Por Altamiro Borges
"Ameaça velada à liberdade de imprensa"
Na quinta-feira (17), integrantes da CPI do Cachoeira
tentaram aprovar um requerimento solicitando que a Polícia Federal encaminhe todas
as escutas telefônicas em que é citado Policarpo Junior, redator-chefe da Veja.
A proposta gerou bate-boca na comissão. De imediato, a senadora Kátia Abreu
(PSD-TO) rejeitou a proposta e justificou as relações do jornalista com o crime
organizado.
“Às vezes as informações estão no inferno. O jornalista
precisa ir até as profundezas do inferno para buscar a informação”, reagiu a senadora
ruralista, que preside a Confederação Nacional da Agricultura (CNA). De
inferno, a ex-demo entende um bocado!
"Ameaça velada à liberdade de imprensa"
Kátia Abreu teve o apoio inconteste do senador tucano Álvaro
Dias, que adora esbravejar sobre ética. Para ele, a convocação do chefão da Veja
“é uma ameaça velada à liberdade de imprensa”. Já o senador Pedro Taques
(PDT-MT), o novo queridinho da mídia que deve fazer Leonel Brizola revirar na
cova, afirmou que o requerimento “se revela como vingança, um autoritarismo”.
Diante da forte reação da tropa de choque da Veja, o relator
da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), que havia encaminhado o voto favorável ao
requerimento, recuou rapidamente. O pedido para o envio das escutas telefônicas,
apresentado pelo senador Fernando Collor de Mello e apoiado pela própria
bancada petista, acabou nem sendo votado.
O acordão dos barões da mídia
Há um grande esforço para blindar a revista Veja, evitando
que Policarpo Jr. e o capo da publicação, Bob Civita, sejam chamados para depor
na CPI. Na semana passada, executivos do Grupo Abril e da Rede Globo circularam
em Brasília com esta missão sinistra. Há um pacto entre os barões da mídia para abortar
a convocação e eles já contam com a sua tropa de choque no Congresso Nacional.
Mas o tema ainda deve render vários bate-bocas na CPI. Em
seminário nacional realizado em Porto Alegre, o PT decidiu investir na convocação
de Policarpo Jr. e Bob Civita. Em carta divulgada ao final do evento, o partido
defende a apuração das ligações “entre o crime organizado e
alguns órgãos de imprensa”. O texto rechaça a tese de que a apuração representa
um ataque à liberdade de expressão, “como tentam confundir setores da mídia
conservadora”.
Ocupando o espaço de Demóstenes
A ruralista Kátia Abreu, o tucano Álvaro Dias e os “pedetistas”
Pedro Taques e Miro Teixeira terão muito trabalho para defender a Veja. É certo
que ganharão mais algum espaço na principal revista da direita brasileira, hoje
também acusada de associação com o crime organizado. Eles poderão ocupar a vaga
deixada por Demóstenes Torres, que sempre gozou de prestígio nas páginas da
Veja.
A mesma linguagem do Caiado.
ResponderExcluirBoa substituta,quanto ao PSD, tenha a santa paciência, esse barco abarca tudo. Tirem o S daí.
Engraçado que a Veja/mídia é infernalmente eficiente e ainda não publicou uma reportagem de capa mostrando as grilagens dela e maracutaias deles dois.
ResponderExcluirPara a CPMI avançar, é preciso que essa corja que defende o crime organizado saia de lá!
ResponderExcluirLá tá cheio de "parlamentares" envolvidos com a Veja.
E como os Demos entendem de inferno! Basta ver o inferno que eles criaram - junto com o parceiro PSDB - no transporte público de São Paulo. Agora, já não é mais a população sofrida da zona sul - do M'boi Mirim, por exemplo - para quem caminhar é mais rápido que pegar os ônibus entupidos, quentes, e aos pedaços... O Metrô tornou-se um risco, um perigo!!!!Eles sabem infernizar a vida dos paulistanos. E como sabem!
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