Editorial do sítio Vermelho:
Um dos “grandes” serviços que o diplomata estadunidense Roger Noriega prestou à extrema-direita de seu país foi o apoio decidido que deu à tentativa fracassada de deposição do presidente venezuelano Hugo Chávez em abril de 2002.
Expoente do radicalismo conservador, este estadunidense de origem cubana, com fortes vínculos com os “gusanos” de Miami, estava então no auge de sua influência na política externa dos EUA. Ele era um dos esteios da diplomacia do presidente George Bush Jr, e tinha a incumbência de definir a ação de seu país nesta América Latina que o imperialismo e os conservadores dos EUA sempre consideraram como uma espécie de “quintal”.
Os governos Lula, Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Néstor e Cristina Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador) e tantos outros governantes democráticos que emergiram desde o final da década de 1990, mudaram este cenário. E é contra esta nova América do Sul integrada e soberana que o direitista Noriega se insurgiu na entrevista que deu à revista Veja (que já foi considerada como a mais norte-americana das revistas escritas em português) na semana passada.
Nostálgico da época ultrapassada onde a voz de Washington era imediatamente cumprida no “quintal”, Noriega se desdobrou (e a revista acolheu e divulgou) em impropérios absurdos que violam a soberania nacional das nações sul-americanas e representam ameaças graves.
A lista de impropérios é óbvia na boca de radical direitista como ele. Sobram acusações para todos. O grande alvo é Hugo Chávez, acusado de permitir o uso do território da Venezuela para o terrorismo contra os EUA. Acusa Evo Morales de trabalhar juntamente com o Irã no treinamento desses terroristas. Exige a mudança da política externa brasileira e diz que o país poderá sofrer ataques terroristas durante a Copa do Mundo de 2014 ou a Olimpíada de 2016. Acusa o governo brasileiro de apoiar e ser tolerante com o terrorismo na Tríplice Fronteira (na região de Foz do Iguaçu, onde o Brasil se encontra com o Paraguai e a Argentina).
Outro ingrediente desse pesadelo delirante é o narcotráfico, que estaria vinculado às atividades "terroristas" do Irã, do Hezbollah e da organização palestina Jihad Islâmica na Venezuela e no México, onde agiriam associados aos cartéis do tráfico. E tem a cara de pau de dizer que a América Latina virou base do terror islâmico (sendo a Venezuela sua “base avançada”, alega) devido a dois fatores – a existência de governos soberanos e democráticos que não aceitam o comando de Washington e a proximidade territorial com os EUA. Nessa lista de insânias, ofende os serviços de segurança dos países latino-americanos, qualificando-os de “ineficientes”, e insulta o próprio continente no qual há, diz, uma “baixa capacidade de aplicação das leis”. São alegações profundamente desrespeitosas à soberania dos povos da América Latina e aos governos democráticos do continente.
Suas declarações mereceram repúdio imediato dos movimentos sociais que, reunidos em Brasília, interpelaram o ministério das Relações Exteriores do Brasil sobre a inaceitável intervenção desse funcionário de um governo estrangeiro em negócios internos de nosso país. Pedem que o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon Jr., responda por esse comportamento que merece o repúdio de todos e, se as explicações não forem convincentes, chegam a propor medidas contra aquele embaixador, chefe do diplomata agressivo, bisbilhoteiro e inconveniente.
É uma reação necessária e à altura da ofensa proferida. Reação que, partindo de organizações ligadas ao povo brasileiro, reforçam a decisão nacional de não aceitar mais imposições do imperialismo e de exigir compostura, boa educação e respeito à soberania brasileira por parte dos funcionários de governos estrangeiros.
Um dos “grandes” serviços que o diplomata estadunidense Roger Noriega prestou à extrema-direita de seu país foi o apoio decidido que deu à tentativa fracassada de deposição do presidente venezuelano Hugo Chávez em abril de 2002.
Expoente do radicalismo conservador, este estadunidense de origem cubana, com fortes vínculos com os “gusanos” de Miami, estava então no auge de sua influência na política externa dos EUA. Ele era um dos esteios da diplomacia do presidente George Bush Jr, e tinha a incumbência de definir a ação de seu país nesta América Latina que o imperialismo e os conservadores dos EUA sempre consideraram como uma espécie de “quintal”.
Os governos Lula, Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Néstor e Cristina Kirchner (Argentina), Rafael Correa (Equador) e tantos outros governantes democráticos que emergiram desde o final da década de 1990, mudaram este cenário. E é contra esta nova América do Sul integrada e soberana que o direitista Noriega se insurgiu na entrevista que deu à revista Veja (que já foi considerada como a mais norte-americana das revistas escritas em português) na semana passada.
Nostálgico da época ultrapassada onde a voz de Washington era imediatamente cumprida no “quintal”, Noriega se desdobrou (e a revista acolheu e divulgou) em impropérios absurdos que violam a soberania nacional das nações sul-americanas e representam ameaças graves.
A lista de impropérios é óbvia na boca de radical direitista como ele. Sobram acusações para todos. O grande alvo é Hugo Chávez, acusado de permitir o uso do território da Venezuela para o terrorismo contra os EUA. Acusa Evo Morales de trabalhar juntamente com o Irã no treinamento desses terroristas. Exige a mudança da política externa brasileira e diz que o país poderá sofrer ataques terroristas durante a Copa do Mundo de 2014 ou a Olimpíada de 2016. Acusa o governo brasileiro de apoiar e ser tolerante com o terrorismo na Tríplice Fronteira (na região de Foz do Iguaçu, onde o Brasil se encontra com o Paraguai e a Argentina).
Outro ingrediente desse pesadelo delirante é o narcotráfico, que estaria vinculado às atividades "terroristas" do Irã, do Hezbollah e da organização palestina Jihad Islâmica na Venezuela e no México, onde agiriam associados aos cartéis do tráfico. E tem a cara de pau de dizer que a América Latina virou base do terror islâmico (sendo a Venezuela sua “base avançada”, alega) devido a dois fatores – a existência de governos soberanos e democráticos que não aceitam o comando de Washington e a proximidade territorial com os EUA. Nessa lista de insânias, ofende os serviços de segurança dos países latino-americanos, qualificando-os de “ineficientes”, e insulta o próprio continente no qual há, diz, uma “baixa capacidade de aplicação das leis”. São alegações profundamente desrespeitosas à soberania dos povos da América Latina e aos governos democráticos do continente.
Suas declarações mereceram repúdio imediato dos movimentos sociais que, reunidos em Brasília, interpelaram o ministério das Relações Exteriores do Brasil sobre a inaceitável intervenção desse funcionário de um governo estrangeiro em negócios internos de nosso país. Pedem que o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon Jr., responda por esse comportamento que merece o repúdio de todos e, se as explicações não forem convincentes, chegam a propor medidas contra aquele embaixador, chefe do diplomata agressivo, bisbilhoteiro e inconveniente.
É uma reação necessária e à altura da ofensa proferida. Reação que, partindo de organizações ligadas ao povo brasileiro, reforçam a decisão nacional de não aceitar mais imposições do imperialismo e de exigir compostura, boa educação e respeito à soberania brasileira por parte dos funcionários de governos estrangeiros.
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