicações, Nélson Pacheco Sirotsky, CPF 147.576.050-72,
é sócio da RBS COMUNICACOES S.A., CNPJ 07.504.077/0001-48;
é sócio e diretor presidente da RBS PARTICIPAÇÕES S.A., CNPJ 68.737.857/0001-22;
é sócio da RBS TV - PARTICIPACOES S.A., CNPJ 07.654.993/0001-64;
é sócio da RBS RADIOS - PARTICIPACOES S/A, CNPJ 07.655.078/0001-93;
é sócio e diretor presidente da RBS TV DE FLORIANOPOLIS SA, CNPJ 87.156.337/0001-70;
é sócio e diretor da RBS-EMPRESA DE TVA LTDA, CNPJ 93.049.245/0001-94;
é diretor-presidente da RADIO ATLANTIDA FM DE PORTO ALEGRE LTDA 91.903.989/0001-07;
é gerente da RBS ADMINISTRAÇÃO E COBRANÇAS LTDA., CNPJ 94.995.693/0001-43.
Se olharmos a composição de todas as sociedades e diretorias SEMPRE há um digno Sirotsky envolvido.
Estranho que um suposto caso de estupro até hoje não foi divulgado por estas bandas.
Abraço
"Por detrás de toda riqueza há sempre um crime" Honerè du Balzac
ResponderExcluir.
O monopólio é apenas uma faceta. Diretores como Sergio Sirotsky chegam a ter 5 (c-i-n-c-o) diferentes CPFs.
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Mas isso não importa, pois a Política Federal e a Receita não estão para pegar quem tem poder.