Por Renato Rovai, em seu blog:
O debate realizado na noite de ontem pela RedeTV e pelo jornal Folha de S.Paulo teve uma audiência pífia, marcou apenas 3 pontos no Ibope. A média que a RedeTV possui aos domingos, no mesmo horário, é de 10 pontos. A emissora ficou apenas em quarto lugar, com menos de um terço da audiência do terceiro lugar, o SBT (10 pontos). Ou seja, poucas pessoas o assistiram e dificilmente ele vai impactar nos futuros resultados das pesquisas eleitorais.
Porém, do ponto de vista psicológico eleitoral, ele teve um grande significado. O candidato do PSDB, José Serra, se comportou e foi tratado como um “nanicão”. O que é o “nanicão”?
O “nanicão” é um candidato um pouco maior que o candidato nanico. Quais são os candidatos nanicos? Levy Fidélix e Eymael são dois exemplos. Sempre disputam todas as eleições e sabem que suas chances são inexistentes. Porém, cumprem um papel de coadjuvantes no processo eleitoral e mantêm a legenda partidária, que lhes garantem tempo de TV para acordos políticos em diversas cidades brasileiras.
No caso de Serra, seu papel não é esse e por isso ele não pode ser chamado só de nanico. Entretanto, durante o debate ficou claro que seus principais concorrentes não o tratavam como o principal adversário. Por exemplo, no bloco de perguntas entre candidatos, vários preferiram perguntar a outros do que a Serra. Em outros tempos ele seria o primeiro escolhido para o enfrentamento. Seria o alvo preferencial de todos. Não foi isso que aconteceu ontem.
Russomano e Haddad não o trataram como o adversário a ser batido. Além disso, nos únicos confrontos que teve, com Chalita e Giannazi, o tucano saiu derrotado.
No embate com o candidato do PMDB, Serra tentou insinuar que o peemedebista era mentiroso. Quando Chalita teve direito à palavra lançou logo um Paulo Preto e um Aref na testa do tucano, deixando-o completamente grogue. Gianazzi também não perdeu a oportunidade de mandar o Privataria Tucana no pescoço de Serra.
Quanto aos outros candidatos, a situação deve permanecer inalterada.
Russomanno cometeu algumas gafes que podem ser utilizadas na internet e em outros momentos da campanha. Por exemplo, o candidato do PRB afirmou que seu partido “aceita até candidatos homossexuais”, veja bem, “ATÉ”. Ato falho que permite um grande debate sobre o posicionamento de Russomanno nessa seara da orientação sexual.
O candidato do PRB também afirmou que a Igreja Universal não é a dona do PRB. Quando até as quase inexistentes esquinas de Brasília sabem que isso é mentira. Hoje a Universal controla o PRB da mesma forma que controla a Rede Record e o jornal Folha Universal. Ou seja, faz de conta que é algo mais amplo, mas tudo precisa passar pelo crivo da igreja.
Enfim, o debate de ontem não muda a situação eleitoral na cidade de São Paulo, mas pode ter sido a pá de cal que faltava para enterrar as pretensões de Serra chegar ao segundo turno.
A constatação óbvia do debate de ontem é que o tucano está sem pegada, sem discurso e sem condições de se reabilitar.
O “nanicão” é um candidato um pouco maior que o candidato nanico. Quais são os candidatos nanicos? Levy Fidélix e Eymael são dois exemplos. Sempre disputam todas as eleições e sabem que suas chances são inexistentes. Porém, cumprem um papel de coadjuvantes no processo eleitoral e mantêm a legenda partidária, que lhes garantem tempo de TV para acordos políticos em diversas cidades brasileiras.
No caso de Serra, seu papel não é esse e por isso ele não pode ser chamado só de nanico. Entretanto, durante o debate ficou claro que seus principais concorrentes não o tratavam como o principal adversário. Por exemplo, no bloco de perguntas entre candidatos, vários preferiram perguntar a outros do que a Serra. Em outros tempos ele seria o primeiro escolhido para o enfrentamento. Seria o alvo preferencial de todos. Não foi isso que aconteceu ontem.
Russomano e Haddad não o trataram como o adversário a ser batido. Além disso, nos únicos confrontos que teve, com Chalita e Giannazi, o tucano saiu derrotado.
No embate com o candidato do PMDB, Serra tentou insinuar que o peemedebista era mentiroso. Quando Chalita teve direito à palavra lançou logo um Paulo Preto e um Aref na testa do tucano, deixando-o completamente grogue. Gianazzi também não perdeu a oportunidade de mandar o Privataria Tucana no pescoço de Serra.
Quanto aos outros candidatos, a situação deve permanecer inalterada.
Russomanno cometeu algumas gafes que podem ser utilizadas na internet e em outros momentos da campanha. Por exemplo, o candidato do PRB afirmou que seu partido “aceita até candidatos homossexuais”, veja bem, “ATÉ”. Ato falho que permite um grande debate sobre o posicionamento de Russomanno nessa seara da orientação sexual.
O candidato do PRB também afirmou que a Igreja Universal não é a dona do PRB. Quando até as quase inexistentes esquinas de Brasília sabem que isso é mentira. Hoje a Universal controla o PRB da mesma forma que controla a Rede Record e o jornal Folha Universal. Ou seja, faz de conta que é algo mais amplo, mas tudo precisa passar pelo crivo da igreja.
Enfim, o debate de ontem não muda a situação eleitoral na cidade de São Paulo, mas pode ter sido a pá de cal que faltava para enterrar as pretensões de Serra chegar ao segundo turno.
A constatação óbvia do debate de ontem é que o tucano está sem pegada, sem discurso e sem condições de se reabilitar.
quanto ao IBOPE, penso que por se tratar de debate pouco decisivo, talvez não haja grande interesse da população.
ResponderExcluircontudo, acredito que o paulistano surrado e embrutecido pela megalópole está cada vez menos disposto a se engajar na discussão política.
os problemas da cidade e das pessoas foram deixados de lado pelos dois grandes partidos e suas crias. o projetos que prosseguiram por mais de uma administração parecem mais conluios do que continuidade responsável dos interesses coletivos.
arrisco dizer que o futuro prefeito sera Celso Russomano. Penso que a maior representação das diferenças entre Kassab e Russomano poderá ser expresso por um bocejo ao fim do mandato. teremos eventos de interesse de emissoras parando o transito aos custos sabe-se lá de quem, marketing político em projetos e instituições que já existem mas "vendidos" por milhões de reais com novos nomes e velhos problemas, etc...
é difícil para uma população que vai ao mesmo teatro há décadas, se entusiasmar com os mesmos atores. ou fantoches... como queira.
Só uma correção!
ResponderExcluirA informação sobre a audiência da RedeTV está errada.
A média dia da emissora é de no máximo 1.5 no Igolpe SP e para o horário em que fora realizado o debate eleitoral - A média é de 0.8 pontos no Igolpe São Paulo... Ou seja, o debate de ontem alavancou o Igolpe da emissora.
A RedeTV só conquistava 10, 15 pontos de audiência com média 6,7 pontos pro horário, quando o Pânico ainda estava por lá, e aí sim ao Domingos!
os nanicos Levi e Ismael continuam eternos candidatos, participar porque recebem como doação pública e isto foi bem lembrado pela repórter da foia, 1,5 milhão de reais, por participação...é um premio inexplicável e considerável para eles que nossa capenga representação eleitoral, dita democrática, oferece aos oportunistas de plantão...nosso dinheiro (publico)!aja...
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