sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Carromero e a fraude Yoani Sánchez

Por Iroel Sánchez, no blog cubano La Pupila Insomne:

O jornalista da rádio de Bayamo, Yunior Garcia Ginarte, relatou na noite de 4 de outubro, através da rede social do twitter, a detenção da blogueira Yoani Sánchez e de seu marido Reinaldo Escobar nessa cidade. Afirmou que o casal viajava sob “orientações da Sina (Seção de Interesses dos Estados Unidos em Cuba) recebidas na semana passada para criar um show midiático e causar danos ao julgamento” do político espanhol do Partido Popular Ángel Carromero. Ele é acusado de ser o responsável da morte de cubanos quando dirigia um veículo em viagem pela Ilha para assessorar e financiar atividades políticas. Carromero admitiu a sua culpa no acidente.

Garcia Ginarte escreveu que “Yoani Sánchez viajou a Bayamo para fazer um show provocativo e atrapalhar o julgamento de Carromero” e que foi detida por autoridades locais. Segundo informa, as autoridades “têm provas que indicam uma repetição da desgastada historieta da famosa golpista”, numa referência à feroz campanha midiática orquestrada sem provas, em novembro de 2009, que terminou em uma entrevista falsa com o presidente estadunidense Barack Obama.

Yoani é correspondente do diário espanhol El País por milhares de euros, sem estar credenciada pelas autoridades cubanas e, além da entrevista fraudulenta com Obama, difundiu volumes de informações falsas como a invasão policial em uma igreja em Havana que nunca ocorreu, ou um tiroteio em um carro diplomático venezuelano que “não passou de uma pedra lançada por um cortador”. No caso de Carromero, Yoani Sánchez desencadeou uma rede de mentiras que levou o El País a suspender temporariamente sua cobertura e reativar seu correspondente em Cuba, Mauricio Vicent.

São elementos que em qualquer país do mundo seriam tratados como difamação, mas, como disse Garcia Ginarte, é previsível que a indústria midiática tenha construído este personagem e amplificado suas mentiras para repetir desta vez uma farsa similar a de 2009, ignorando seu histórico fraudulento. Em 29 de setembro, a polícia espanhola retirou os jornalistas da Praça Neptuno para atacar os manifestantes e somente o secretário-geral da Esquerda Unida, Cayo Lara, protestou. É possível que agora vejamos que os que se calaram, arranquem os cabelos para defender uma correspondente fraudulenta.

Os correspondentes estrangeiros em Cuba acabam de viver uma amarga experiência quando foram cúmplices em uma “greve de fome” que não passou de uma festança. Esperamos que desta vez sejam melhores profissionais.

* Tradução de Sandra Luiz Alves

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