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Em plena cerimônia em memória às vítimas do Holocausto, ocorrida
neste domingo em Milão, o ex-primeiro-ministro da Itália, Sílvio Berlusconi,
teve o desplante de defender o legado do líder fascista Benito Mussolini. “As leis
raciais foram a pior falha dele, que, em outros aspectos, se saiu bem...
Mussolini fez muitas coisas boas”, afirmou o bilionário imperador da mídia
italiana, que cogita disputar novamente as eleições para o governo, marcadas
para fevereiro.
Berlusconi é dono da corporação Mediaset, que controla
as três maiores emissoras privadas de televisão do país. Ele também é dono de bancos e presidente do clube Milan. Segundo a revista Forbes, o admirador de Mussolini é a segunda pessoa mais rica da Itália e o 74º homem
mais rico da Europa, com uma fortuna estimada em 9 bilhões de dólares. Graças ao
seu poder na mídia, ele já foi eleito três vezes primeiro-ministro do país e é
acusado de desvio de recursos públicos, de evasão de divisas e de orgias
nababescas.
A postura fascista de Berlusconi lembra a trajetória de
outros famosos barões da mídia, que hoje exercem forte influência na política e
colocam em risco a democracia – como Rupert Murdoch, dono do maior império
midiático do planeta; o Grupo Clarín, na Argentina; e a famiglia Marinho, no
Brasil. Todos estes barões da mídia já estiveram envolvidos em golpes
militares, apoiaram ditaduras e ergueram seus impérios nas sombras.
E ainda tem
gente que se ilude quando ouve estes admiradores de Mussolini bravatearem sobre “liberdade de
expressão” e democracia.
A prósito, os Marinho são mais bilionários, do que o Berlusconi.
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