Por Altamiro Borges
A mídia demotucana é bastante seletiva no seu gosto por Comissões Parlamentares de Inquérito. Contra o ex-presidente Lula, ela apoiou todas as CPIs e ainda pautou a oposição de direita na sua onda denuncista. Já contra os governos tucanos de São Paulo, ela nunca repercutiu os quase cem pedidos de investigação engavetados pela Assembléia Legislativa. Ela também evita falar sobre o pedido de criação da comissão para apurar a privataria tucana. Já no caso da atual CPI do Cachoeira, a sua posição é dúbia, errática.
Num primeiro momento, a mídia sensacionalista tentou abortar sua criação. É como se não acreditasse que Demóstenes Torres, o ex-demo tão bajulado pela chamada grande imprensa, estivesse envolvido com o mafioso Carlinhos Cachoeira. A mídia demorou para abordar o assunto tão espinhoso e embaraçoso. Na sequência, ela procurou desviar o foco, atirando para todos os lados. Agora, porém, ela faz de tudo para desmoralizar a CPI, num esforço nada sutil para enterrá-la rapidamente.
A baixa produtividade da Folha
Neste domingo (20), a Folha apresentou um balanço bastante negativo da CPI do Cachoeira. “Investigação no Congresso é a mais lenta em 20 anos”, destacou no título. “Nunca antes, em seus primeiros 15 dias de trabalho (descontados fins de semana, feriados e recessos), uma comissão ouviu tão poucos envolvidos e demorou tanto para tomar seu primeiro depoimento público”. Segundo o jornal, a “produtividade” da CPI é muito baixa e as investigações correm o sério risco de não dar em nada.
Em editorial, a Folha se apressa em prenunciar que este “final infeliz” decorre de um “acordo espúrio que confirma prognósticos de omissão e cumplicidade nos mal iniciados trabalhos da CPI”. Ela até critica a postura do senador tucano Álvaro Dias, que sabota a convocação do governador Marconi Perillo (PSDB-GO). “Se houver deliberação a respeito do Perillo, vamos dar o troco”, reagiu o tucano. Mas, para a Folha, o “acórdão” visa também salvar os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
Visão conspirativa do Estadão
No mesmo rumo, o Estadão também já decretou o fiasco total da CPI do Cachoeira. O jornal sempre avaliou que a atual comissão foi orquestrada pelo ex-presidente Lula com o intento “revanchista” de se vingar de seus adversários políticos, de castrar a sagrada a “liberdade de imprensa” e de desviar o foco do julgamento do chamado “mensalão do PT” no Supremo Tribunal Federal (STF). Na prática, o jornalão sempre teve medo dos desdobramentos da CPI. Agora, ele tenta desmoralizá-la.
A pressa da mídia demotucana para enterrar a CPI do Cachoeira, porém, ainda não afetou seus integrantes. Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a comissão segue seu ritmo normal, buscando evitar precipitações e equívocos na tramitação. A cada gravação da Polícia Federal que é revelada – como ocorreu neste final de semana no programa Domingo Espetacular da TV Record –, a mídia fica ainda mais desesperada.
A mídia demotucana é bastante seletiva no seu gosto por Comissões Parlamentares de Inquérito. Contra o ex-presidente Lula, ela apoiou todas as CPIs e ainda pautou a oposição de direita na sua onda denuncista. Já contra os governos tucanos de São Paulo, ela nunca repercutiu os quase cem pedidos de investigação engavetados pela Assembléia Legislativa. Ela também evita falar sobre o pedido de criação da comissão para apurar a privataria tucana. Já no caso da atual CPI do Cachoeira, a sua posição é dúbia, errática.
Num primeiro momento, a mídia sensacionalista tentou abortar sua criação. É como se não acreditasse que Demóstenes Torres, o ex-demo tão bajulado pela chamada grande imprensa, estivesse envolvido com o mafioso Carlinhos Cachoeira. A mídia demorou para abordar o assunto tão espinhoso e embaraçoso. Na sequência, ela procurou desviar o foco, atirando para todos os lados. Agora, porém, ela faz de tudo para desmoralizar a CPI, num esforço nada sutil para enterrá-la rapidamente.
A baixa produtividade da Folha
Neste domingo (20), a Folha apresentou um balanço bastante negativo da CPI do Cachoeira. “Investigação no Congresso é a mais lenta em 20 anos”, destacou no título. “Nunca antes, em seus primeiros 15 dias de trabalho (descontados fins de semana, feriados e recessos), uma comissão ouviu tão poucos envolvidos e demorou tanto para tomar seu primeiro depoimento público”. Segundo o jornal, a “produtividade” da CPI é muito baixa e as investigações correm o sério risco de não dar em nada.
Em editorial, a Folha se apressa em prenunciar que este “final infeliz” decorre de um “acordo espúrio que confirma prognósticos de omissão e cumplicidade nos mal iniciados trabalhos da CPI”. Ela até critica a postura do senador tucano Álvaro Dias, que sabota a convocação do governador Marconi Perillo (PSDB-GO). “Se houver deliberação a respeito do Perillo, vamos dar o troco”, reagiu o tucano. Mas, para a Folha, o “acórdão” visa também salvar os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
Visão conspirativa do Estadão
No mesmo rumo, o Estadão também já decretou o fiasco total da CPI do Cachoeira. O jornal sempre avaliou que a atual comissão foi orquestrada pelo ex-presidente Lula com o intento “revanchista” de se vingar de seus adversários políticos, de castrar a sagrada a “liberdade de imprensa” e de desviar o foco do julgamento do chamado “mensalão do PT” no Supremo Tribunal Federal (STF). Na prática, o jornalão sempre teve medo dos desdobramentos da CPI. Agora, ele tenta desmoralizá-la.
A pressa da mídia demotucana para enterrar a CPI do Cachoeira, porém, ainda não afetou seus integrantes. Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), a comissão segue seu ritmo normal, buscando evitar precipitações e equívocos na tramitação. A cada gravação da Polícia Federal que é revelada – como ocorreu neste final de semana no programa Domingo Espetacular da TV Record –, a mídia fica ainda mais desesperada.
Medo da CPI da Mídia
Com a quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos com o crime organizado, novas bombas devem aparecer nos próximos dias. A mídia privada, que também está no banco de réus nesta CPI, teme pelas novidades. Na verdade, ela é que fez um "acordão espúrio" para proteger a revista Veja, temendo os respingos da apuração. Para ela, o ideal seria encerrar logo os trabalhos da CPI do Cachoeira, para que ele não se transforme também numa CPI da Mídia.
Na capa da última edição, Veja chamou a CPI do Cachoeira de "CPI do Fracasso".
ResponderExcluirAh se o brasileiro lesse todo dia a verdade sobre essa mídia "cínica, demagógica, mercenária e corrupta"... Acho que o número de suicídios aumentaria, pelo desespero de ter sido tão enganado! Mas as coisas vão se "acertando", mesmo por que a verdade não fica encoberta para sempre. Que a CPI não dê moleza à Kátia Abreu nem a Álvaro Dias os principais defensores desta mídia de esgoto - de jornalistas e donos de mídia corruptos.
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