quarta-feira, 13 de março de 2013

A ameaça neonazista no Rio de Janeiro

Por Altamiro Borges

Na semana passada, em plena comemoração do Dia Internacional da Mulher, o tradicional bairro da Lapa, no centro do Rio de Janeiro, foi coberto por cartazes da organização neonazista “Combat 18”. O número 18 é derivado das iniciais de Adolf Hitler. “A” e o “H” são a primeira e oitava letras do alfabeto. Um dos cartazes ameaçava: “Comunistas e subversivos, o Combat 18 está de olho em vocês... Ninguém será poupado... Estejam preparados, pois a única alternativa para vocês é a morte! Lixo vermelho, a sua hora chegou”.

Vários destes cartazes foram afixados nas colunas do prédio onde está situada a sede do PSTU. O sítio do partido lembra que o grupo neonazista teve a sua “origem na Inglaterra e tem seções em alguns países do mundo, inclusive no Brasil. “Ele é o braço armado do National Front, partido inglês de extrema direita nacionalista, fundado na década de 70. Nas eleições de 1979, ele recebeu mais de 190 mil votos. Em 2010, apresentou 17 candidaturas nas eleições gerais e 18 nas locais, não obtendo uma única representação”.

O Combat-18 possui ligações com os torcedores hooligans e uma rede de bandas que promovem músicas neonazistas, como o Blood&Honour (Sangue e Honra). O blog da seção carioca da organização exibe os “Códigos da Raça Ariana”; os “25 pontos do Partido Nacional-Socialista Alemão”; imagens de espancamentos de moradores de rua; e difunde “teorias” racistas e antissemitas. Em vários países, o grupo é vigiado pela polícia para evitar atos violentos e de vandalismo. Já no Brasil, eles colam cartazes nas ruas.

Ainda segundo o PSTU, o Combat 18 tem poucos adeptos no Rio de Janeiro e “não possui absolutamente nenhum lastro social. É um grupo de classe média, com integrantes que escondem seus rostos e praticam a covardia contra os que julgam seres inferiores”. Mesmo assim, o PSTU alerta que a organização é perigosa e anuncia que irá procurar outros partidos e os movimentos sociais para denunciar a sua atuação. “Iremos também prestar queixa na polícia”. 

O alerta é importante. Basta lembrar que na mesma semana houve um atentado à bomba na sede da OAB do Rio de Janeiro e que setores fascistas andam incomodados com os rumos do país.

5 comentários:

  1. Vamos, primeiro, lembrar o que escreveu um certo alemão:

    "Primeiro levaram os negros
    Mas não me importei com isso
    Eu não era negro
    Em seguida levaram alguns operários
    Mas não me importei com isso
    Eu também não era operário
    Depois prenderam os miseráveis
    Mas não me importei com isso
    Porque eu não sou miserável
    Depois agarraram uns desempregados
    Mas como tenho meu emprego
    Também não me importei
    Agora estão me levando
    Mas já é tarde.
    Como eu não me importei com ninguém
    Ninguém se importa comigo".

    Bertold Brecht (1898-1956)

    E depois, vamos pensar como fazer para educar esses bichos.

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  2. Defender o nazismo já uma imbecilidade. Agora, o cara ser "nazi" no Brasil é de uma idiotice que beira a demência.Que falta do que fazer.

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  3. Seria bom que furássemos os joelhos desses animais com uma broca...

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  4. o nazismo deveria ser execrado, sua ideologia denunciada e os simpatizantes presos, porem num pais como o nosso em que a midia venal usa a liberdade de expressão pra distorcer os valores democraticos, desmoralizar os direitos humanos, desconstruir as conquistas sociais, enaltecer a ditadura, o fascismo e a presidenta dizer que não tá nem aí, que prefere essa midia "livre", só pode dsr nisso.

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  5. o nazismo deveria ser execrado, sua ideologia denunciada e os simpatizantes presos, porem num pais como o nosso em que a midia venal usa a liberdade de expressão pra distorcer os valores democraticos, desmoralizar os direitos humanos, desconstruir as conquistas sociais, enaltecer a ditadura, o fascismo e a presidenta dizer que não tá nem aí, que prefere essa midia "livre", só pode dar nisso.

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