terça-feira, 11 de dezembro de 2012

A Folha e o helicóptero de Alckmin

Por Altamiro Borges

A jornalista Julia Duailibi, do Estadão, revelou ontem que “o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), usou um helicóptero do governo do Estado para buscar o filho, nora e os dois netos no Aeroporto Internacional André Franco Montoro, em Guarulhos, na sexta-feira. O tucano não tinha compromisso oficial no local naquele dia”. Segundo a reportagem, o helicóptero Sikorsky, modelo S-76 A, matrícula PP-EPF, partiu do Palácio dos Bandeirantes e teve autorização para pousar no pátio 6, o pátio vip de Guarulhos.

Estadão denuncia, mas alivia

“O governador e a primeira-dama, Lu Alckmin, foram então ao encontro da família, que vive no México. Depois de aguardarem os trâmites de alfândega e imigração, voltaram todos ao Palácio dos Bandeirantes. As fotos no aeroporto e no helicóptero foram postadas no Instagram (aplicativo de fotos usado em celulares e que funciona como uma rede social) da primeira-dama, que é aberto para o público. Em uma das imagens, o governador aparece com um dos netos no colo dentro da aeronave”, descreve a repórter.

Ouvida pela reportagem, a assessoria do governador justificou o uso do helicóptero, que se “destina a qualquer de seus deslocamentos enquanto ele estiver no exercício do cargo, 24 horas por dia”. O Estadão ainda tentou limpar a barra do tucano. “Alckmin é conhecido no meio político por não usar veículos oficiais em eventos partidários ou pessoais. Em reuniões do PSDB, costuma ir de táxi, de carona ou com seu carro particular”. Ainda fez questão de dizer que os filhos do ex-presidente Lula também utilizaram aviões da FAB.

Visita do tucano à famiglia Frias

O Estadão só não lembra que no caso do ex-presidente Lula, a denúncia foi manchete dos jornais e virou motivo de comentários ácidos nas emissoras de tevê durante vários dias. Agora, no caso do tucano Geraldo Alckmin, o tratamento é bem diferenciado. Nada de capa dos jornalões ou da histeria dos “calunistas” da mídia. A Folha, rival do Estadão, sequer noticiou o caso. Na coluna Painel de hoje (11), a jornalista Vera Magalhães talvez explique o motivo de tamanha seletividade e generosidade:

“Visita à Folha - Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Marcio Aith, secretário de Comunicação, e Euzi Dognani, assessora de imprensa”.

Em outra matéria, a mesma Folha noticia, sem o seu costumeiro veneno, que o tucano efetuou mudanças no Palácio dos Bandeirantes. “Numa indicação clara de que sua prioridade agora é preparar o governo para a disputa eleitoral de 2014, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) iniciou a reforma em seu secretariado com a transformação da Casa Civil num órgão destinado exclusivamente à articulação política”. Se a iniciativa fosse da presidenta Dilma, a Folha trataria a mudança como “fisiologismo” na busca de aliados!

2 comentários:


  1. POIS É, A MÍDIA ¨¨AMIGA¨¨,RECEBENDO MILHÕES, SÓ VE DEFEITOS NAQUELES QUE NÃO CEDEM AOS SEUS INTERESSES.



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  2. Esse sócio da famigerada seita católica Opus Dei só podia mesmo ter esse comportamento cínico. Na bíblia dele, ele pode agir impunemente como um "ungido". Preconceituoso, sectário, elitista, vaidoso e higienista tinha mesmo que ser sócio dessa seita. Eita governadozinho poderoso! A mídia oligopolizada e partidarizada não denuncia nenhum desmando do desgoverno do PSDB. Também, com a verba que recebe...Todos irmanados! É a farra dos iluminattis!

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