terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Liberdade de imprensa: para quem?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Lançado faz apenas quatro dias, com 15 mil cópias, o livro A Privataria Tucana, do meu colega Amaury Ribeiro Jr., já é o mais vendido do país e está esgotado nas livrarias. O fenômeno editorial só não teve a oportunidade ainda de aparecer nas folhas da grande imprensa.

Como trata dos malfeitos do processo de privatização promovido pelo governo anterior, envolvendo com provas e documentos a fina flor do tucanato, até o momento em que comecei a escrever este texto, no final da tarde de segunda-feira, o livro foi solenemente ignorado.



O estrondoso silêncio contrasta com o barulho das denúncias contra ministros do governo atual, que repercutem imediatamente em todos os veículos, e passam semanas nas capas e manchetes.

Se o livro do Amaury não é bom e não prova nada, que se escreva isso com todas as letras. O que não dá é para fingir que o livro, resultado de mais de dez anos de pesquisas do repórter, não existe, é um fantasma criado pela blogosfera desvairada.

Meu amigo Nirlando Beirão, colega de trabalho aqui no R7 e no Jornal da Record News, já comentou o assunto em seu blog hoje ("Conheça o livro A privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Jr.") e no telejornal com o Heródoto Barbeiro, na sexta-feira.

Volto ao tema apenas para fazer as perguntas aí do título, que já repeti mil vezes e ninguém me responde. É para isso que defendem a liberdade de imprensa com tanto fervor e chamam de censura qualquer tentativa de se regulamentar a área de comunicação social?

Trata-se do exemplo mais descarado de manipulação da informação e do tratamento seletivo das denúncias do "jornalismo investigativo" da velha imprensa.

Para quê e para quem, afinal, serve esta liberdade de imprensa pela qual todos nós lutamos durante os tempos da ditadura, que eles apoiaram, e hoje é propriedade privada de meia dúzia de barões da mídia que decidem o que devemos ou não saber?

As respostas, por favor, podem ser enviadas aqui para a área de comentários do Balaio.

3 comentários:

  1. Olá amigo!
    Quanto tempo...
    Bem. Matada as saudades vamos ao silêncio CONSTRANGEDOR daquilo que um dia pensamos ser imprensa. Aqui em Curitiba é preciso garimpar para encontrar a CARTA CAPITAL. O livro? Bem o livro o que ouço em todas as livrarias é: está em falta. O incrível é que até a revista ficava escondida debaixo da veja que virou espia. Sem contar que na banca havia no máximo um ou dois números que em seguida eram vendidos e o que se ouvia era: revista, livro, revista, livro... sobre o ESCÂNDALO
    Pois é.
    E pensar que esse livro vem provar que estamos de fato prisioneiros da ditadura dos que se chamam grupos de comunicação. Esses que se acham grandes. Grandes no absurdo de tentarem esconder tamanho escândalo.
    São cúmplices?

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  2. Sobre o livro privataria tucana, a velha não deu uma nota, sobre o livro do FHC, está no portal terra,o Gabeira falando besteira com sempre: Gabeira: FHC abriu janelas fechadas por marxismo reducionista.

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  3. Sylvia Tigre de Hollanda Cavalcanti14 de dezembro de 2011 às 12:16

    Concordo em gênero,n´mero e grau.É exatamente esta a 'liberdade de imprensa' que querem:para servir
    tão sòmente às suas conveniências!

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