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O mineiro Aécio Neves nem pode curtir os prazeres da vida
com tranquilidade. José Serra não sai do seu pé e até ameaça abandonar o PSDB
como represália à sua cambaleante candidatura presidencial. Para piorar, o
governador paulista Geraldo Alckmin decidiu colocar mais um obstáculo às
pretensões do mineiro. Nesta semana, ele afirmou à imprensa que ainda é cedo
para o PSDB definir o nome da legenda ao Palácio do Planalto. Apesar dos apelos
do “guru” FHC em sua defesa, o ninho tucano continua conflagrado.
“Eu acho que este é o ano dos pré-candidatos ouvirem a
população, percorrerem o Brasil e discutirem os temas do país. Entendo que a
definição de candidato não precisa ser agora. É muito cedo. Faltam quase dois
anos”, afirmou Alckmin. Ao falar dos “pré-candidatos”, o paulista ainda colocou
um bode na sala. A maioria cúpula do PSDB já encarava o senador mineiro como “candidato
natural”, tentando forjar um aparente consenso partidário. Mas quem seriam
os outros “pré-candidatos” de Geraldo Alckmin?
As declarações desencontradas dos caciques tucanos nos últimos dias confirmam que está um curso uma guerra fratricida pelo comando do PSDB, com bicadas cada vez mais sangrentas. As correntes internas, ligadas a vários interesses pragmáticos, fazem o seu jogo de cena para aumentar o cacife nesta disputa. Enquanto esta briga não for resolvida, Aécio Neves não terá tempo para suas baladas. Um dado, porém, é positivo. Ele correrá menos riscos de ser flagrada por um bafômetro! Ele terá apenas ressacas políticas!
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