segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Ley de Medios e o “lobby da mentira”

Por Altamiro Borges

Na guerra contra a Ley de Medios da Argentina, os barões da mídia divulgam inúmeras mentiras. Afirmam, por exemplo, que a nova lei atenta contra a liberdade de expressão e que é rejeitada pelos organismos internacionais que tratam do tema. Difundem, ainda, que ela prejudicará os profissionais da imprensa – o que acaba ludibriando alguns jornalistas mais tacanhos. Esta campanha difamatória crescerá ainda mais com a proximidade do dia 7 de dezembro, data da entrada em vigor da Ley de Medios. Vale, então, desmenti-la.

Na semana retrasada, o relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Liberdade de Opinião e de Expressão, Frank La Rue, esteve na nação vizinha e foi taxativo numa entrevista coletiva: “A Argentina tem uma lei avançada. É um modelo para todo o continente e para outras regiões do mundo. Ela é importante porque para a liberdade de expressão os princípios da diversidade de meios de comunicação e de pluralismo de ideias são fundamentais”, afirmou. A sua opinião, porém, foi abafada pela mídia brasileira.

Campanha mundial dos barões da mídia 

A imprensa nativa também tem evitado dar voz aos profissionais que trabalham nos impérios midiáticos do país vizinho. Em outubro, a Federação Argentina de Trabalhadores da Imprensa (Fatpren) criticou o “lobby da mentira” orquestrado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que realizou seu convescote anual em São Paulo. Segundo a entidade sindical, “os operadores do Grupo Clarín fazem lobby internacional para construir a grande mentira de transformar as restrições à sua posição dominante em restrições à imprensa”.

Segundo reportagem de Leonardo Severo, publicada no sítio da CUT, a Fatpren ajudou na elaboração da nova legislação e defende os seus princípios contrários à monopolização do setor. “Pela Ley de Medios, nenhum conglomerado de comunicação pode ter mais do que 24 outorgas de TV a cabo e 10 de rádio e televisão aberta. Mas o Grupo Clarín possui dez vezes mais licenças de cabo do que o número autorizado pela lei, além de quatro canais de televisão, uma rádio FM, 10 rádios AM, e o jornal de maior tiragem do país”.

SIP apoiou ditadores da Argentina

Com a proximidade da data fixada pela Corte Suprema de Justiça para que o Grupo Clarín cumpra a lei, “os empresários do continente se somam à estratégia de difundir que a legislação atenta contra a liberdade de expressão”. Com o objetivo de desmascarar a farsa da SIP, que aprovou o envio de uma delegação patronal à Argentina, a Fatpren convidou os sindicalistas brasileiros para que conheçam “a inédita liberdade de expressão que reina em nosso país e que permite que os meios publiquem o que desejam, sem qualquer restrição”.

A Fatpren rechaça a interferência dos barões da mídia do continente, reunidos na SIP. Lembra que esta “organização patronal tomada pela CIA e pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos na década de 50 outorgou a medalha ‘Prêmio das Américas’ ao ditador Pedro Eugenio Aramburu, líder da ‘Revolução Fuziladora’ [que derrubou o governo constitucional de Juan Domingo Perón em 16 de setembro de 1955], enquanto centenas de jornalistas eram perseguidos, torturados e encarcerados”.

“Os trabalhadores de imprensa da Argentina continuam batalhando a cada dia, nas redações, nos espaços públicos, onde a realidade nos convoque, para alcançar uma comunicação verdadeiramente democrática, plural, participativa e diversa, e condições dignas de trabalho que nos permitam garantir ao povo seu devido direito à informação”, conclui a Fatpren. 

2 comentários:


  1. [Data venia]

    “CHAMANDO ÀS FALAS” O SENHOR BRASILEIRO JOAQUIM BARBOSA!
    No retorno da viagem à Alemanha [nazista e racista!], imediatamente em seguida ao pisar em solo de nossa plaga tupiniquim, eternamente colonizada (sic), o servidor público federal Joaquim Barbosa – diga-se de passagem, funcionário público muito bem remunerado por nós trabalhadores e contribuintes do fisco desta ‘republiqueta de bananas’ – tem o dever de prestar os seguintes esclarecimentos à população:
    1- ministro do STF Joaquim Barbosa, neste país – “de ‘nois’ bananas” – não existe sequer um ortopedista e/ou um neurocirurgião especialista(s) em afecções da coluna vertebral, razão pela qual o senhor teve que recorrer à Alemanha distante, nazista e racista?!...;
    2- O servidor público federal Joaquim Barbosa considera ‘plausível’ que sejam cortados os pontos dos dias não trabalhados por Vossa Excelência, durante a sua estada na Alemanha de [Adolf] Hitler (idem sic), país tão distante e inacessível à maioria absoluta dos(as) enfermos(as) trabalhadores(as) brasileiros(as)?!...;
    3- De volta ao seu posto de trabalho, caso a Vossa Excelência se digne a apresentar atestado médico, ‘é crível’ que o setor pessoal (setor de recursos humanos) do STF considere ou não os dias não trabalhados dispendidos durante as horas de viagens (ida e retorno), deslocamentos do aeroporto para o *hotel, do hotel para a conspícua clínica ou hospital, da conspícua clínica ou hospital para o hotel e, provavelmente, as horas dedicadas ao tradicional **‘sightseeing’, “que ninguém é tão de ferro como muitas vezes tenta aparentar!” (ibidem sic), do hotel para o aeroporto ‘no regresso da civilização para o atraso terceiro-mundista’?!...
    *é mais do que ‘plausível’ que “o nobre e iluminado” hóspede tenha se hospedado em um hotel cinco estrelas, mais do que ‘crível’, ora bolas!...
    **turismo no idioma inglês, preferencialmente utilizado pelo doutor Joaquim Barbosa em suas viagens civilizatórias ao exterior!...;
    4- Considerando ‘o domínio do fato’ [factual!] atinente a um processo eleitoral, Vossa Excelência considera ‘plausível’ o afastamento do, digamos, cenário(!) de um ministro de uma Corte “suprema”, exata e coincidentemente neste período?!... NOTA: afastamento atribuído a uma consulta médica eletiva que, portanto, não sendo um episódio de urgência ou emergência, poderia ser agendada para qualquer outro momento do ano, inclusive nos períodos das suas férias regulares, mesmo porque, diferentemente dos trabalhadores, digamos, “não-supremos”, os magistrados, nesta “República de ‘Nois’ Bananas”, têm dois meses de recesso da ativa, e outros privilégios e mordomias mais!...
    5- Os custos com a viagem, honorários médicos, eventuais compras de ***“souvenires” ‘e outras coisitas mais’ foram custeadas mediante algum tipo de, digamos, mensalão regular ‘conceDADO’ [legalmente, óbvio!] aos seres “supremos” do “nosso” STF?!...
    ***sou.ve.nir, do francês, lembrança, recordação

    EM TEMPO: inclemente Vossa Excelência Joaquim Barbosa, após assumir a Presidência do STF, o senhor pretende mais uma vez inovar e, por exemplo, alterar a dosimetria a ser aplicada em marido que agride a esposa, sobretudo quando, no ‘domínio do fato’ e nos autos do processo, constar – data venia - boletim de ocorrência (B.O.) lavrado em alguma delegacia de bairro, beco, subúrbio ou alameda?!...
    RESCALDO: com a palavra o mero servidor público federal Joaquim Barbosa, mesmo porque, na iminência de assumir a Presidência do “supremoTF”, o exercício da transparência pelo habilitado significa mais do que simples ‘ato de ofício’!...
    EM TEMPO II: ah, os holofotes do PIG estavam com muita saudade do senhor!... A propósito, o Ali Kamel, o [Ataulfo] Merval Pereira e a Cristiana ‘Goiana’(!) Lobo mandam um abração para o senhor!...
    República de ‘Nois’ Bananas
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

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  2. POR QUE ENTREI NA VEJA. E POR QUE SAÍ
    por Cynara Menezes
    em http://www.socialistamorena.com.br/por-que-entrei-na-veja-e-por-que-sai/

    BRASIL NAÇÃO – em homenagem à competente, democrata e intrépida jornalista brasileira Cynara Menezes
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

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