Por Altamiro Borges
O McDonald’s, poderosa rede estadunidense de fast-food que
explora condições degradantes de trabalho (assista o vídeo acima) e vende produtos nocivos
à saúde, quer proibir a comercialização de acarajé durante os jogos da Copa das
Confederações e da Copa de Mundo em Salvador. A informação – curiosa e
revoltante – foi dada ontem pelo repórter Davi Lemos, do jornal A Tarde:
“A Arena Fonte Nova pode ficar sem acarajé. A venda do
tradicional bolinho, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) como patrimônio imaterial, é caracterizada como comércio
ambulante. A Fifa recomenda o afastamento dessa modalidade de comércio num
perímetro de até dois quilômetros das praças de jogos. O acarajé, em tese, não
pode ser concorrente dos hambúrgueres produzidos pela rede McDonald’s,
patrocinadora oficial da Fifa”.
Rita Maria Ventura dos Santos, presidenta da Associação das
Baianas de Acarajé e Vendedoras de Mingau (Abam), já rondou a baiana. Ela
classificou como absurda a hipótese se ser proibida a venda de acarajé na Fonte
Nova. “Eram oito baianas lá dentro que tiveram que sair devido à obra. Agora
que está tudo novo vão retirar as baianas? Todas tinham carteira... Alegam que
há risco para os torcedores. Se for assim, era proibido venda de acarajé no
Carnaval. Nunca soube de ninguém queimado com azeite nestas festas”.
A Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da Fifa
Brasil 2014 (Secopa) já garantiu que vendedoras da acarajé terão lugar
garantido nos jogos das duas copas. “Elas serão contempladas”, garantiu a chefe
de gabinete da Secopa, Liliam Pitanga. Ela também informou que estão sendo
fornecidos cursos de capacitação para as baianas e outras categorias, como os
taxistas. Até o final de setembro, cinco mil pessoas foram inscritas em cursos
de inglês, espanhol e língua brasileira de sinais (Libras).
“A reportagem entrou em contato, ontem, com o Comitê
Organizador Local da Copa (COL), mas não houve posicionamento sobre a venda do
acarajé nos estádios até o fechamento da edição”, conclui a reportagem do
jornal A Tarde. Caso se confirme a proibição, o assunto vai dar muito que
falar. O acarajé é uma tradição da culinária baiana, adorada por todos os
brasileiros e estrangeiros que visitam o estado.
Já o McDonald’s, um dos maiores símbolos do império ianque,
é uma rede que merecia ser processada por explorar de forma desumana os
trabalhadores e por ser responsável pela obesidade de inúmeras crianças e
adolescentes.
ResponderExcluirCalma gente! É só fazer uma barraca bem protegida e o óleo não se derrama. Mas troque o óleo póis fritura em óleo queimado faz mal. Detona o figado.
Por favor! Fora McDonald's, que só vende m...! Comparar qualquer coisa vendida pelo McDonalds com acarajé é completamente absurdo!!! O acarajé é infinitamente melhor!!!
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