Por Gilson Caroni Filho, no sítio Carta Maior:
Liga Árabe suspende a Síria; Israel, com o apoio dos EUA, se prepara para atacar o Irã; consórcio franco-alemão toma o poder na Grécia e ameaça soberania italiana; corporações midiáticas censuram repressão policial aos movimentos sociais nos EUA. Com o arsenal nuclear existente, uma escalada militar global terá consequências imprevisíveis. Mais uma vez o mercado se aproxima do ventre que pariu a Besta. Os primeiros dias de novembro acenam para um perigoso redesenho do cenário internacional.
O roteiro, de tão açodado, não deixa qualquer espaço para dúvidas quanto aos reais interesses que movem as marionetes do teatro macabro. O relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) contendo acusações contra o governo do Irã foi divulgado um dia antes de a imprensa inglesa anunciar que o governo de Benjamin Netanyahu planeja uma ampla ofensiva contra as instalações iranianas. Estados Unidos e União Européia prontamente defenderam a adoção de medidas adicionais. São muitas as variáveis em jogo, mas há dados conjunturais que não podemos ignorar.
Em primeiro lugar, é preciso voltar no tempo, para entender o xadrez geopolítico no Oriente Médio. É fundamental reconhecer os motivos que levariam o governo israelense, respaldado pelo imperialismo norte-americano na região, a jogar todo o seu peso em uma aventura bélica de alto risco. E estes motivos só podem ser encontrados na derrota dos EUA na revolução iraniana e, principalmente, na derrocada militar do seu então representante, o Iraque, frente às massas iranianas imbuídas (apesar dos desvios da direção islâmica) de uma proposta anti-imperialista. Passados tantos anos, é plausível trabalharmos com essa hipótese? A resposta é afirmativa.
Se na época, a derrota não veio sozinha, mas sim juntamente com um ascenso dos trabalhadores na região, que passava pelo surgimento do movimento "Paz Agora" em Israel – primeiro movimento de massa israelense a questionar a própria essência do Estado de Israel como um "estado policial" dos EUA – o fato que atualiza o quebra-cabeças foi a bem sucedida ofensiva diplomática do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, pedindo ao Conselho de Segurança o reconhecimento de um Estado independente. Somando-se a isso a adesão da Palestina como membro pleno da Unesco, as reações foram imediatas: os Estados Unidos suspenderam seu apoio financeiro à entidade. E Israel, sabotando qualquer possibilidade de paz, acelerou o processo de colonização em Jerusalém Oriental.
A perspectiva de isolamento, ainda que conte com o apoio incondicional dos principais países da União Européia, levou os ianques e seus títeres, a organizarem uma aventura ousada e perigosa que, se levada a cabo, contará com o apoio do Partido Trabalhista, de "oposição", em Israel. O alcance desta operação, com toda sorte de atrocidades que comporta, liberará forças que dividirão mais ainda a própria sociedade israelense e a comunidade judaica em geral.
Os ensaios fascistas, que se alastram perigosamente em escala mundial, precisam ser detidos e só serão evitados com o movimento de protesto de milhões de pessoas e governos progressistas, unidos com um único objetivo: banir as guerras, banir as armas de extermínio, impondo, pela força dos povos, a paz e o desarmamento. A luta contra o ventre que pariu inúmeras Bestas é cada vez mais um confronto contra a lógica capitalista.
Liga Árabe suspende a Síria; Israel, com o apoio dos EUA, se prepara para atacar o Irã; consórcio franco-alemão toma o poder na Grécia e ameaça soberania italiana; corporações midiáticas censuram repressão policial aos movimentos sociais nos EUA. Com o arsenal nuclear existente, uma escalada militar global terá consequências imprevisíveis. Mais uma vez o mercado se aproxima do ventre que pariu a Besta. Os primeiros dias de novembro acenam para um perigoso redesenho do cenário internacional.
O roteiro, de tão açodado, não deixa qualquer espaço para dúvidas quanto aos reais interesses que movem as marionetes do teatro macabro. O relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) contendo acusações contra o governo do Irã foi divulgado um dia antes de a imprensa inglesa anunciar que o governo de Benjamin Netanyahu planeja uma ampla ofensiva contra as instalações iranianas. Estados Unidos e União Européia prontamente defenderam a adoção de medidas adicionais. São muitas as variáveis em jogo, mas há dados conjunturais que não podemos ignorar.
Em primeiro lugar, é preciso voltar no tempo, para entender o xadrez geopolítico no Oriente Médio. É fundamental reconhecer os motivos que levariam o governo israelense, respaldado pelo imperialismo norte-americano na região, a jogar todo o seu peso em uma aventura bélica de alto risco. E estes motivos só podem ser encontrados na derrota dos EUA na revolução iraniana e, principalmente, na derrocada militar do seu então representante, o Iraque, frente às massas iranianas imbuídas (apesar dos desvios da direção islâmica) de uma proposta anti-imperialista. Passados tantos anos, é plausível trabalharmos com essa hipótese? A resposta é afirmativa.
Se na época, a derrota não veio sozinha, mas sim juntamente com um ascenso dos trabalhadores na região, que passava pelo surgimento do movimento "Paz Agora" em Israel – primeiro movimento de massa israelense a questionar a própria essência do Estado de Israel como um "estado policial" dos EUA – o fato que atualiza o quebra-cabeças foi a bem sucedida ofensiva diplomática do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abbas, pedindo ao Conselho de Segurança o reconhecimento de um Estado independente. Somando-se a isso a adesão da Palestina como membro pleno da Unesco, as reações foram imediatas: os Estados Unidos suspenderam seu apoio financeiro à entidade. E Israel, sabotando qualquer possibilidade de paz, acelerou o processo de colonização em Jerusalém Oriental.
A perspectiva de isolamento, ainda que conte com o apoio incondicional dos principais países da União Européia, levou os ianques e seus títeres, a organizarem uma aventura ousada e perigosa que, se levada a cabo, contará com o apoio do Partido Trabalhista, de "oposição", em Israel. O alcance desta operação, com toda sorte de atrocidades que comporta, liberará forças que dividirão mais ainda a própria sociedade israelense e a comunidade judaica em geral.
Os ensaios fascistas, que se alastram perigosamente em escala mundial, precisam ser detidos e só serão evitados com o movimento de protesto de milhões de pessoas e governos progressistas, unidos com um único objetivo: banir as guerras, banir as armas de extermínio, impondo, pela força dos povos, a paz e o desarmamento. A luta contra o ventre que pariu inúmeras Bestas é cada vez mais um confronto contra a lógica capitalista.
O Kukluxklanistão (ex-usa) agora quer censurar a Internet, com certeza para que o PIG não seja desmentido, nem que existam mais protestos contra o fascismo.
ResponderExcluirNesse exato momento, o Congresso dos EUA está debatendo uma lei que pode conferir ao país o poder de censurar a Internet do mundo inteiro -- criando uma lista negra que pode ter o YouTube, Wikileaks e até mesmo a Avaaz como alvos!
Sob essa nova lei, os EUA podem forçar os provedores de Internet a bloquearem qualquer website que seja suspeito de violar as leis de copyright e propriedade intelectual, ou que falhem em policiar suficientemente as atividades de seus usuários. E, por conta da maioria dos serviços de hospedagem de Internet estarem localizados nos EUA, essa lista negra poderia reprimir a web livre para todos nós.
Assinem a petição da Avaaz, é o máximo que podemos fazer.
http://www.avaaz.org/po/save_the_internet/?cl=1397725254&v=11165