terça-feira, 3 de julho de 2012

Verdes ameaçam abandonar Serra

Por Altamiro Borges

Em seu sítio nacional, o Partido Verde anunciou hoje à tarde que pode abandonar o ninho de José Serra:

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Dirigentes nacionais e integrantes da executiva municipal de São Paulo reúnem-se na noite desta terça-feira para reavaliar o apoio declarado à candidatura de José Serra na corrida à prefeitura paulista. O PV sente-se alijado do processo de escolha da vaga de vice-prefeito na chapa tucana. Eduardo Jorge, ex-secretário do verde e do meio ambiente de São Paulo, que desincompatibilizou-se do cargo no último dia 1º de junho, era um dos nomes mais cotados para assumir a vaga. Para interlocutores do PV a escolha foi feita a portas fechadas e desconsiderado o que havia sido pactuado ao longo de todo o processo.


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A ameaça do PV, principalmente da sua seção paulista, não deve ser levada muito a sério. Afinal, o partido é conhecido por seu pragmatismo – para não dizer oportunismo. Ele não tem nada de “verde”. Marina Silva conhece bem as “convicções” da sigla em São Paulo. A própria nota, bastante lacônica, afirma que a reavaliação da política de aliança decorre do desrespeito ao “que havia sido pactuado ao longo de todo o processo”. O que foi acertado com Serra? O que está faltando no acordo “as portas fechadas”?

Apesar disso, a nota confirma as dificuldades na coligação de José Serra – que a mídia demotucana evita dar manchete. A escolha do vice de Serra, num conluio com o prefeito da capital paulista, só atiçou as brigas. O moribundo DEM, mais uma vez humilhado pelo PSD do ex-demo Gilberto Kassab, está insatisfeito. O PV resolveu chiar. E os próprios tucanos se bicam de forma sangrenta e explícita. O governador Geraldo Alckmin teme nova traição de Serra, que hoje faria o jogo dos “cupins” do PSD. A coisa está feia! 

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