Por Altamiro Borges
Ele mesmo confessou que ingressou na política pelas mãos do
mafioso, segundo escutas telefônicas da Operação Monte Carlo. Na conversa
grampeada pela Polícia Federal, Cachoeira afirma: “Fui eu que te pus na
suplência, nessa secretaria, fui eu. Você sabe muito bem disso”. E o demo responde
servilmente: “Carlinhos, deixa eu te falar um negócio procê. Pensa um cara que
nunca teria, enfim, encontrado um governo, que nunca teria sido bosta nenhuma,
cara. Você tá falando com esse cara”.
Até o DEM está preocupado
Nem bem o ex-senador Demóstenes Torres, o “cão sarnento”,
limpou o gabinete em Brasília, e o empresário Wilder Morais, o seu suplente do
DEM de Goiás, já tomou posse. Segundo a Agência Brasil, ele foi empossado hoje
(13) “em uma sessão esvaziada com apenas quatro parlamentares no plenário”. Mas,
pelo jeito, a sua vida no Senado não será tão tranquila assim. O novo demo já se
encontra no inferno. Pesam contra ele inúmeras denúncias de envolvimento com a
mesma quadrilha de Carlinhos Cachoeira.
Íntimas relações com o mafioso
As íntimas relações entre o empresário e o mafioso afetaram
inclusive as suas vidas conjugais. Andressa Mendonça se separou de Wilder
Morais, após seis anos de matrimônio, para se casar com Carlinhos Cachoeira. Principal
acionista da Orca Construtora, que possui shopping centers em Goiânia,
Anápolis, Uberaba e Medellín (Colômbia), ele doou R$ 700 mil para a eleição de
Demóstenes Torres em 2010. Segundo a Justiça Eleitoral, ele foi o segundo maior
doador de campanha do ex-senador.
Com patrimônio declarado de R$ 14,4 milhões e
sócio-proprietário de 24 empresas, o rico empresário também é muito ligado ao
governador tucano Marconi Perillo, outro suspeito de envolvimento com a máfia
de Cachoeira. Em janeiro de 2011, Wilder foi nomeado secretário de Infraestrutura
do governo do PSDB. Ainda pesam contra ele acusações de ter omitido parte dos
seus bens na prestação de contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo
reportagem do jornal O Globo.
As revelações destes vínculos já causaram constrangimento em
Brasília. Para o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), “o fato de ter sido
indicado para a suplência por Cachoeira é uma suspeição evidente. Não acho
justo prejulgar, mas os fatos falam mais alto. Na hora que você toma posse, se
submete à luz do sol”. Já para o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, os
indícios são graves. “A nossa obrigação é colher explicações na CPI ou no
Conselho de Ética, se necessário for”.
Até o DEM, mais sujo do que pau de galinheiro, está
escaldado. O presidente do partido, senador Agripino Maia (RN), já disse que cobrará
explicações do empresário. O demo também quer que ele esclareça as denúncias de
que omitiu bens em suas declarações ao Tribunal Superior Eleitoral e à Receita
Federal. Estas cobranças inclusive já incomodaram o novo senador. Circulam
boatos de que Wilder Morais até poderá deixar o DEM para ingressar no PSD de
Gilberto Kassab. Os demos realmente estão no inferno!
Desde a criação do mundo!!! KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirPô, ao contrário do Demóstenes "Herói da veja", este aí é réu confesso! É esse tipo de elemento que a direitona-burra tem a oferecer ao país: Arruda, Roriz, ACMs, Demóstenes...
ResponderExcluirDepois não entendem porque apanham nas urnas.
No momento, a prioridade 1 da direita e seu braço midiático é abafar a CPI do Cachoeira, antes que o Paulo Preto e outros levem o Serra para o centro do palco. É um dominó, e as peças estão caindo, para desespero dos Reis do Esgoto de plantão...
Temos que caçar todo mundo.
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