Do blog de José Dirceu:
Revolução foi a palavra utilizada pelo professor Venício A. de Lima para mensurar o impacto das novas tecnologias na comunicação de massas. Professor da Universidade de Brasília (UnB) e um dos grandes especialistas da área, durante sua participação no II Encontro de Blogueiros Progressistas, neste final de semana, ele deu o seu depoimento ao blog sobre o que pensa da força da blogosfera e das transformações já em curso no nosso país e no mundo.
Professor, na sua visão, qual o principal impacto que a Internet trará à comunicação no país?
Estou pessoalmente convencido que, não só a Internet, mas as novas tecnologias, em geral, estão mudando o panorama da comunicação no Brasil e no mundo. Uma característica fundamental as diferencia das velhas tecnologias: a interação. São descentralizadas e não mais unidirecionais. A consequência imediata disso é que os formadores tradicionais de opinião estão perdendo o poder que tinham antes. A formação de opinião se dá agora de uma forma muito mais horizontalizada.
Como se dá essa perda de poder dos formadores tradicionais de opinião?
Veja que os estudos mais recentes sobre a chamada “classe C” - um termo que não gosto de usar, mas serve para identificar – apontam que esses 30 e tantos milhões de brasileiros não apenas mudaram de patamar do ponto de vista socioeconômico, como não são mais “seguidores” de opinião, como eram descritos na linguagem de marketing. O que isso significa? Esse contingente passou também a ser líder de opinião, dentro do seu próprio espaço de atuação. E isso se dá uma forma horizontal à questão.
É uma revolução, porque historicamente (e não só no Brasil), a formação da opinião sempre se deu de cima para baixo, de forma verticalizada. Com a Internet e as novas tecnologias, os colunistas da grande mídia, os padres, os agentes históricos de socialização que sempre tiveram muito destaque na formação da opinião pública, estão perdendo esse papel.
Qual o significado de um encontro de blogueiros neste contexto?
Os blogueiros são o exemplo mais emblemático dessa nova forma de criar um espaço público diferente do espaço que a grande mídia cria. Repito, estamos fazendo uma revolução. Uma transformação cuja amplitude ainda não conseguimos avaliar, porque estamos nela e é muito recente, mas que é absolutamente fundamental.
Você está otimista com relação aos impactos dessa transformação?
Não sou um sujeito totalmente otimista. Na maioria das vezes, sou mais pessimista, mas em relação a essas transformações não tenho nenhuma dúvida. Elas são importantíssimas, sobretudo no campo que nos interessa, que é o da formação da opinião pública.
Professor, qual é a sua opinião em relação à tentativa de controle da Internet?
O controle pode acontecer temporariamente, como alguns governos tentam fazer, para impedir a organização de massa, do ponto de vista tecnológico. Mas é muito difícil controlar, porque, logo, uma alternativa é criada. A rede é praticamente incontrolável e acho que essa é sua grande vantagem.
Revolução foi a palavra utilizada pelo professor Venício A. de Lima para mensurar o impacto das novas tecnologias na comunicação de massas. Professor da Universidade de Brasília (UnB) e um dos grandes especialistas da área, durante sua participação no II Encontro de Blogueiros Progressistas, neste final de semana, ele deu o seu depoimento ao blog sobre o que pensa da força da blogosfera e das transformações já em curso no nosso país e no mundo.
Professor, na sua visão, qual o principal impacto que a Internet trará à comunicação no país?
Estou pessoalmente convencido que, não só a Internet, mas as novas tecnologias, em geral, estão mudando o panorama da comunicação no Brasil e no mundo. Uma característica fundamental as diferencia das velhas tecnologias: a interação. São descentralizadas e não mais unidirecionais. A consequência imediata disso é que os formadores tradicionais de opinião estão perdendo o poder que tinham antes. A formação de opinião se dá agora de uma forma muito mais horizontalizada.
Como se dá essa perda de poder dos formadores tradicionais de opinião?
Veja que os estudos mais recentes sobre a chamada “classe C” - um termo que não gosto de usar, mas serve para identificar – apontam que esses 30 e tantos milhões de brasileiros não apenas mudaram de patamar do ponto de vista socioeconômico, como não são mais “seguidores” de opinião, como eram descritos na linguagem de marketing. O que isso significa? Esse contingente passou também a ser líder de opinião, dentro do seu próprio espaço de atuação. E isso se dá uma forma horizontal à questão.
É uma revolução, porque historicamente (e não só no Brasil), a formação da opinião sempre se deu de cima para baixo, de forma verticalizada. Com a Internet e as novas tecnologias, os colunistas da grande mídia, os padres, os agentes históricos de socialização que sempre tiveram muito destaque na formação da opinião pública, estão perdendo esse papel.
Qual o significado de um encontro de blogueiros neste contexto?
Os blogueiros são o exemplo mais emblemático dessa nova forma de criar um espaço público diferente do espaço que a grande mídia cria. Repito, estamos fazendo uma revolução. Uma transformação cuja amplitude ainda não conseguimos avaliar, porque estamos nela e é muito recente, mas que é absolutamente fundamental.
Você está otimista com relação aos impactos dessa transformação?
Não sou um sujeito totalmente otimista. Na maioria das vezes, sou mais pessimista, mas em relação a essas transformações não tenho nenhuma dúvida. Elas são importantíssimas, sobretudo no campo que nos interessa, que é o da formação da opinião pública.
Professor, qual é a sua opinião em relação à tentativa de controle da Internet?
O controle pode acontecer temporariamente, como alguns governos tentam fazer, para impedir a organização de massa, do ponto de vista tecnológico. Mas é muito difícil controlar, porque, logo, uma alternativa é criada. A rede é praticamente incontrolável e acho que essa é sua grande vantagem.
MIRO,
ResponderExcluirMe permita usar do seu espaço de imprensa alternativa para enviar um recado para os Hackeres Vândalos Pseudo Nacionalistas:
Nós sabemos o que voces fizeram na campanha presidencial passada!Nacionalistas são cidadãos que no mínimo respeitam as regras do jogo democrático e, porquanto, respeitam os governantes eleitos pelo voto popular.Não subestimem nossa inteligência.Tenham a honradez de reconhecer a derrota. No Brasil não tem terceiro turno, não…Pelo jeito a ficha de voces ainda não caiu!Já não se fazem caras pintadas como antigamente. Nossos jovens não se escondiam atrás do anominato, saiam para a ruas e bradavam por um país mais democrático. Se voces são tão nacionalistas assim, façam como eles, mostrem suas caras!
No mais, se voce puder publicar esse desabafo, eu ficaria muito agradecida.
Sandra - Cidadã do Brasil
Na minha opinião um blog sério não deve dar espaço a gente como José Dirceu. Apenas a minha opinião.
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