Por Iroel Sánchez, no blog cubano La Pupila Insomne:
O presidente equatoriano Rafael Correa visitou nestes dias Nova Iorque, em função da Assembléia Geral das Nações Unidas. A comunidade de equatorianos de Union City – que fica do outro lado do rio Hudson e pertence ao estado de Nova Jersey – aproveitou a presença do presidente latino-americano para convidá-lo para um ato em uma instituição educativa dessa cidade.
No entanto, o prefeito Brian Stack, de Union City, declarou “non grata” a presença de Correa em sua comunidade, alegando que este possui vínculos com líderes “cujas ideologias promovem a violência e a opressão”.
Em uma matéria da agência EFE, Stack entregou um comunicado, atribuindo sua conduta às “pressões dos exilados cubanos”, e os “exilados cubanos” não são qualquer coisa em Union City.
Segundo testemunhou no julgamento de Luis Posada Carriles, em março passado, o oficial do FBI Omar Vega disse que os atentados com bomba em instalações turísticas de Havana, em 1997, que custaram a vida do turista italiano Fabio di Celmo, foram financiados em Union City.
Luis Posada Carriles é acusado por vários crimes na Venezuela, incluindo a derrubada de um avião civil cubano em que morreram 73 pessoas; cumpriu pena no Panamá por tentar assassinar o presidente cubano Fidel Castro; e recentemente propôs a via armada para derrubar o governo cubano.
Omar Vega mostrou ao jurado da cidade de El Paso os pagamentos que os colaboradores de Posada Carriles em Union City enviaram à Guatemala a um outorgado chamado José Alvarez. Um fax utilizado como prova da corte no processo, e assinado por Posada com o pseudônimo de “Solo”, indicou José Alvarez que recebeu quatro transferências no valor de $800 cada, enviadas de Union City por Pedro Pérez, Abel Hernández, José e Rubén Gonzalo. Os detalhes e documentos sobre o tema estão em “la crônica” (http://www.cubadebate.cu/noticias/2011/03/04/diario-de-el-paso-prueba-el-fbi-las-razones-de-cuba/) que o advogado José Pertierra, representante no julgamento do governo venezuelano – que reclama a extradição de Posada – escrevera para o sítio Cubadebate.
O dinheiro dos atentados saia de Arnold Fashions, uma loja de roupa feminina em Union City de propriedade de Arnaldo Monzón Plasencia, que foi um importante doador das campanhas políticas do senador norte-americano Robert Menéndez, ex-prefeito de Union City. O contador de Monzón, chamado Oscar de Rojas, testemunhou sobre os envios de dinheiro a Posada no julgamento contra ele.
Um informe do governo cubano assinala Monzón como autor intelectual e financeiro de um plano para assassinar o presidente cubano Fidel Castro e de um frustrado atentado contra o cabaré Tropicana, em Cuba. Monzón faleceu em 2000 e Menéndez assistiu seu funeral e o qualificou como um amigo. Parece ser costume em Union City a complacência da prefeitura com os terroristas. O senador Menéndez, ocupando o cargo que hoje tem Stack, saiu em defesa de Eduardo Arocena, condenado nos EUA por assassinato de um diplomata cubano.
“É evidente que o presidente Correa está associado com Fidel e Raúl Castro e Hugo Chávez, e esses vínculos com este tipo de regime envia uma mensagem terrível ao mundo”, afirmou o prefeito Brian Stack em seu comunicado, mas talvez o lado terrível de Union City – com importante influência desta prefeitura – se sente mais a vontade com outro tipo de convidados.
Um relatório do sítio Contrainjerencia ilustra com várias fotos a triunfal presença, em 17 de maio, de Luis Posada Carriles em Union City, West Nova Iorque e Nova Iorque, em que o notório terrorista celebrou com vários de seus amigos a sua absolvição no julgamento de El Paso. Nas fotos, publicadas por Contrainjerencia, Posada está acompanhado de vários ilustres cidadãos de Union City como Rubén Gonzalo e Abel Hernández que, segundo o FBI, enviaram o dinheiro para os atentados com bomba de 1997 em Havana.
Contrainjerencia assinala a presença do senador Robert Menendez e do representante do 13º Distrito Albio Sires, no restaurante Marinero Grill de West Nova Iorque, “durante uma assembléia de notórios terroristas da ‘região Norte’ e de cabeças da máfia cubano-americana de Miami, convocada para celebrar o indulto do terrorista internacional” Posada Carriles. Serão estes personagens os autores das “pressões de exilados cubanos” que declararam pessoa “non grata” o presidente Correa em Union City?
Quantas pessoas teriam que assassinar Rafael Correa para serem aceitas em Union City por indivíduos como Hernández e Gonzalo? Os equatorianos que residem em Union City, sem o poder econômico e político que tem os personagens vinculados ao terrorismo dessa cidade, não podem receber seu presidente porque este mantém relações amigáveis com o governo que esses indivíduos pretendem derrotar violentamente?
A obsessão do lobby anticubano no Congresso dos EUA – em que Siles e Menéndez são membros notáveis – contra a Alba e por causar danos às relações do governo de Barack Obama contra as nações que a integram pode ter derivado mais que uma declaração de pessoa “non grata”. Pagar e executar atos terroristas em instituições educativas é o que os extremistas de Union City gostam de fazer, e já tentaram com Posada Carriles no auditório da Universidade do Panamá, em 2000, na visita do presidente Fidel Castro para participar do X Encontro Iberoamericano.
* Tradução de Sandra Luiz Alves.
O presidente equatoriano Rafael Correa visitou nestes dias Nova Iorque, em função da Assembléia Geral das Nações Unidas. A comunidade de equatorianos de Union City – que fica do outro lado do rio Hudson e pertence ao estado de Nova Jersey – aproveitou a presença do presidente latino-americano para convidá-lo para um ato em uma instituição educativa dessa cidade.
No entanto, o prefeito Brian Stack, de Union City, declarou “non grata” a presença de Correa em sua comunidade, alegando que este possui vínculos com líderes “cujas ideologias promovem a violência e a opressão”.
Em uma matéria da agência EFE, Stack entregou um comunicado, atribuindo sua conduta às “pressões dos exilados cubanos”, e os “exilados cubanos” não são qualquer coisa em Union City.
Segundo testemunhou no julgamento de Luis Posada Carriles, em março passado, o oficial do FBI Omar Vega disse que os atentados com bomba em instalações turísticas de Havana, em 1997, que custaram a vida do turista italiano Fabio di Celmo, foram financiados em Union City.
Luis Posada Carriles é acusado por vários crimes na Venezuela, incluindo a derrubada de um avião civil cubano em que morreram 73 pessoas; cumpriu pena no Panamá por tentar assassinar o presidente cubano Fidel Castro; e recentemente propôs a via armada para derrubar o governo cubano.
Omar Vega mostrou ao jurado da cidade de El Paso os pagamentos que os colaboradores de Posada Carriles em Union City enviaram à Guatemala a um outorgado chamado José Alvarez. Um fax utilizado como prova da corte no processo, e assinado por Posada com o pseudônimo de “Solo”, indicou José Alvarez que recebeu quatro transferências no valor de $800 cada, enviadas de Union City por Pedro Pérez, Abel Hernández, José e Rubén Gonzalo. Os detalhes e documentos sobre o tema estão em “la crônica” (http://www.cubadebate.cu/noticias/2011/03/04/diario-de-el-paso-prueba-el-fbi-las-razones-de-cuba/) que o advogado José Pertierra, representante no julgamento do governo venezuelano – que reclama a extradição de Posada – escrevera para o sítio Cubadebate.
O dinheiro dos atentados saia de Arnold Fashions, uma loja de roupa feminina em Union City de propriedade de Arnaldo Monzón Plasencia, que foi um importante doador das campanhas políticas do senador norte-americano Robert Menéndez, ex-prefeito de Union City. O contador de Monzón, chamado Oscar de Rojas, testemunhou sobre os envios de dinheiro a Posada no julgamento contra ele.
Um informe do governo cubano assinala Monzón como autor intelectual e financeiro de um plano para assassinar o presidente cubano Fidel Castro e de um frustrado atentado contra o cabaré Tropicana, em Cuba. Monzón faleceu em 2000 e Menéndez assistiu seu funeral e o qualificou como um amigo. Parece ser costume em Union City a complacência da prefeitura com os terroristas. O senador Menéndez, ocupando o cargo que hoje tem Stack, saiu em defesa de Eduardo Arocena, condenado nos EUA por assassinato de um diplomata cubano.
“É evidente que o presidente Correa está associado com Fidel e Raúl Castro e Hugo Chávez, e esses vínculos com este tipo de regime envia uma mensagem terrível ao mundo”, afirmou o prefeito Brian Stack em seu comunicado, mas talvez o lado terrível de Union City – com importante influência desta prefeitura – se sente mais a vontade com outro tipo de convidados.
Um relatório do sítio Contrainjerencia ilustra com várias fotos a triunfal presença, em 17 de maio, de Luis Posada Carriles em Union City, West Nova Iorque e Nova Iorque, em que o notório terrorista celebrou com vários de seus amigos a sua absolvição no julgamento de El Paso. Nas fotos, publicadas por Contrainjerencia, Posada está acompanhado de vários ilustres cidadãos de Union City como Rubén Gonzalo e Abel Hernández que, segundo o FBI, enviaram o dinheiro para os atentados com bomba de 1997 em Havana.
Contrainjerencia assinala a presença do senador Robert Menendez e do representante do 13º Distrito Albio Sires, no restaurante Marinero Grill de West Nova Iorque, “durante uma assembléia de notórios terroristas da ‘região Norte’ e de cabeças da máfia cubano-americana de Miami, convocada para celebrar o indulto do terrorista internacional” Posada Carriles. Serão estes personagens os autores das “pressões de exilados cubanos” que declararam pessoa “non grata” o presidente Correa em Union City?
Quantas pessoas teriam que assassinar Rafael Correa para serem aceitas em Union City por indivíduos como Hernández e Gonzalo? Os equatorianos que residem em Union City, sem o poder econômico e político que tem os personagens vinculados ao terrorismo dessa cidade, não podem receber seu presidente porque este mantém relações amigáveis com o governo que esses indivíduos pretendem derrotar violentamente?
A obsessão do lobby anticubano no Congresso dos EUA – em que Siles e Menéndez são membros notáveis – contra a Alba e por causar danos às relações do governo de Barack Obama contra as nações que a integram pode ter derivado mais que uma declaração de pessoa “non grata”. Pagar e executar atos terroristas em instituições educativas é o que os extremistas de Union City gostam de fazer, e já tentaram com Posada Carriles no auditório da Universidade do Panamá, em 2000, na visita do presidente Fidel Castro para participar do X Encontro Iberoamericano.
* Tradução de Sandra Luiz Alves.
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