Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Mas isso não tira a importância deles. Uma paisagem feia pode levar a um belo destino.
É o caso das revelações de José Dirceu sobre seu encontro com o ministro Luiz Fux. Elas permitiram aos brasileiros saber como funcionam as coisas na hora de escolher alguém para o Supremo, e este conhecimento será a base das pressões que levarão a mudanças.
Você pode dizer, e não sem razão: se ele topou o encontro é porque gostaria de saber como Fux se comportaria no julgamento de extraordinária relevância de que ele, Dirceu, seria réu.
Você diz isso, ou poderia dizer, embora provavelmente fizesse o mesmo nas circunstâncias em que estava Dirceu.
Dentro do lamentável e nada transparente sistema de indicação para o Supremo que vigora no Brasil, não existe impedimento legal nenhum para isso.
E o risco de passar alguns anos na cadeia – sobretudo se você se julga inocente, e sabe que a mídia vai fazer de tudo para enjaulá-lo – pode levar você a fazer o que Dirceu fez.
A atitude de Dirceu em receber Fux – a não ser que sejamos maciçamente hipócritas ou antipetistas radicais – é moralmente defensável.
Chama-se autodefesa.
A de Fux não. Ela é moralmente indefensável. É fruto de uma ambição desumana, de uma vaidade sem limites e de uma ética frouxa, vacilante, tíbia que não se pode aceitar num juiz do Supremo.
Fux tem que ser expurgado do STF. Enquanto ele permanecer lá, os brasileiros, com razão, estenderão ao todo os defeitos da parte.
Feita a limpeza urgente, a sociedade tem que cobrar uma alteração imediata nos métodos de nomeação no Supremo.
Transparência, transparência e ainda transparência.
Isso já deveria estar no debate público quando se soube que a principal razão pela qual Lula indicou Joaquim Barbosa foi o fato de ele ser negro.
(Sem contar a forma como JB abordou Frei Betto para se insinuar entre os candidatos à vaga que Lula – ou para afirmar os negros ou por demagogia, cada qual fique com sua escolha – reservara não ao talento mas à cor da pele.)
Mas o urgente agora é tratar de Fux.
Ele não pode continuar onde está. Não é apenas o pastor Feliciano que está absurdamente agarrado a uma posição para a qual é uma extravagância intolerável.
Fux se tornou o Feliciano do Supremo.
Chega-se à verdade por vários caminhos, e nem sempre eles são os mais bonitos.
Mas isso não tira a importância deles. Uma paisagem feia pode levar a um belo destino.
É o caso das revelações de José Dirceu sobre seu encontro com o ministro Luiz Fux. Elas permitiram aos brasileiros saber como funcionam as coisas na hora de escolher alguém para o Supremo, e este conhecimento será a base das pressões que levarão a mudanças.
Você pode dizer, e não sem razão: se ele topou o encontro é porque gostaria de saber como Fux se comportaria no julgamento de extraordinária relevância de que ele, Dirceu, seria réu.
Você diz isso, ou poderia dizer, embora provavelmente fizesse o mesmo nas circunstâncias em que estava Dirceu.
Dentro do lamentável e nada transparente sistema de indicação para o Supremo que vigora no Brasil, não existe impedimento legal nenhum para isso.
E o risco de passar alguns anos na cadeia – sobretudo se você se julga inocente, e sabe que a mídia vai fazer de tudo para enjaulá-lo – pode levar você a fazer o que Dirceu fez.
A atitude de Dirceu em receber Fux – a não ser que sejamos maciçamente hipócritas ou antipetistas radicais – é moralmente defensável.
Chama-se autodefesa.
A de Fux não. Ela é moralmente indefensável. É fruto de uma ambição desumana, de uma vaidade sem limites e de uma ética frouxa, vacilante, tíbia que não se pode aceitar num juiz do Supremo.
Fux tem que ser expurgado do STF. Enquanto ele permanecer lá, os brasileiros, com razão, estenderão ao todo os defeitos da parte.
Feita a limpeza urgente, a sociedade tem que cobrar uma alteração imediata nos métodos de nomeação no Supremo.
Transparência, transparência e ainda transparência.
Isso já deveria estar no debate público quando se soube que a principal razão pela qual Lula indicou Joaquim Barbosa foi o fato de ele ser negro.
(Sem contar a forma como JB abordou Frei Betto para se insinuar entre os candidatos à vaga que Lula – ou para afirmar os negros ou por demagogia, cada qual fique com sua escolha – reservara não ao talento mas à cor da pele.)
Mas o urgente agora é tratar de Fux.
Ele não pode continuar onde está. Não é apenas o pastor Feliciano que está absurdamente agarrado a uma posição para a qual é uma extravagância intolerável.
Fux se tornou o Feliciano do Supremo.
Se é que há um erro do Dirceu nesse embroglio foi não impugnar o Fux no início do julgamento, sabedor que era dos meios desse filho da pátria para ser indicado ministro.
ResponderExcluirSe Fux é o Feliciano do Supremo, Gilmar é o Blairo Maggi (ou vice-versa)! É a desconjunção dos astros e a desconjuração ao povo brasileiro. Que tempos tenebrosos, que tristes trópicos! Em tempo, quando sairmos desse Inferno Astral (oxalá!), o Mensalão não terá sido nada mais que um Mentirão! Agora, é transformar as merdas já feitas (as espetaculosas cagadas midiojudiciárias) em adubo para o florescimento de novos e primaveris tempos. Também vale a pena conferir a análise de Paulo Nogueira no blog “Diário do Centro do Mundo”: http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-diferenca-entre-a-atitude-de-dirceu-e-a-de-fux-no-famoso-encontro/.
ResponderExcluirA Globo e a Veja são os Felicianos da mídia nacional.
ResponderExcluirA secularização de não negros no STF “naturalizou” o direito de só branco nele se estabelecer - o que certamente, se vivo estivesse, intrigaria Brecht: "desconfie do que é natural". Talvez esta "naturalização" seja o impulso deste texto à forma de referir-se ao Lula e ao Ministro Joaquim Barbosa: "para se insinuar entre os candidatos à vaga que Lula – ou para afirmar os negros ou por demagogia, cada qual fique com sua escolha – reservara não ao talento, mas à cor da pele". A meu ver, cometeu-se um grande equívoco redundando em ofensas. Uma ofensa ao Lula por insinuar que a indicação fôra ou para afirmação do negro ou por demagogia; desdenhando o feito histórico do Lula em desnaturalizar a indicação de um candidato branco. A outra ofensa, dirigida ao Ministro Joaquim Barbosa por insinuar ser o Ministro desprovido de talento. O texto é equivocado porque cabia ao o Lula reservar a indicação, só isto, por ser esta a praxe, e, cabia ao Senado sabatinar e aprovar o talento do candidato, o qual foi aprovado pela maioria. Portanto, por o Ministro ser o primeiro negro no STF, as ofensas saltam aos olhos e atingem, pessoas, pessoas, pessoas...
ResponderExcluirTambém acho inaceitável a permanência de FUX no altar supremo. Quando li sobre a entrevista que ele deu à Falha de São Paulo, na qual revelava descaradamente os caminhos percorridos para chegar ao topo da carreira, senti nojo e vergonha. Indignada, faço coro com você: Tal comportamento "fruto de uma ambição desumana, de uma vaidade sem limites e de uma ética frouxa, vacilante, tíbia não se pode aceitar num juiz do Supremo”.
ResponderExcluirPrecisamente por ser o primeiro negro a estar no STF é que JB deveria honrar sua posição. Mas não pode. É um homem totalmente desequilibrado. E demonstrou a seus pares e a todo o Brasil que seu conhecimento "técnico" é sofrível. Ministros o corrigiram durante o julgamento da ação 470, fato mostrado ao vivo pela própria mídia. Não há nada que possa desmentir esse fato. O FUX - branco - não tem escrúpulos, portanto, da mesma forma não poderia ocupar cargo no STF. Todos dois usaram de "meios" escusos para se fingir de "o Bom" e chegar onde chegaram. Para nós, brasileiros, o risco e os danos são enormes. Nenhum desse ( além de outros) deveria estar no STF. Há que ser mudada a forma de escolha para ministros do STF. Fabio Konder Comparato já apresentou uma proposta nesse sentido.
ResponderExcluirNecessário esclarecer:
ResponderExcluirÉtica frouxa é corrupta, não pode existir, é falsidade.
ResponderExcluirO FUX não quis 'se fuxer' ainda mais!... KKKKKKKKK [perdão pelo 'k' chulo!]
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Evento para 300 convidados seria bancado pelo advogado Sergio Bermudes, que também emprega Mariana Fux, filha do ministro do Supremo Tribunal Federal, mas foi cancelado diante da repercussão negativa; "Pago do meu bolso", havia dito Bermudes ao 247; no STF, Joaquim Barbosa vêm condenando o "conluio" entre advogados e juízes, mas Bermudes também afirma que o presidente do STF comete "leviandades"; evento causou constrangimento no STF
13 DE ABRIL DE 2013 ÀS 06:54
247 - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, terá que comemorar seus 60 anos de forma mais comedida e discreta. O banquete para mais de 300 convidados, que seria pago pelo advogado Sergio Bermudes, que emprega sua filha Mariana, em seu escritório, foi cancelado diante da repercussão negativa. Ao 247, Bermudes afirmou que pagaria a festa do seu próprio bolso, mas disse que isso não afetaria também eventuais processos de seu interesse julgados por Fux. Bermudes condenou ainda as "leviandades" do ministro Joaquim Barbosa, que tem criticado o que chama de "conluio" entre advogados e juízes.
Fux decidiu cancelar o evento depois que sua mãe, Lucy, teve uma crise de hipertensão ao ver seu filho e sua neta expostos no noticiário. Além disso, o jantar causou constrangimento no Supremo Tribunal Federal. Especialmente, porque seria também uma oportunidade para que Mariana, filha de Fux, fizesse campanha para se tornar desembargadora no Rio de Janeiro. Leia, abaixo, notícia anterior do 247 sobre o caso
FONTE: site 'Brasil 247'
Que país é esse, sô?!...
CÂMBIO: central telefônica de um hospício/manicômio qualquer!...
República dos Tomates Golpista$! [perdão aos tomates, pela heresia!]
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo