Por Altamiro Borges
Em seu artigo no Estadão de hoje (4), o ex-presidente FHC volta a falar sobre o lamentável leilão dos aeroportos patrocinado pelo governo Dilma Rousseff. Num texto provocativo, ele questiona as “justificativas envergonhadas por parte de dirigentes petistas, segundo os quais ‘concessões’ não são privatizações, como se ambas não fossem modalidades do mesmo processo”.
Além de tirar um sarro sobre a terminologia, o egocêntrico aproveita para se jactar dos seus feitos. Ele se acha o máximo, pensa que é Deus! Para ele, as privatizações feitas pelo seu governo “modernizaram” o país. Ele cita, por exemplo, o “obsoleto parque siderúrgico”, mas não diz que o setor foi entregue a preço de banana e que hoje o Brasil exporta ferro e importa trilhos.
Um narcisista patético
FHC também menciona as telecomunicações como exemplo de eficiência. Talvez ele desconheça que as teles são as recordistas em reclamação no Procon. E ainda tem a pachorra de falar na Petrobras, que seu governo tentou privatizar – até gastou uma fortuna para mudar o nome da estatal para Petrobrax. Cínico, FHC até hoje nega a intenção, apesar dos documentos oficiais que provam o contrário.
Ao final, num malabarismo grotesco, FHC afirma que é o grande responsável pela atual fase de desenvolvimento do Brasil. Pena que os eleitores não perceberam esta proeza e expulsaram os tucanos do Palácio de Planalto em três eleições consecutivas. Na maior caradura, o ex-presidente rejeitado e detestado pelo povo brasileiro encerra o artigo de forma patética:
E os milhões nos paraísos fiscais?
“Os que criticam as privatizações são os mesmos que se gabam dessas empresas e de sermos hoje a quinta economia do mundo. Esquecem-se de que isso se deve em muito ao que sempre criticaram: além das privatizações, o Plano Real, o Proer, a Lei de Responsabilidade Fiscal, enfim, a modernização do Estado e da economia”.
Ao invés de se jactar dos seus feitos, FHC poderia usar o generoso espaço cedido pelo Estadão para retrucar as críticas feitas por Amaury Ribeiro no livro “A privataria tucana”. Ele poderia tentar explicar, por exemplo, como a filha, o genro e o ex-tesoureiro do seu ministro José Serra conseguiram desviar milhões das privatizações para os paraísos fiscais. FHC sabia do esquema ou não?
*****
Leia também:
- A faxina da privataria tucana
- Quem é quem na privataria tucana?
- 2011: o ano da privataria tucana
- Serra e as privatizações. Cadê a filha?
- A privataria tucana e o escândalo Serra
Em seu artigo no Estadão de hoje (4), o ex-presidente FHC volta a falar sobre o lamentável leilão dos aeroportos patrocinado pelo governo Dilma Rousseff. Num texto provocativo, ele questiona as “justificativas envergonhadas por parte de dirigentes petistas, segundo os quais ‘concessões’ não são privatizações, como se ambas não fossem modalidades do mesmo processo”.
Além de tirar um sarro sobre a terminologia, o egocêntrico aproveita para se jactar dos seus feitos. Ele se acha o máximo, pensa que é Deus! Para ele, as privatizações feitas pelo seu governo “modernizaram” o país. Ele cita, por exemplo, o “obsoleto parque siderúrgico”, mas não diz que o setor foi entregue a preço de banana e que hoje o Brasil exporta ferro e importa trilhos.
Um narcisista patético
FHC também menciona as telecomunicações como exemplo de eficiência. Talvez ele desconheça que as teles são as recordistas em reclamação no Procon. E ainda tem a pachorra de falar na Petrobras, que seu governo tentou privatizar – até gastou uma fortuna para mudar o nome da estatal para Petrobrax. Cínico, FHC até hoje nega a intenção, apesar dos documentos oficiais que provam o contrário.
Ao final, num malabarismo grotesco, FHC afirma que é o grande responsável pela atual fase de desenvolvimento do Brasil. Pena que os eleitores não perceberam esta proeza e expulsaram os tucanos do Palácio de Planalto em três eleições consecutivas. Na maior caradura, o ex-presidente rejeitado e detestado pelo povo brasileiro encerra o artigo de forma patética:
E os milhões nos paraísos fiscais?
“Os que criticam as privatizações são os mesmos que se gabam dessas empresas e de sermos hoje a quinta economia do mundo. Esquecem-se de que isso se deve em muito ao que sempre criticaram: além das privatizações, o Plano Real, o Proer, a Lei de Responsabilidade Fiscal, enfim, a modernização do Estado e da economia”.
Ao invés de se jactar dos seus feitos, FHC poderia usar o generoso espaço cedido pelo Estadão para retrucar as críticas feitas por Amaury Ribeiro no livro “A privataria tucana”. Ele poderia tentar explicar, por exemplo, como a filha, o genro e o ex-tesoureiro do seu ministro José Serra conseguiram desviar milhões das privatizações para os paraísos fiscais. FHC sabia do esquema ou não?
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O Sr. FHC deveria explicar ao povo quais os motivos de esconder, durante tanto tempo, a compra do apartamento em Paris. Se a compra do imóvel teve origem legal porque esconder?
ResponderExcluirSe o PT e o Governo Dilma quisessem, a CPI da Privataria seria o palco para o FHC e a famiglia Serra se explicarem sobre as denúncias documentadas no livro de Amaury Ribeiro Jr.
ResponderExcluirMas nem o PT, nem Dilma tiveram esta coragem cívica. Deixem o FHC escrever sua história, com a conivência dos petistas.