terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Opus Dei reforça cruzada contra Lula

Por Altamiro Borges

Em artigo publicado ontem no Estadão, o jornalista Carlos Alberto Di Franco, um dos fundadores e chefões da seita fascista Opus Dei no Brasil, reforçou a recente cruzada contra o ex-presidente Lula. Neste esforço, ele não vacilou em usar argumentos morais, como é típico dos falsos moralistas. Para ele, que somente neste caso defende o fim da privacidade dos homens públicos, não dá mais para esconder que Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, era “amante de Lula”.

“Frequentemente insinuada na cobertura dos jornais, a relação amorosa de Rosemary Noronha com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente foi escancarada pela Folha em recente edição: Poder de assessora vem de relação íntima com Lula, cravou a chamada de primeira página... Sem usar a palavra ‘amante’, a Folha conta que nas 23 viagens internacionais em que Rosemary acompanhou Lula a então primeira-dama, Marisa Letícia, nunca estava presente”, relata Di Franco, como o sadismo dos adeptos do cinturão de cilício.

A seletividade do falso moralista

Para ele, a cobertura moralista da mídia sobre o suposto “caso amoroso” é plenamente justificável. Na sua seletividade angelical, Di Franco até justifica o fato da mídia não ter dado a mesma atenção às “escapulidas” de outros ex-presidentes, principalmente de FHC, que teve um filho fora do casamento. “A mídia, embora ciente, preservou a privacidade... Não estava em jogo dinheiro público”, garante o “inocente”, deixando de dizer que a “amante” era repórter da TV Globo, que sempre teve muito poder sobre FHC e os cofres públicos.

Para o chefete da hermética seita, Lula deve ter a sua vida totalmente devassada pela mídia. “Ele prestou – mesmo que não soubesse disso – favores à quadrilha apadrinhada por Rose... Só isso, e não é pouco, já justificaria a invasão da privacidade do ex-presidente Lula. A defesa do direito à intimidade não pode ser usada para impedir a investigação e revelação pela imprensa de informações de evidente interesse público. O direito à privacidade não pode ser jamais um escudo protetor”, conclui Di Franco.

Já que está tão preocupado com a transparência, o líder do Opus Dei poderia revelar como são as práticas medievais e masoquistas da sua seita; que são os políticos, juízes e jornalistas que pertencem a esta prelazia secreta; como se davam os cultos no Palácio dos Bandeirantes com a participação do governador Geraldo Alckmin; como esta organização participou da conspiração golpista em 1964 no Brasil. Como ele mesmo afirma, “há informações da vida privada que revelam inequívoca mistura entre o público e o privado”.

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6 comentários:

  1. Esse ANTIMORALISMO tipo OPUS DEI só serve para gerar contra-ataca da propria imprensa. Não demora vem o Roberto Cabrini com reportagem dos pobres da Igreja, por exemplo de padres pedofilos.

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  2. O mesmo reacionarismo midiático e elitista que podemos observar por exemplo, na Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador, toma força no Brasil. Quando as coisas acontecem na America Latina, parece que ocorrem em diversas nações ao mesmo tempo, e isso nem sempre é bom. Fora ianques!

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  3. Esse Di Franco é um facista.

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  4. Esse pessoal do cilício e da "disciplina" - chicotadas sobre as costas - são uns infelizes que desde o tempo do ditador Franco - na Espanha - foram privilegiados em troca do apoio à ditadura franquista. Golpistas incrustrados na mídia corrupta e mercenária querem tornar-se os papas do poder. O filme "Código Da Vinci" mostra um pouco do tenebroso que são. Muitos júízes, políticos e o próprio governador pertencem a essa seita medieval. Não surpreende que jornalistas também pertençam a ela.

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  5. Mas o problema não é ter amante. Sem falsos moralismos, isos é hábito de poderosos (e mesmo de não poderosos...)

    O problema é instalar uma quadrilha num escritório da Presidenta. Isso é reprovável, sim.

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  6. Bando de trouxas vcs todos! Acham que há uma conspiração por trás de tudo. Idolatram (esses sim!) fascistas e ditadores como Fidel, Chavez, Cristina K. e etc. Lula fez um bom, não ótimo, mas bom governo. Ponto. Mas foi extremamente conivente com a corrupção de seus pares, além de ter aparelhado o estado com cupinchas e camaradas ineficientes de todas as matizes. Nosso governo tem um PIB pífio, a própria Petrobras tem quedas recordes de lucro e continua não havendo contra-partida para o Bolsa Família. Não há que se comemorar o aumento do número de famílias atendidas por essa esmola. Como lembra Merval Pereira, seria interessante que este número se reduzisse, de modo que se verificasse que parte da população que precisava desses recursos já consegue caminhar com as próprias pernas, sem necessitar da ajuda do estado. Mas isso é demais pra vcs verem. Twitter: @ycidadao

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