Por Altamiro Borges
A candidatura de Nicolás Maduro
Os urubus da velha imprensa
No sábado passado, em cadeia nacional de rádio e tevê, Hugo
Chávez causou forte impacto na sociedade venezuelana ao informar que seu
câncer ressurgira e que precisará realizar uma quarta cirurgia em menos de 18
meses. A partir de domingo, milhares de pessoas visitaram o Palácio Miraflores,
em Caracas, para prestar solidariedade e rezar pela saúde do líder bolivariano.
Já a mídia golpista, da Venezuela e também do Brasil, voltou à carga contra o
presidente, reeleito em outubro com folgada vantagem.
Em seu pronunciamento oficial, Hugo Chávez mostrou-se
preocupado com a nova cirurgia que fará em Cuba. De maneira serena, ele admitiu
que o caso é grave e deixou dúvidas, inclusive, sobre a sua nova posse em 10 de
janeiro. Pela legislação do país, caso ele deixe o poder nos próximos quatro
anos, novas eleições presidenciais deverão ocorrer no prazo de 30 dias. Diante
desta possibilidade, o próprio Hugo Chávez pediu, “de coração”, o apoio à
candidatura do chanceler e vice-presidente Nicolás Maduro.
“Minha opinião firme, clara como a lua cheia, irrevogável,
absoluta, total é que, num cenário que obrigaria a convocar eleições, vocês
elejam Nicolás Maduro”. Ex-motorista de ônibus e sindicalista, o atual ministro
das Relações Exteriores tem 50 anos e foi nomeado vice-presidente
em outubro – diferentemente do Brasil, o vice não faz parte da chapa eleitoral.
Para Hugo Chávez, “Maduro tem o coração de um homem do povo”. Ele conta com o
apoio do PSUV, principal partido no poder, e das Forças Armadas.
Com o anúncio da nova cirurgia para o tratamento do câncer,
as forças políticas do país ficaram agitadas. A direita venezuelana optou pela
cautela, já que teme os efeitos de uma reação intempestiva nas eleições deste domingo. Pesquisas indicam que a oposição deverá perder importantes
governos locais. O próprio Henrique Capriles, que disputou as eleições
presidenciais de outubro, corre o risco de não ser eleito governador no seu
estado. Diante do perigo, a direita evitou comentários sórdidos sobre a saúde
de Hugo Chávez.
Já a mídia venezuelana, conhecida pelo seu golpismo visceral,
voltou a insinuar que o presidente venezuelano utiliza o
câncer como um palanque eleitoral. Alguns veículos até questionaram o resultado
da eleição de outubro. No mesmo rumo, a mídia colonizada do Brasil, que também
possui longa tradição golpista, age como urubu diante do drama de Chávez. A
Folha, em seu editorial de hoje (11), intitulado “A saúde do caudilho”, afirma que “a
recidiva do misterioso câncer” prova “a evidente da manipulação” do pleito
presidencial.
O câncer da democracia
“Chávez, afinal, trombeteou dos palanques que estava curado
da doença. Embora tenha derrotado de forma inquestionável o candidato
oposicionista Henrique Capriles (55% a 44%), um grau maior de transparência
sobre a moléstia poderia ter dado rumo diverso à campanha, uma vez trincada a
aura de invencibilidade e fortaleza que cercava o presidente. O líder e
ideólogo-mor do chamado ‘socialismo bolivariano’ segue o figurino clássico do
populista na América Latina”, esbraveja o jornal da famiglia Frias.
Derrotada nas urnas, a mídia colonizada da
Venezuela e do Brasil torce pela morte Hugo Chávez. Alguns “calunistas”
nativos, como o “imortal” Merval Pereira, chegou a jurar que ela ocorreria
antes das eleições de outubro. Agora, ele deve estar mais uma vez excitado,
consultando suas sinistras “fontes”. A mídia golpista não aceita o voto
democrático dos venezuelanos, a quem chama de “ignorantes”, e já pergunta se
Nicolás Maduro “conseguirá tocar um chavismo sem Chávez”. A mídia é hoje o verdadeiro câncer da democracia!
Tremam canalhas, golpistas. Hoje, centenas de Huguinhos Chaves já estão em plena adolescencia. Alem de que, o grande comandante estará sempre vivo, onde quer que esteja. VIDA LONGA AO COMANDANTE CHAVES!!!!
ResponderExcluirMiro, ocê disse tudo: "a mídia é o câncer da democracia". Sim essa mídia que nas mãos de seis famiglias controla todos os meios de comunicação num único estado. Isto se repete em todos o país. Exceto a Argentina, que os está enfrentando, o resto da América Latina - e o Brasil - é dominado por essa oligarquia midiática. E quanto mais batem nos eleitos pelo povo, mais o povo reitera suas escolhas. Eles não querem permitir o livre exercício da cidadania. São uns nazifascistas.
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