Por Altamiro Borges
“A Comissão de Direitos Humanos, até pela sua importância,
não pode ficar nesse impasse... Essa casa tem que primar pelo equilíbrio, serenidade,
objetividade e pelo trabalho parlamentar. E do jeito que está ficou
insustentável a situação, que eu acredito que será resolvida até terça-feira da
semana que vem. Agora passou a ser também responsabilidade do presidente da
Câmara”, afirmou o deputado Henrique Eduardo Alves. A entrevista
sinaliza que o rancoroso deputado-pastor pode ser defenestrado nos próximos
dias.
A situação do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), famoso por
suas posições homofóbicas e racistas, tornou-se “insustentável”. Quem fez esta
afirmação hoje foi o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN). Em entrevista, ele cobrou uma rápida solução para a grave crise que paralisa
a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e que desgasta ainda mais
a imagem do parlamento brasileiro. Nesta quarta-feira, novamente os
trabalhos da comissão foram interrompidos por protestos.
Marco Feliciano ainda tenta aparentar valentia. Em entrevista
à rádio Estadão, ele jurou que não renunciará “de maneira alguma” à presidência
da CDHM da Câmara Federal. Ele se disse vítima de perseguição, esquecendo-se
que as críticas a sua postura partem dos setores da sociedade que são
demonizados por suas pregações preconceituosas e de estímulo ao ódio. Sua
insistência, porém, só tem gerado maiores constrangimentos. No próprio Partido Social
Cristão, muitos já defendem a sua renúncia.
Numa reunião da bancada do PSC, segundo relato do jornal O
Globo, o deputado Hugo Leal (RJ) teria dito que Marco Feliciano detona a sigla
com a sua teimosia. “Você é cantor, vende CDs, faz palestras. O problema não é
você defender o que pensa, mas a forma como está fazendo. Só você ganha com
isso. Dessa forma, está sendo ruim para o partido e para a Câmara”. No meio
deste tiroteio, novas e velhas denúncias surgem contra o parlamentar. Segundo o
noticiário, ele agora terá de responder a uma ação por estelionato no STF.
Para complicar ainda mais a “insustentável” situação, um
vídeo que circulou na internet nesta semana mostra o deputado atacando os que criticam a sua eleição para a presidência da CDHM. Ele chama de “rituais macabros” os
atos contra a sua indicação.
Pelo andar da carruagem, o deputado - que já se comparou à dissidente cubana
Yoani Sánchez – está com os seus dias contados. Um pouco mais de pressão e ele cai
– o que seria uma vitória pontual para os que defendem os direitos humanos e uma derrota sentida para os setores conservadores e preconceituosos da sociedade.
Não custa aumentar a pressão:
ResponderExcluirhttp://www.avaaz.org/po/feliciano_call_in/?bQGOKab&v=23263
Não podemos permitir mais um estelionatário fascista.
Basta! Já o temos de sobra!
Acho que agora chegou a hora de se investir contra o PSC. O Brasil é um país leigo, esses partidos religiosos são o que existe de mais retrógrado e xiita no país.
ResponderExcluirMarco.
Sei não, acho que ele continua no cargo para o qual foi eleito.
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