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Na rádio e na tevê, a presidenta Dilma Rousseff deu uma dura
nos “pessimistas” e “alarmistas” que espalharam notícias falsas sobre o risco
iminente de racionamento de energia no Brasil. De imediato, os barões da mídia
se uniram, como num pacto mafioso, para contestar o pronunciamento
presidencial. Agora, porém, até Suzana Singer, ombudsman da Folha, reconhece
que houve exagero na cobertura da velha imprensa sobre o tema. Em seu artigo
neste domingo, ela registrou:
A ombudsman até tenta aliviar a barra do veículo em que trabalha
e ganha seu pão. Diz que a Folha fez algumas reportagens positivas com criticas
ao setor energético. “Até aí, tudo bem, é papel da imprensa revelar problemas
que o governo prefere manter longe dos olhos do público. Não se trata de ‘falta
de fé’ no país, como disse Dilma, num apelo nada democrático ao nacionalismo. O
problema é que o noticiário embarcou numa toada cética e crítica”. Ela cita vários
títulos “alarmistas” do jornal e ainda cutuca Eliane Cantanhêde.
“Há 20 dias, a manchete do jornal anunciava que ‘Escassez de
luz faz Dilma convocar o setor elétrico’. O título interno era ainda mais
alarmista: ‘Racionamento de luz acende sinal amarelo’. Tratava-se de um
exagero, baseado, em parte, em uma informação errada obtida em ‘off’: a tal
reunião de emergência, que a presidente teria convocado durante as férias,
estava agendada desde dezembro”. Suzana Singer não cita o nome da colega, mas é
sabido que a “barriga” foi cometida pela colunista da “massa cheirosa” do PSDB.
No mesmo artigo de domingo, a ombudsman da Folha critica
outro grave erro da velha imprensa. No caso, a foto falsa do presidente Hugo
Chávez publicada no jornal espanhol Em País. Ela lembra que “o alerta sobre o
engano foi dado nas redes sociais” e que o diário deletou de imediato a imagem do
seu sítio, retirou o jornal das bancas e pediu desculpas aos leitores em nota
oficial. Suzana Singer até que poderia cobrar a mesma postura do veículo em que
trabalha. Mas aí também já é pedir demais!
Ombudsman ou embustiman?
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