Por Altamiro Borges
O PSDB está numa verdadeira enrascada. José Serra parece decidido a não disputar a prefeitura paulistana em 2012 e, pior ainda, não desistiu de comprar a briga interna fratricida para a sucessão presidencial de 2014. Isto é que se depreende da reportagem publicada ontem (9) pelo sítio Congresso em Foco, com muito trânsito entre os caciques partidários em Brasília:
*****
Um "balão meio murcho", com o suficiente para se manter no ar e não cair no chão, mas, em contrapartida, sem uma quantidade de gás capaz de fazê-lo encher completamente e, de fato, decolar. É assim que o ex-governador de São Paulo José Serra enxerga o senador mineiro Aécio Neves como alternativa eleitoral do PSDB para a sucessão de Dilma Rousseff em 2014.
Segundo um dirigente tucano, Serra aposta que Aécio não será capaz de se colocar como contraponto a Dilma e, no final, o PSDB acabará retornando a ele como opção, por conta da sua maior experiência e recall – por já ter disputado três eleições presidenciais, e perdido todas, ele acredita que já entraria numa disputa com um patamar em torno de 20%.
(...)
Para Serra, seria uma "questão de estilo". Aécio, na imitação de perfil político que procura fazer de seu avô, Tancredo Neves, não teria a pegada necessária para ser um candidato de oposição a um governo bem avaliado. Como Aécio se recusa a ter uma postura mais agressiva, não se estabelece como um contraponto natural.
Assim, Serra pretende ficar esperando. Hoje, o partido cobra de Aécio uma postura mais ativa, uma presença maior no debate político. Mas já há quem avalie que ele, pelo seu estilo, nunca será mesmo tão agressivo quanto o PSDB gostaria. Em sua defesa, Aécio tem dito que é de fato difícil apresentar-se como contraponto a um governo muito bem avaliado. E que ainda não seria o momento de se apresentar de forma mais explícita como candidato à sucessão de Dilma.
*****
Arrogância ou medo do ex-governador?
Segundo a reportagem, esta avaliação arrogante e egocêntrica é que leva José Serra a resistir à pressão dos caciques tucanos para concorrer em São Paulo. Com isso, o PSDB pode ser forçado a disputar o concorrido pleito com um postulante inexpressivo, entre os quatro pré-candidatos que brigam na prévia do PSDB – Bruno Covas, Andrea Matarazzo, José Aníbal e Ricardo Trípoli. Ou, no pior dos mundos, os tucanos serão obrigados a ceder às manobras de Gilberto Kassab, apoiando um candidato do PSD.
O sitio do Congresso em Foco também poderia dar um desconto para o recalcado ex-governador. Afinal, Serra tem lá suas razões para temer a eleição na capital paulista. As últimas pesquisas confirmam seu elevado índice de rejeição entre os paulistanos. Além disso, Serra não confia muito em Geraldo Alckmin, que foi traído por ele nas eleições de 2008. A vingança pode ser maligna!
O PSDB está numa verdadeira enrascada. José Serra parece decidido a não disputar a prefeitura paulistana em 2012 e, pior ainda, não desistiu de comprar a briga interna fratricida para a sucessão presidencial de 2014. Isto é que se depreende da reportagem publicada ontem (9) pelo sítio Congresso em Foco, com muito trânsito entre os caciques partidários em Brasília:
*****
Um "balão meio murcho", com o suficiente para se manter no ar e não cair no chão, mas, em contrapartida, sem uma quantidade de gás capaz de fazê-lo encher completamente e, de fato, decolar. É assim que o ex-governador de São Paulo José Serra enxerga o senador mineiro Aécio Neves como alternativa eleitoral do PSDB para a sucessão de Dilma Rousseff em 2014.
Segundo um dirigente tucano, Serra aposta que Aécio não será capaz de se colocar como contraponto a Dilma e, no final, o PSDB acabará retornando a ele como opção, por conta da sua maior experiência e recall – por já ter disputado três eleições presidenciais, e perdido todas, ele acredita que já entraria numa disputa com um patamar em torno de 20%.
(...)
Para Serra, seria uma "questão de estilo". Aécio, na imitação de perfil político que procura fazer de seu avô, Tancredo Neves, não teria a pegada necessária para ser um candidato de oposição a um governo bem avaliado. Como Aécio se recusa a ter uma postura mais agressiva, não se estabelece como um contraponto natural.
Assim, Serra pretende ficar esperando. Hoje, o partido cobra de Aécio uma postura mais ativa, uma presença maior no debate político. Mas já há quem avalie que ele, pelo seu estilo, nunca será mesmo tão agressivo quanto o PSDB gostaria. Em sua defesa, Aécio tem dito que é de fato difícil apresentar-se como contraponto a um governo muito bem avaliado. E que ainda não seria o momento de se apresentar de forma mais explícita como candidato à sucessão de Dilma.
*****
Arrogância ou medo do ex-governador?
Segundo a reportagem, esta avaliação arrogante e egocêntrica é que leva José Serra a resistir à pressão dos caciques tucanos para concorrer em São Paulo. Com isso, o PSDB pode ser forçado a disputar o concorrido pleito com um postulante inexpressivo, entre os quatro pré-candidatos que brigam na prévia do PSDB – Bruno Covas, Andrea Matarazzo, José Aníbal e Ricardo Trípoli. Ou, no pior dos mundos, os tucanos serão obrigados a ceder às manobras de Gilberto Kassab, apoiando um candidato do PSD.
O sitio do Congresso em Foco também poderia dar um desconto para o recalcado ex-governador. Afinal, Serra tem lá suas razões para temer a eleição na capital paulista. As últimas pesquisas confirmam seu elevado índice de rejeição entre os paulistanos. Além disso, Serra não confia muito em Geraldo Alckmin, que foi traído por ele nas eleições de 2008. A vingança pode ser maligna!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente: