Por Altamiro Borges
Em seu sítio nacional, o Partido Verde anunciou hoje à tarde
que pode abandonar o ninho de José Serra:
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Dirigentes nacionais e integrantes da executiva municipal de
São Paulo reúnem-se na noite desta terça-feira para reavaliar o apoio declarado
à candidatura de José Serra na corrida à prefeitura paulista. O PV sente-se
alijado do processo de escolha da vaga de vice-prefeito na chapa tucana.
Eduardo Jorge, ex-secretário do verde e do meio ambiente de São Paulo, que
desincompatibilizou-se do cargo no último dia 1º de junho, era um dos nomes
mais cotados para assumir a vaga. Para interlocutores do PV a escolha foi feita
a portas fechadas e desconsiderado o que havia sido pactuado ao longo de todo o
processo.
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A ameaça do PV, principalmente da sua seção paulista, não
deve ser levada muito a sério. Afinal, o partido é conhecido por seu
pragmatismo – para não dizer oportunismo. Ele não tem nada de “verde”. Marina
Silva conhece bem as “convicções” da sigla em São Paulo. A própria nota,
bastante lacônica, afirma que a reavaliação da política de aliança decorre do
desrespeito ao “que havia sido pactuado ao longo de todo o processo”. O que foi
acertado com Serra? O que está faltando no acordo “as portas fechadas”?
Apesar disso, a nota confirma as dificuldades na coligação
de José Serra – que a mídia demotucana evita dar manchete. A escolha do vice de
Serra, num conluio com o prefeito da capital paulista, só atiçou as brigas. O
moribundo DEM, mais uma vez humilhado pelo PSD do ex-demo Gilberto Kassab, está
insatisfeito. O PV resolveu chiar. E os próprios tucanos se bicam de forma
sangrenta e explícita. O governador Geraldo Alckmin teme nova traição de Serra,
que hoje faria o jogo dos “cupins” do PSD. A coisa está feia!
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