Por Altamiro Borges
Segundo o jornal Valor, o mineiro nem se referiu às
tragédias tucanas. Ele disse que a Petrobras tem hoje uma “gestão temerária” que serve a “interesses partidários”. Ele também “criticou a adoção do modelo de
partilha de produção para a exploração da camada do pré-sal, mas não defendeu
claramente a mudança na legislação para que o contrato de concessão seja
mantido como único sistema para a extração e produção do petróleo” – conforme
defendem as poderosas multinacionais do setor e o governo dos EUA.
Após criticar a redução das tarifas de energia elétrica
e a desoneração da cesta básica, o PSDB decidiu centrar seus ataques contra a
Petrobras. Em seminário realizado ontem em Brasília, os tucanos afirmaram na
maior caradura que desejam “reestatizar” a empresa. O evento, que serviu de
palanque para o cambaleante Aécio Neves, até parece piada pronta. Qual o
moral do PSDB para falar sobre a Petrobras? FHC quase destruiu a empresa com o
objetivo de privatizá-la, inclusive com a mudança do seu nome para Petrobrax.
As velhas bandeiras neoliberais
“O que queremos é reestatizar a Petrobras, que
foi partidarizada pelo PT e perdeu eficiência, punindo os seus
acionistas e gerando incerteza em relação a novos investimentos”, afirmou o trôpego
tucano, sempre de olho no financiamento de campanha dos “investidores”. Mais
grave ainda, segundo o jornal Valor, “ele também sinalizou posição favorável à
flexibilização da exigência de nacionalização do conteúdo na exploração do
pré-sal”. Em síntese: Aécio Neves retomou as velhas bandeiras neoliberais!
No palanque montado pelo PSDB, chefões do DEM e do PPS
também fizeram discursos raivosos e faixas ridicularizaram Lula e Dilma. Como
num jogo combinado, jornais e emissoras de tevê deram destaque ao seminário,
mas evitaram criticar a total incoerência dos tucanos. A mídia até poderia ter
usado as imagens da tragédia da P-36, que afundou em março de 2001 causando
prejuízos de US$ 300 milhões e a morte de 11 petroleiros. Mas ela arquivou a
lembrança por motivos óbvios e evitou repercutir as críticas ao seminário.
Os privatistas e os interesses estrangeiros
Da tribuna da Câmara, o deputado Fernando Ferro (PT-PE)
ironizou: “A defesa apaixonada da Petrobras só pode ser remorso. No
governo FHC, os tucanos tentaram privatizar a estatal de todas as maneiras para
entregá-la ao capital estrangeiro. Inclusive, tentaram trocar o nome da empresa
para Petrobrax para facilitar a pronúncia lá fora”. Na mesma linha, o deputado
Luiz Alberto (PT-BA) afirmou que “eles querem mesmo é resgatar a Petrobras para
eles, os privatistas, para depois repassá-la ao controle do capital
internacional”.
Os deputados também lembraram o “Memorando de Política
Econômica do Ministério da Fazenda”, de 8 de março de 1999, no qual o
governo FHC explicitou a intenção de vender “o restante das suas ações não
votantes da Petrobras”, conforme o combinado previamente com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Para os que falam agora em “reestatizar a
empresa”, estes e outros fatos gravíssimos confirmam toda a hipocrisia. Na verdade,
o cambaleante Aécio Neves e a mídia privatista amam a Petrobrax!
Miro, tropego Aecio ou cambaleante Aecio?
ResponderExcluirQual a surpresa?
ResponderExcluirEsse é o velho psdb de guerra. Primeiro, houve uma série de incidentes com a operação da empresa para desacreditá-la junto à opinião pública, depois fatiaram em 40 unidades de negócio para facilitar a venda, em seguida venderam a preço de banana 30% do capital votante.
Agora querem posar de protetores das empresas estatais.
Só rindo. E o pior disso tudo vai ser a enxurrada de comentários das viúvas da udn, pelos blogs da vida.
Haja saco.
Miro, cadê as fotos dos tucanalhas com as camisas da petroBRAX. Vc tá guardando para uma outra oportunidade?
ResponderExcluirImagem da vergonha: http://img145.imageshack.us/img145/3145/petrobraxd.jpg
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