Por Altamiro Borges
Há quase duas semanas, José Serra é presença obrigatória na mídia paulista. É capa dos jornalões e figura de destaque nas tevês. Em meio a esta amplíssima exposição, o Datafolha divulga hoje uma pesquisa – feita entre quinta e sexta-feira – em que o eterno candidato tucano surge como franco favorito para a eleição paulistana. Mera coincidência ou mais uma manipulação grotesca?
Um momento bem oportuno
Segundo o Datafolha – também conhecido como DataSerra –, o pré-candidato do PSDB subiu nove pontos na comparação com a pesquisa anterior, de janeiro, e atinge 30% das intenções de voto. É quase imbatível! Em segundo lugar surge Celso Russomanno (PRB), com 19%; em terceiro, Netinho de Paula (PCdoB), com 10%. O petista Fernando Haddad obtém apenas 3% da preferência.
Como a própria reportagem da Folha reconhece, a pesquisa “foi feita na semana em que Serra teve muita exposição devido ao anúncio de que queria concorrer. Isso ajuda a explicar o crescimento de 2% para 12% em sua intenção de voto espontânea (quando não é apresentado ao eleitor o nome de nenhum candidato)”. Mesmo assim, a Folha fez estardalhaço na sua manchete.
Objetivos matreiros da pesquisa
A pesquisa cumpre vários objetivos. De cara, ela ajuda a enterrar os dois pré-candidatos que disputarão a prévia do PSDB, adiada para 25 de março. Pode ser até que José Anibal e Ricardo Tripoli desistam antes da data marcada para o espetáculo circense – outros dois “flanelinhas”, Andrea Matarazzo e Bruno Covas, já deixaram o lugar vago para o caudilho tucano.
O DataSerra também contribui para as articulações políticas do ex-governador, que se atrasou na definição da sua candidatura – já que ele mesmo considera a prefeitura paulistana um “enterro”. A pesquisa ainda ajuda a pavimentar alianças com os partidos pragmáticos, que costumam apostar no “cavalo ganhador”, e a garantir apoios, principalmente financeiros.
Calcanhar de Aquiles do eterno candidato
Mas nem tudo são flores para o pré-candidato do PSDB. A pesquisa confirmou sua alta rejeição, que oscilou de 33% para 30%, dentro da margem de erro. Ela também aponta que Serra é o mais conhecido do eleitorado (99% sabem quem ele é), enquanto outros ainda são desconhecidos – desvantagem que durante o horário eleitoral na rádio e televisão tende a ser superada.
Para piorar, a pesquisa expôs seu calcanhar de Aquiles. 76% dos entrevistados se lembram que Serra abandonou a prefeitura em 2006, após assinar um documento jurando que não trairia seus eleitores; e 66% acham que ele vai deixar novamente a cidade para concorrer à presidência em 2014. Será que, mesmo assim, o paulistano vai votar num mentiroso contumaz?
*****
Leia também:
- Folha declara apoio a José Serra
- Kassab incendeia: Serra sairá do PSDB
- Serra desafia a inteligência do paulistano
- Tiririca e os "palhaços" do PSDB
- Socuerro. Serra levanta da cripta!
Há quase duas semanas, José Serra é presença obrigatória na mídia paulista. É capa dos jornalões e figura de destaque nas tevês. Em meio a esta amplíssima exposição, o Datafolha divulga hoje uma pesquisa – feita entre quinta e sexta-feira – em que o eterno candidato tucano surge como franco favorito para a eleição paulistana. Mera coincidência ou mais uma manipulação grotesca?
Um momento bem oportuno
Segundo o Datafolha – também conhecido como DataSerra –, o pré-candidato do PSDB subiu nove pontos na comparação com a pesquisa anterior, de janeiro, e atinge 30% das intenções de voto. É quase imbatível! Em segundo lugar surge Celso Russomanno (PRB), com 19%; em terceiro, Netinho de Paula (PCdoB), com 10%. O petista Fernando Haddad obtém apenas 3% da preferência.
Como a própria reportagem da Folha reconhece, a pesquisa “foi feita na semana em que Serra teve muita exposição devido ao anúncio de que queria concorrer. Isso ajuda a explicar o crescimento de 2% para 12% em sua intenção de voto espontânea (quando não é apresentado ao eleitor o nome de nenhum candidato)”. Mesmo assim, a Folha fez estardalhaço na sua manchete.
Objetivos matreiros da pesquisa
A pesquisa cumpre vários objetivos. De cara, ela ajuda a enterrar os dois pré-candidatos que disputarão a prévia do PSDB, adiada para 25 de março. Pode ser até que José Anibal e Ricardo Tripoli desistam antes da data marcada para o espetáculo circense – outros dois “flanelinhas”, Andrea Matarazzo e Bruno Covas, já deixaram o lugar vago para o caudilho tucano.
O DataSerra também contribui para as articulações políticas do ex-governador, que se atrasou na definição da sua candidatura – já que ele mesmo considera a prefeitura paulistana um “enterro”. A pesquisa ainda ajuda a pavimentar alianças com os partidos pragmáticos, que costumam apostar no “cavalo ganhador”, e a garantir apoios, principalmente financeiros.
Calcanhar de Aquiles do eterno candidato
Mas nem tudo são flores para o pré-candidato do PSDB. A pesquisa confirmou sua alta rejeição, que oscilou de 33% para 30%, dentro da margem de erro. Ela também aponta que Serra é o mais conhecido do eleitorado (99% sabem quem ele é), enquanto outros ainda são desconhecidos – desvantagem que durante o horário eleitoral na rádio e televisão tende a ser superada.
Para piorar, a pesquisa expôs seu calcanhar de Aquiles. 76% dos entrevistados se lembram que Serra abandonou a prefeitura em 2006, após assinar um documento jurando que não trairia seus eleitores; e 66% acham que ele vai deixar novamente a cidade para concorrer à presidência em 2014. Será que, mesmo assim, o paulistano vai votar num mentiroso contumaz?
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- Serra desafia a inteligência do paulistano
- Tiririca e os "palhaços" do PSDB
- Socuerro. Serra levanta da cripta!
O índice de 30% permite um quase “já ganhou” que a mídia não perderia a oportunidade de alardear.
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Quando morei no Maranhão, perguntei ao pobrérrimo camareiro do hoteleco por que ele havia votado em José Sarney. Ele respondeu:’por que ele sempre ganha”.
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As pesquisas são essenciais em influenciar a maioria do povo brasileiro, cuja opinião ainda é a do telejornal da Globo.
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Povo que lê pouco não tem o que falar; é gado.
Os estrategistas do PIG estão muito acelerados. Buscam expor ao máximo seu candidato. Apelam às mais cinínicas técnicas para distorcer a informação. Esse medo está estribado nas últimas derrotas obtidas por seu candidato. Além disso, o fato de ser muito conhecido sustenta os percentuais de rejeição. Há grande ansiedade e medo. Pode até ser que Cerra desista, dependendo de seu orgulho. Não há como tirar leite de pedra. O PIG logo vai esconder o Cerra para atacar os demais candidatos.Ele não pode ficar muito exposto. Seu discurso prenuncia falsidade, incompetência ou alguma doença neurológica. Não sabe nem nome do país em que vive.
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