Por José Dirceu, em seu blog:
Aumenta o tom pró-intervenção no Irã. A notícia em pauta no momento é que "o Irã intensificou a produção de urânio enriquecido de alto grau nos últimos quatro meses". Ao menos, é o que afirma um suposto relatório "confidencial" da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada às Nações Unidas.
O documento seria a origem das mais novas preocupações das potências ocidentais ante a possibilidade de a república islâmica, em breve, venha a construir uma bomba atômica. O relatório da AIEA destaca que o Irã não forneceu “uma explicação convincente” sobre uma quantidade de urânio desviada dos estoques. Os diplomatas garantem que uma quantidade do metal desaparecida pode ser utilizada "para experimentos que tenham como objetivo a criação de uma ogiva nuclear".
Dizem estas mesmas fontes que o Irã teria aumentado o seu estoque de urânio enriquecido a 20% para 109 kg, de 73,7 kg em novembro. A república islâmica também teria produzido 5.451 kg de urânio enriquecido a menos de 5%, comparado com a quantidade de 4.922 kg registrados no relatório anterior da AIEA. Os inspetores disseram que o Irã elevou o número de máquinas usadas para instalar urânio no seu complexo em Natanz em 14% e que teria começado a enriquecer material no complexo Fordo, “construído dentro de uma montanha".
Meias verdades e estardalhaço
Ante tanto estardalhaço e tantas meias verdades, gostaria de recomendar o artigo "Desinformação e Guerra", de Claudia Antunes hoje, na Folha de São Paulo. Ela ressalta que o Irã não se destaca nos rankings de gastos bélicos. Seu PIB vale dois terços do orçamento militar americano.
Claudia lembra que Estados Unidos e Rússia, em contrapartida, pediram a extensão do prazo, que venceria em abril, para destruir as suas próprias armas químicas, banidas em convenção que o Irã ratificou (mas Síria e Israel, entre outros, não). E pontua que a tão propalada comissão da AIEA, conforme o combinado entre as partes, não visitaria instalações nucleares do Irã. “Este não era seu objetivo, uma vez que esses locais já são monitorados pela (própria) AIEA (coisa que nunca é dita)”.
Hegemonia dos EUA na região
A novela do Irã, na verdade, está desenhada para impedir que países que não se submetem à hegemonia norte-americana não possam deter a tecnologia nuclear - seja para fins pacíficos ou militares. Basta ver que Israel tem bombas atômicas e países com a Índia e Paquistão desenvolveram programas nucleares militares com cobertura e apoio norte-americano quando interessava armar esses países, não importando as consequências para a paz e a segurança mundial. Seus exemplos são levantados como gritos de guerra.
É bom lembrar, ainda, que esses mesmos países não firmaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Assim, toda essa farsa não passa de pretexto para atacar o Irã e por fim à única potencia regional, além da Turquia, que não se submete aos interesses da Europa e dos Estados Unidos.
Todo o resto é pretexto. Os governos chamados ocidentais convivem com ditaduras religiosas no Golfo e as sustentaram várias durante décadas, até que os povos as derrubaram. Não apenas atuam na região como sustentam os regimes ditatoriais no Golfo, inclusive apoiando intervenções militares pontuais para manter esses regimes, ou para produzir falsas transições democráticas, casos de Bahrein e Iêmen.
Aumenta o tom pró-intervenção no Irã. A notícia em pauta no momento é que "o Irã intensificou a produção de urânio enriquecido de alto grau nos últimos quatro meses". Ao menos, é o que afirma um suposto relatório "confidencial" da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada às Nações Unidas.
O documento seria a origem das mais novas preocupações das potências ocidentais ante a possibilidade de a república islâmica, em breve, venha a construir uma bomba atômica. O relatório da AIEA destaca que o Irã não forneceu “uma explicação convincente” sobre uma quantidade de urânio desviada dos estoques. Os diplomatas garantem que uma quantidade do metal desaparecida pode ser utilizada "para experimentos que tenham como objetivo a criação de uma ogiva nuclear".
Dizem estas mesmas fontes que o Irã teria aumentado o seu estoque de urânio enriquecido a 20% para 109 kg, de 73,7 kg em novembro. A república islâmica também teria produzido 5.451 kg de urânio enriquecido a menos de 5%, comparado com a quantidade de 4.922 kg registrados no relatório anterior da AIEA. Os inspetores disseram que o Irã elevou o número de máquinas usadas para instalar urânio no seu complexo em Natanz em 14% e que teria começado a enriquecer material no complexo Fordo, “construído dentro de uma montanha".
Meias verdades e estardalhaço
Ante tanto estardalhaço e tantas meias verdades, gostaria de recomendar o artigo "Desinformação e Guerra", de Claudia Antunes hoje, na Folha de São Paulo. Ela ressalta que o Irã não se destaca nos rankings de gastos bélicos. Seu PIB vale dois terços do orçamento militar americano.
Claudia lembra que Estados Unidos e Rússia, em contrapartida, pediram a extensão do prazo, que venceria em abril, para destruir as suas próprias armas químicas, banidas em convenção que o Irã ratificou (mas Síria e Israel, entre outros, não). E pontua que a tão propalada comissão da AIEA, conforme o combinado entre as partes, não visitaria instalações nucleares do Irã. “Este não era seu objetivo, uma vez que esses locais já são monitorados pela (própria) AIEA (coisa que nunca é dita)”.
Hegemonia dos EUA na região
A novela do Irã, na verdade, está desenhada para impedir que países que não se submetem à hegemonia norte-americana não possam deter a tecnologia nuclear - seja para fins pacíficos ou militares. Basta ver que Israel tem bombas atômicas e países com a Índia e Paquistão desenvolveram programas nucleares militares com cobertura e apoio norte-americano quando interessava armar esses países, não importando as consequências para a paz e a segurança mundial. Seus exemplos são levantados como gritos de guerra.
É bom lembrar, ainda, que esses mesmos países não firmaram o Tratado de Não Proliferação Nuclear. Assim, toda essa farsa não passa de pretexto para atacar o Irã e por fim à única potencia regional, além da Turquia, que não se submete aos interesses da Europa e dos Estados Unidos.
Todo o resto é pretexto. Os governos chamados ocidentais convivem com ditaduras religiosas no Golfo e as sustentaram várias durante décadas, até que os povos as derrubaram. Não apenas atuam na região como sustentam os regimes ditatoriais no Golfo, inclusive apoiando intervenções militares pontuais para manter esses regimes, ou para produzir falsas transições democráticas, casos de Bahrein e Iêmen.
Altamiro
ResponderExcluir.
Eu me admiro da retórica esquerdista que sempre se opõe a qualquer coisa que os norte-americanos fazem. Quando o mundo se viu em maus lençóis, face a loucura de Adolf Hitler, então, os Estados Unidos enviou os seus filhos para morrer na Europa, norte da África. No Oriente, o Japão também fez horrores, que não foram tão documentados como os ocorridos na Europa e União Soviética.
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Esta retórica de dizer que os iranianos não são uma ameçada é uma furada. Eles querem a bomba atômica para ameaçar a quem quer que seja. Grupos apoiados pelo Irã são claramente homicidas como Hezbolah e Hamas.
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Teu blog é altamente parcial. Nunca uma nação ameaçou de destruição tantas vezes como o Irã tem feito com Israel. – Por que você não fala um pouco disso, ou talvez não seja conveniente encarar a verdade.
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Esquerdistas parecem apoiar qualquer coisa que vá contra o estlabshment Ocidental. Sugiro que vá passar uns tempos sob o governo do Hamas, para ver como as coisas funcionam.
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Pessoas de bem esperam pela guerra do Irã para desbaratar estes islamitas homicidas.
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Existe apenas uma religião cujos seguidores se explodem em cafés, restaurantes, atiram aviões contra prédios, sequestram e matam inocentes, atiram foguetes à esmo sobre civis e que chamam a judeus de porcos e cristãos de “os que despertam a ira de Allah”.
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A tua parcialidade faz com que teus pontos de vista percam em força e credibilidade.
Rogério nada de novo do que as grandes midias divulgam. Comentário literalmente estereotipado.
ResponderExcluirRogerio e apenas um inutil com problemas mentais, o mundo certamente seria muito melhor sem facistas iguais a ele e aos NAZISionistas a qual ele apoia.
ResponderExcluirOs comentarios deste cidadão certamente foi enfiado em sua cabeça por algum jornaleco ou programeco das organizações gROBO / Veja / Foia seguindo sempre a ideologia facista da porcalhada PSDBestas.
Rogerio Schneider possui uma visão distorcida da realidade. Uma opinião que, claramente, nada mais é que um eco ao que essa midia desavergonhada e subserviente divulga. Procure se informar de verdade, amigo.
ResponderExcluirRogerio, não se faça de vítima que é feio, meu filho.
ResponderExcluirCaríssimo Rogério,
ResponderExcluirJustiça e Paz!
É lamentável o seu comentário!!! Antes de mais nada, você precisa fazer um curso de Língua Portuguesa, visto que sem o domínio do idioma que se fala não existe cidadania.
Após o curso ou aggiornamento de Português é imprescindível ler alguns livros de história. Se desejar, posso indicar alguns.
O terceiro passo é ler Filosofia, para conseguir argumentar.
Por último, peça ao bom Miro para disponibilizar comentários em viva voz, assim você descarregará as suas falhas de formação.
Mac Dowell
Nunca vi uma pessoa "de bem" apoiar uma guerra, caro Rogério. Só as bestas.
ResponderExcluirSENHORES
ResponderExcluirOS EEUU E O UNICO PAIS QUE LANÇOU A BOMBA EM CIVIS .
AGORA OS AMERICANOS QUEREM SER OS DONOS DA ETICA?
NONON
observando os argumentos do Rogério Schneider, temos aí como a mídia patronal forma o famoso papagaio de pirata...repetindo argumentos iveridicos e absolvidores dos verdadeiros bandidos e piratas da história da humanidade.Aqueles que por serem do "bem", lançaram duas bombas atômicas no séc passado, atacam quando lhes convém os asiáticos e africanos, e povos latinos que não se aliam nem se submetem ao império.Fez do planeta um video-game exterminador de quem não está do seu lado... e quem não concordar com suas posições e pechado de "esquerdista","do mal" etc...tanta burrice assim explica o estágio que o império quer nos manter: súditos calados e sempre do lado deles...os verdadeiros hipócritas e assassinos de povos...ainda bem que isto está se desmantelando celeremente...
ResponderExcluirRetórica esquerdista? será justo que israel tenha a bomba atômica, superioridade militar, reprimir os povos que quem tomou as terras, ao invés de procurar soluções pacíficas?
ResponderExcluiracho que o irã deveria ter o direito de ter a bomba, assim como israel, india, paquistão...
o único país que não deveria ter o direito de possuir a bomba é os EUA, foram os únicos que a usaram...
acho que não podemos nos deixar levar pelo brilho do tio sam e seus aliados, que paz trouxeram ao iraque? aonde está a estabilidade de afeganistão, então...
SE LIGA MANÉ!
Boa noite, fazendo menção a fatos ocorridos durante a segunda guerra, fomos educados pela televisão,( filmes, desenhos etc) que os Americanos são sempre os mocinhos da História, o "justo capitão américa que salva o mundo", mas pouco se fala sobre os crimes de guerra cometidos naquele período pelos Yankes, sem mencionar o crime nuclear de Hiroshima e Nagazaki, quantas cidades e vilas nipônicas abarrotadas de crianças, mulheres e pessoas comuns, foram calcinadas pelas bombas incendiárias lançadas pelos bombardeiros aliados?
ResponderExcluirToda guerra é estúpida, e enquanto os investimentos bélicos das nações forem superiores aos destinados para a preservação da vida estaremos fadados ao caos.
E outro ponto que gostaria de abordar trata-se sobre o tom preconceituoso do primeiro comentário em relação a Religião Islâmica, pela forma como foi colocado, aparenta que todo seguidor do Islã é assassino, sendo assim, então todo padre é pedófilo? todo pastor evangélico é estelionatário?
Clichê.