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Milhares de trabalhadores saíram às ruas ontem (06) na
Grécia. Os protestos fazem parte da nova greve geral convocada pelas duas
principais centrais sindicais do país para protestar contra as medidas de “austeridade”
impostas pelo governo a mando dos credores internacionais. Estão previstas
manifestações hoje em frente ao parlamento, em Atenas, com o objetivo de
pressionar os deputados a rejeitarem o pacote de corte de gastos e aumento de
impostos. A Europa afunda na crise capitalista e os trabalhadores resistem!
Na semana passada, a prepotente chanceler da Alemanha,
Angela Merkel, exigiu mais cinco anos de “austeridade” no velho continente para
saciar a sede de lucro do capital financeiro. As medidas de austeridade, porém,
só tem agravado a crise na Europa. O euro segue em queda livre e os “investidores”
continuam em fuga da região à deriva. A própria Alemanha, que banca ortodoxia
neoliberal, começa a sentir os impactos do acelerado declínio. Em
outubro, mais de 20 mil trabalhadores foram demitidos no país.
Na zona do euro, o desemprego já atinge a taxa recorde de
11,6%, com 18,5 milhões de vítimas – o equivalente a toda a população da região
metropolitana de São Paulo. Entre os mais jovens, a taxa sobe para 23,3%. Este
quadro dramático explica o aumento da revolta no velho continente. A Confederação
de Sindicatos da Europa organiza para 14 de novembro uma jornada unitária de
lutas, com greves e passeatas. Para quem achava que a luta de classes havia
terminado, a Europa promete dias bem quentes!
Só para se ter uma ideia de a qtas anda o poder aquisitivo, supermercado na França coloca antifurto nas bandejas de carne (http://lejournaldusiecle.com/2012/11/07/des-antivols-sur-la-viande-dans-les-supermarches-match/).
ResponderExcluirDiante desses terremotos os sismógrafos estão enloquecidos. Não há rumo. É um salve-se quem puder. O confronto está aí. É o caos e a barbárie. Com se recuperará o capitalismo neoliberal?
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