Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
Alijado de qualquer cargo importante na direção partidária depois da sua segunda derrota na eleição presidencial, o ex-governador paulista José Serra entrou em rota de colisão com suas principais lideranças, em todos os níveis, e resolveu atear fogo no ninho tucano que discute a sucessão municipal.
Serra não quer ser o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo porque ainda sonha em se candidatar de novo à Presidência da República em 2014. Por isso mesmo, ele acha que o PSDB não tem nenhum nome viável para disputar as eleições, embora o partido tenha lançado ontem quatro pré-candidatos.
Já que sem ele os tucanos não têm candidato em condições de enfrentar Fernando Haddad, do PT, apoiado por Lula e Dilma, Serra defende que o partido faça uma aliança com o PSD do prefeito Gilberto Kassab e apóie o nome do vice-governador Guilherme Afif.
Foi o que bastou para que Pedro Tobias, presidente do diretório estadual do PSDB, perdesse a paciência com Serra. No último final de semana, quando apresentou sua tese a Tobias, Serra ouviu em resposta que se tratava de "uma completa bobagem".
Para não perder a viagem, o ex-governador arrumou também uma confusão com Paulo Mathias, presidente da Juventude do PSDB paulista. O motivo é hilário, bem ao estilo de Serra, que ficou contrariado porque uma publicação dos jovens tucanos, que circulou com apenas 94 exemplares, não citou o seu nome. A Juventude Tucana foi chamada pelo ex-candidato a presidente de "um bando de pelegos".
O comando do PSDB paulista resolveu ignorar Serra e decidiu nesta terça-feira que irá disputar as eleições com candidato próprio, marcando as prévias para janeiro, o que contraria também o governador Geraldo Alckmin, que prefere deixar a decisão para março. Neste ponto, Alckmin e Serra estão de acordo: o único jeito de enfrentar a candidatura do PT é buscar um nome de consenso capaz de unir PSDB e PSD _ e o único com este perfil é o de Guilherme Afif. Para isso, precisam se acertar com Kassab.
O imbroglio no ninho tucano ainda é uma sequela das eleições municipais de 2008, quando Serra apoiou a reeleição de Gilberto Kassab, então ainda no DEM, contra o candidato oficial tucano Alckmin, que ficou fora do segundo turno.
Como o eleitorado paulistano é historicamente dividido entre petistas e anti-petistas, os tucanos mais comedidos sabem que com os quatro pré-candidatos que apareceram até agora (José Anibal, Bruno Covas, Andrea Matarazzo e Ricardo Trípoli) o partido corre novamente o risco de ficar de fora da disputa final.
Ainda não se sabe o que Fernando Henrique Cardoso, sempre muito atento aos problemas do governo e do PT, está achando do papel de José Serra nesta história. O certo é que o PSDB nunca entrou numa disputa eleitoral tão rachado como agora.
Alijado de qualquer cargo importante na direção partidária depois da sua segunda derrota na eleição presidencial, o ex-governador paulista José Serra entrou em rota de colisão com suas principais lideranças, em todos os níveis, e resolveu atear fogo no ninho tucano que discute a sucessão municipal.
Serra não quer ser o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo porque ainda sonha em se candidatar de novo à Presidência da República em 2014. Por isso mesmo, ele acha que o PSDB não tem nenhum nome viável para disputar as eleições, embora o partido tenha lançado ontem quatro pré-candidatos.
Já que sem ele os tucanos não têm candidato em condições de enfrentar Fernando Haddad, do PT, apoiado por Lula e Dilma, Serra defende que o partido faça uma aliança com o PSD do prefeito Gilberto Kassab e apóie o nome do vice-governador Guilherme Afif.
Foi o que bastou para que Pedro Tobias, presidente do diretório estadual do PSDB, perdesse a paciência com Serra. No último final de semana, quando apresentou sua tese a Tobias, Serra ouviu em resposta que se tratava de "uma completa bobagem".
Para não perder a viagem, o ex-governador arrumou também uma confusão com Paulo Mathias, presidente da Juventude do PSDB paulista. O motivo é hilário, bem ao estilo de Serra, que ficou contrariado porque uma publicação dos jovens tucanos, que circulou com apenas 94 exemplares, não citou o seu nome. A Juventude Tucana foi chamada pelo ex-candidato a presidente de "um bando de pelegos".
O comando do PSDB paulista resolveu ignorar Serra e decidiu nesta terça-feira que irá disputar as eleições com candidato próprio, marcando as prévias para janeiro, o que contraria também o governador Geraldo Alckmin, que prefere deixar a decisão para março. Neste ponto, Alckmin e Serra estão de acordo: o único jeito de enfrentar a candidatura do PT é buscar um nome de consenso capaz de unir PSDB e PSD _ e o único com este perfil é o de Guilherme Afif. Para isso, precisam se acertar com Kassab.
O imbroglio no ninho tucano ainda é uma sequela das eleições municipais de 2008, quando Serra apoiou a reeleição de Gilberto Kassab, então ainda no DEM, contra o candidato oficial tucano Alckmin, que ficou fora do segundo turno.
Como o eleitorado paulistano é historicamente dividido entre petistas e anti-petistas, os tucanos mais comedidos sabem que com os quatro pré-candidatos que apareceram até agora (José Anibal, Bruno Covas, Andrea Matarazzo e Ricardo Trípoli) o partido corre novamente o risco de ficar de fora da disputa final.
Ainda não se sabe o que Fernando Henrique Cardoso, sempre muito atento aos problemas do governo e do PT, está achando do papel de José Serra nesta história. O certo é que o PSDB nunca entrou numa disputa eleitoral tão rachado como agora.
Eu tinha certeza que Serra iria pirar de vez logo depois de perder as eleições para Dilma.
ResponderExcluirErrei. O processo da piração de Serra é lento. Mas é coerente pelo tipo de governança que ele empreendeu por onde passou: devagar, quase parando!
Go Oliveria