Por José Dirceu, em seu blog:
A Europa e o mundo vivem como sempre viveram: em mutação. As revoltas sociais são uma resposta à iniquidade de regimes ditatoriais. Algumas são manipuladas pelos Estados Unidos e Europa; outras libertárias, apesar das tentativas de as domesticar.
Mas, no fundo, são todas revoltas necessárias e maduras - da mesma forma como são as ações dos Indignados, os protestos surgidos há semanas na Europa e em outros continentes (ainda que nestes esta resistência se faça com outros nomes) e as grandes manifestações sindicais e populares na Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda...
Mesmo as eleições em vários países, com mudanças de governos - nas 10 realizadas na Europa desde o agravamento da crise no ano passado todos os governos foram derrotados - são uma resposta à crise e não podem ser vistas como causas, muito menos como o problema do mundo atual, como faz crer este mais recente informe de Davos (Suíça), de seu Fórum Econômico Mundial, divulgado ontem.
Documento expõe medo antigo
O documento do Fórum que reúne a nata do capitalismo vem (ou retoma) com a história de que a vulnerabilidade do mundo a novos choques econômicos e revoltas sociais ameaça solapar o "progresso" conquistado pela globalização. É o principal alerta de Davos neste relatório anual (7ª edição) sobre os riscos globais trazidos pela crise.
De acordo com o documento, os crônicos desequilíbrios fiscais e a alta disparidade de renda são riscos que devem predominar nos próximos 10 anos. E Davos os considera ameaçadores ao crescimento global, já que conduzem ao nacionalismo, ao populismo e ao protecionismo no momento em que o mundo permanece vulnerável a choques financeiros sistêmicos.
Na forma genérica e simplista com que analisa e reduz a situação, o documento termina se convertendo numa tentativa ingênua de inverter o estado atual do mundo. Na prática, e de fato, só há uma causa para o status-quo mundial, a crise atual: o predomínio do capital financeiro e do poder imperial dos Estados Unidos, unido à grande banca e aos interesses econômicos, comerciais e militares que sustentam o atual modelo de governo mundial. Um modelo que precisa e vai mudar.
A Europa e o mundo vivem como sempre viveram: em mutação. As revoltas sociais são uma resposta à iniquidade de regimes ditatoriais. Algumas são manipuladas pelos Estados Unidos e Europa; outras libertárias, apesar das tentativas de as domesticar.
Mas, no fundo, são todas revoltas necessárias e maduras - da mesma forma como são as ações dos Indignados, os protestos surgidos há semanas na Europa e em outros continentes (ainda que nestes esta resistência se faça com outros nomes) e as grandes manifestações sindicais e populares na Grécia, Portugal, Espanha, Irlanda...
Mesmo as eleições em vários países, com mudanças de governos - nas 10 realizadas na Europa desde o agravamento da crise no ano passado todos os governos foram derrotados - são uma resposta à crise e não podem ser vistas como causas, muito menos como o problema do mundo atual, como faz crer este mais recente informe de Davos (Suíça), de seu Fórum Econômico Mundial, divulgado ontem.
Documento expõe medo antigo
O documento do Fórum que reúne a nata do capitalismo vem (ou retoma) com a história de que a vulnerabilidade do mundo a novos choques econômicos e revoltas sociais ameaça solapar o "progresso" conquistado pela globalização. É o principal alerta de Davos neste relatório anual (7ª edição) sobre os riscos globais trazidos pela crise.
De acordo com o documento, os crônicos desequilíbrios fiscais e a alta disparidade de renda são riscos que devem predominar nos próximos 10 anos. E Davos os considera ameaçadores ao crescimento global, já que conduzem ao nacionalismo, ao populismo e ao protecionismo no momento em que o mundo permanece vulnerável a choques financeiros sistêmicos.
Na forma genérica e simplista com que analisa e reduz a situação, o documento termina se convertendo numa tentativa ingênua de inverter o estado atual do mundo. Na prática, e de fato, só há uma causa para o status-quo mundial, a crise atual: o predomínio do capital financeiro e do poder imperial dos Estados Unidos, unido à grande banca e aos interesses econômicos, comerciais e militares que sustentam o atual modelo de governo mundial. Um modelo que precisa e vai mudar.
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