Por Altamiro Borges
Na sexta-feira, 7, terminou o prazo de filiação partidária para quem deseja disputar as eleições municipais de 2012. Superando as expectativas, o recém-criado PSD, do prefeito Gilberto Kassab, atraiu inúmeras lideranças de direita e centro-direita e causou enorme estrago na oposição demotucana. As filiações ao novo partido-ônibus reforçam as dúvidas sobre o futuro do DEM, PSDB e PPS.
Balanço parcial das deserções
Segundo levantamento parcial, o PSD já nasce com 47 deputados federais, dois senadores, cinco vice-governadores e dois governadores, dezenas de deputados estaduais, 600 prefeitos e perto de 6 mil vereadores. E o número de filiados ainda pode aumentar, já que o prazo para a troca de legenda sem caracterizar infidelidade partidária termina no dia 28 deste mês.
“Chegamos ao prazo final das filiações para os candidatos às eleições municipais com uma musculatura muito do maior do que esperávamos. A correria foi muito grande. E no último dia, ainda garantimos a filiação de um craque para nosso time, o Meirelles, que já desponta como um candidato fortíssimo à prefeitura de São Paulo”, comemora o secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz.
A ridícula declaração de Agripino
Como já era previsto, a principal vítima do PSD é o DEM. Ironia da história, Gilberto Kassab, eleito prefeito de São Paulo por esta legenda, está enterrando de vez os demos. O partido já perdeu 17 deputados federais e corre o risco de sofrer mais duas baixas. Com estas deserções, o DEM perde o título de quarta maior bancada da Câmara Federal e terá que ceder salas e cargos. Desespero total!
Em alguns estados, os demos já queimam no inferno, para desespero do diabo. É o caso de Santa Catarina. “Todos os prefeitos do DEM, sem exceção, seguiram os passos do governador Raimundo Colombo e do ex-deputado Paulo Bornhausen, e migraram para o PSD”, informa o jornal O Globo.
Apesar do desastre, o senador José Agripino, presidente da sigla agonizante, ainda tenta disfarçar. “Não fechamos a contabilidade sobre as perdas nos municípios. Mas a nossa preocupação não é com o número de prefeitos com que ficamos, mas com os que serão eleitos no próximo ano”. Cínico e ridículo! A tendência é que o DEM não sobreviva por muito mais tempo.
O inferno astral dos tucanos
Outros partidos também sofreram abalos com a criação do PSD. O PP de Maluf perdeu seis deputados e o PPS de Roberto Freire teve quatro baixas – ficando com apenas oito federais. PMDB, PMN e PR perderam três deputados, cada. Mas depois da tragédia dos demos, os tucanos são os mais afetados. Três deputados já abandonaram o ninho e outros dois farão o mesmo nos próximos dias.
Mas o PSD parece insaciável e deseja engolir outros tucanos, descontentes com a falta de rumo do partido e com as intermináveis brigas internas. As bicadas ficam cada dia mais sangrentas entre Alckmin e Serra. Na escolha do candidato a prefeito da capital, as rasteiras e baixarias vieram à tona. Para piorar, o PSDB não tem como fugir das denúncias de corrupção na Assembléia Legislativa. O inferno astral dos tucanos pode render ainda outros filiados para o PSD de Kassab.
*****
Leia também:
- Corrupção em SP: Barbiere ameaça Alckmin
- Meirelles será o candidato de Kassab?
- Tucanos sabotam CPI do mensalão em SP
- "Tucanocídio" e a crise da direita
Na sexta-feira, 7, terminou o prazo de filiação partidária para quem deseja disputar as eleições municipais de 2012. Superando as expectativas, o recém-criado PSD, do prefeito Gilberto Kassab, atraiu inúmeras lideranças de direita e centro-direita e causou enorme estrago na oposição demotucana. As filiações ao novo partido-ônibus reforçam as dúvidas sobre o futuro do DEM, PSDB e PPS.
Balanço parcial das deserções
Segundo levantamento parcial, o PSD já nasce com 47 deputados federais, dois senadores, cinco vice-governadores e dois governadores, dezenas de deputados estaduais, 600 prefeitos e perto de 6 mil vereadores. E o número de filiados ainda pode aumentar, já que o prazo para a troca de legenda sem caracterizar infidelidade partidária termina no dia 28 deste mês.
“Chegamos ao prazo final das filiações para os candidatos às eleições municipais com uma musculatura muito do maior do que esperávamos. A correria foi muito grande. E no último dia, ainda garantimos a filiação de um craque para nosso time, o Meirelles, que já desponta como um candidato fortíssimo à prefeitura de São Paulo”, comemora o secretário-geral do PSD, Saulo Queiroz.
A ridícula declaração de Agripino
Como já era previsto, a principal vítima do PSD é o DEM. Ironia da história, Gilberto Kassab, eleito prefeito de São Paulo por esta legenda, está enterrando de vez os demos. O partido já perdeu 17 deputados federais e corre o risco de sofrer mais duas baixas. Com estas deserções, o DEM perde o título de quarta maior bancada da Câmara Federal e terá que ceder salas e cargos. Desespero total!
Em alguns estados, os demos já queimam no inferno, para desespero do diabo. É o caso de Santa Catarina. “Todos os prefeitos do DEM, sem exceção, seguiram os passos do governador Raimundo Colombo e do ex-deputado Paulo Bornhausen, e migraram para o PSD”, informa o jornal O Globo.
Apesar do desastre, o senador José Agripino, presidente da sigla agonizante, ainda tenta disfarçar. “Não fechamos a contabilidade sobre as perdas nos municípios. Mas a nossa preocupação não é com o número de prefeitos com que ficamos, mas com os que serão eleitos no próximo ano”. Cínico e ridículo! A tendência é que o DEM não sobreviva por muito mais tempo.
O inferno astral dos tucanos
Outros partidos também sofreram abalos com a criação do PSD. O PP de Maluf perdeu seis deputados e o PPS de Roberto Freire teve quatro baixas – ficando com apenas oito federais. PMDB, PMN e PR perderam três deputados, cada. Mas depois da tragédia dos demos, os tucanos são os mais afetados. Três deputados já abandonaram o ninho e outros dois farão o mesmo nos próximos dias.
Mas o PSD parece insaciável e deseja engolir outros tucanos, descontentes com a falta de rumo do partido e com as intermináveis brigas internas. As bicadas ficam cada dia mais sangrentas entre Alckmin e Serra. Na escolha do candidato a prefeito da capital, as rasteiras e baixarias vieram à tona. Para piorar, o PSDB não tem como fugir das denúncias de corrupção na Assembléia Legislativa. O inferno astral dos tucanos pode render ainda outros filiados para o PSD de Kassab.
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