Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Obviedade: o Brasil é uma potência econômica em ascensão.
Em breve, será necessário colocar alguns dentes na política externa do barão do Rio Branco.
1. Submarinos, inclusive o tocado por energia nuclear (aqui, o Brasil precisa avançar na idea do enriquecimento conjunto de urânio com os vizinhos);
2. Caças;
3. Indústria nacional para reduzir dependência de armamentos importados;
4. Programa espacial soberano, sem cessão de Alcântara.
Isso é necessário não só à defesa da Amazônia e do pré-sal, mas à projeção do Brasil no Atlântico sul, em parceria com a Argentina.
O livro Um Rio Chamado Atlântico, do embaixador Alberto da Costa e Silva — dentre muitos que existem na mesma linha — mostra como as economias do Brasil e da costa ocidental da África foram integradas sob o império português.
Nossa vocação é o Atlântico, não apenas de olho na outra margem, na costa da África.
Depois da biodiversidade da Amazônia e das profundezas do pré-sal, as fronteiras da Ciência e da riqueza estão no espaço e no fundo do mar.
É a vocação brasileira, com sua imensa costa. Dizem os militares: é a Amazônia azul.
Dotar a política externa brasileira de alguns dentes requer muito tato, muita experiência internacional.
O Brasil precisa fazer isso sem afastar os vizinhos, sem esvaziar a Unasul, nem permitir que os Estados Unidos explorem as dissensões regionais em proveito próprio.
Sem jogar por terra a longa campanha por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Ancorando a Venezuela, a Colômbia e o Peru na, por assim dizer, “dimensão atlântica” do Brasil.
Quem melhor capacitado para liderar este processo que um ex-chanceler, reconhecido em todo mundo por sua capacidade de negociação e pelo apego às soluções políticas para as crises internacionais?
Mais do que nunca, política externa e Defesa são duas faces da mesma moeda.
Você entregaria esta tarefa, que equivale a atravessar a loja de cristais sem quebrar peças, a Nelson Jobim ou a Celso Amorim?
PS do Viomundo: Não posso perder a janela do bom humor, reproduzindo o comentário de um leitor do Conversa Afiada, o Madeira: “Jobim entrou para o folclore nacional pelo gosto exótico de vestir farda militar sendo ele um ministro da defesa civil, uma espécie de rambo tupiniquim da melhor idade. Quem vai sentir muita saudade do Jobim além do PIG é a embaixada americana”.
Obviedade: o Brasil é uma potência econômica em ascensão.
Em breve, será necessário colocar alguns dentes na política externa do barão do Rio Branco.
1. Submarinos, inclusive o tocado por energia nuclear (aqui, o Brasil precisa avançar na idea do enriquecimento conjunto de urânio com os vizinhos);
2. Caças;
3. Indústria nacional para reduzir dependência de armamentos importados;
4. Programa espacial soberano, sem cessão de Alcântara.
Isso é necessário não só à defesa da Amazônia e do pré-sal, mas à projeção do Brasil no Atlântico sul, em parceria com a Argentina.
O livro Um Rio Chamado Atlântico, do embaixador Alberto da Costa e Silva — dentre muitos que existem na mesma linha — mostra como as economias do Brasil e da costa ocidental da África foram integradas sob o império português.
Nossa vocação é o Atlântico, não apenas de olho na outra margem, na costa da África.
Depois da biodiversidade da Amazônia e das profundezas do pré-sal, as fronteiras da Ciência e da riqueza estão no espaço e no fundo do mar.
É a vocação brasileira, com sua imensa costa. Dizem os militares: é a Amazônia azul.
Dotar a política externa brasileira de alguns dentes requer muito tato, muita experiência internacional.
O Brasil precisa fazer isso sem afastar os vizinhos, sem esvaziar a Unasul, nem permitir que os Estados Unidos explorem as dissensões regionais em proveito próprio.
Sem jogar por terra a longa campanha por um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Ancorando a Venezuela, a Colômbia e o Peru na, por assim dizer, “dimensão atlântica” do Brasil.
Quem melhor capacitado para liderar este processo que um ex-chanceler, reconhecido em todo mundo por sua capacidade de negociação e pelo apego às soluções políticas para as crises internacionais?
Mais do que nunca, política externa e Defesa são duas faces da mesma moeda.
Você entregaria esta tarefa, que equivale a atravessar a loja de cristais sem quebrar peças, a Nelson Jobim ou a Celso Amorim?
PS do Viomundo: Não posso perder a janela do bom humor, reproduzindo o comentário de um leitor do Conversa Afiada, o Madeira: “Jobim entrou para o folclore nacional pelo gosto exótico de vestir farda militar sendo ele um ministro da defesa civil, uma espécie de rambo tupiniquim da melhor idade. Quem vai sentir muita saudade do Jobim além do PIG é a embaixada americana”.
Sem dúvida um nome ideal para a Defesa: tato para negociação, defesa dos interesses nacionais sem desprezar as necessidades dos nossos aliados históricos e recentes e um grande promotor de nossos produtos e com tino para promover alianças estratégicas com os produtores de outros países e assim fortalecer nossa economia e, ao mesmo tempo, nossa capacidade de defesa (interna e externa). Melhor nome não havia. Mais um ponto para a presidenta Dilma.
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